Candido Borges Monteiro (Visconde de Itaúna)

Nasceu em 12 de outubro de 1812, no Rio de Janeiro (RJ). Filho de José Borges Monteiro e D. Gertrudes da Conceição. Graduou-se pela Academia Médico-Cirúrgica em 1830, defendendo a tese de doutoramento “Considerações sobre as Hérnias Abdominais e da Hérnia Inguinal em Particular”.

Foi, ainda na mesma faculdade, catedrático de Clínica Externa e nomeado Titular de anatomia topográfica, Medicina Operatória e Aparelhos, substituindo a Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, após defender em 1838, a tese intitulada “Da Amputação Circular pela Continuidade da Coxa. Dos Meios Empregados para Vedar a Hemorragia e Maneira de Fazer o Curativo”. No ano de 1861, foi jubilado da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, quando recebeu o título de conselheiro.

Em 5 de agosto de 1842 realizou, no Hospital Regimental do Campo (posteriormente Hospital Central do Exército), uma operação de ligadura da artéria aorta abdominal para tratar um volumoso aneurisma da artéria ilíaca externa, operação esta que havia sido realizada apenas três vezes no mundo, e que foi considerada como um marco na história da cardiologia no país. Posteriormente, sua atuação nesta operação lhe rendeu a publicação, em 1845, da “Memória Acerca da Ligadura da Artéria Aorta Abdominal, Precedida de Algumas Considerações Gerais sobre a Operação do Aneurisma e Seguida de uma Estampa Litografada, que Representam um Novo Porta-Fio e sua Posição Durante a Operação”.

Em 1844, por ocasião de uma explosão ocorrida na caldeira da barca a vapor “Especuladora” que se dirigia à cidade de Niterói, na província do Rio de Janeiro, atendeu e tratou de 42 vítimas que haviam sido internadas no Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Apresentou posteriormente à Academia Imperial de Medicina um relatório sobre o ocorrido, intitulado “Relatório Sobre os Queimados na Explosão da Caldeira da Barca a Vapor”.

Foi médico da Família Imperial, e juntamente com o médico Manoel de Valladão Pimentel, prestou assistência aos partos dos filhos do Imperador Pedro II, inclusive o da princesa Isabel Cristina Leopoldina Augusta, nascida em 29 de julho de 1846 no Paço de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro.

Foi médico efetivo da Câmara Imperial (1846), e 1º cirurgião do Hospital Militar da Guarnição da Corte (1848-1852).

Em 24 de julho de 1849, em discurso à Câmara Municipal da cidade do Rio de Janeiro, quando era vereador, denunciou a proliferação de charlatães, que atuavam na produção e comercialização de remédios, e solicitou as medidas punitivas.

Como presidente da Comissão Central de Saúde Pública, criada em 1850, apresentou, em 27 de maio de 1850, a José da Costa Carvalho (Visconde de Monte Alegre), então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império, um relatório sobre a situação da febre amarela, intitulado “Descrição da Febre Amarela que no Ano de 1850 Reinou Epidemicamente na Capital do Império”.

No campo político foi vereador (1849 a 1851) e presidente da Câmara Municipal da Corte (1851- 1852), deputado geral da província (1853-1856), e nomeado Senador do Império, pela província do Rio de Janeiro, em 21 de abril de 1857, assumindo o cargo em 1º de maio do mesmo ano, e permanecendo neste até a data de sua morte, em 1872. Foi Presidente da Província de São Paulo de 26 de agosto de 1868 a 25 de abril de 1869.

Foi convidado pelo Imperador Pedro II para acompanhá-lo em sua viagem à Europa e ao Oriente, que se realizou no ano de 1871. Entre os registros fotográficos desta viagem, encontra-se uma intitulada “D. Pedro II, D. Teresa Cristina Maria e Comitiva Junto às Pirâmides” na qual está Cândido Borges Monteiro.

Ao voltar da viagem com o Imperador Pedro II, foi nomeado Ministro na Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, em 20 de abril do mesmo ano. Neste período, à frente do Ministério, supervisionou a construção de muitas milhas do telégrafo e das estradas de ferro, e foi exonerado do cargo em 26 de agosto de 1872. Sua última ação como Ministro foi uma autorização concedida a Irineu Evangelista de Sousa (Visconde de Mauá) para o estabelecimento de um cabo telegráfico submarino entre a Europa e o Brasil.

Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e membro honorário da seção cirúrgica no Imperial Instituto Médico Fluminense, criado em 1867.

Na cidade do Rio de Janeiro, a Rua de São Pedro, localizada próxima ao Campo de Santana e onde Cândido Borges Monteiro residiu, foi denominada Visconde de Itaúna, em sua homenagem, mas posteriormente esta rua deixou de existir com a construção da Avenida Presidente Vargas, em 1844. Em 28 de janeiro de 1846, pelo Decreto n. 8.458, a antiga Rua da Gávea, localizada no bairro de Jardim Botânico, na cidade do Rio de Janeiro, passou a denominar-se Visconde de Itaúna.

Era Grande do Império, e também foi condecorado com a Grã-Cruz de Cristo de Portugal, a Real Ordem Militar Portuguesa da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa de Portugal, a Ordem Ernestina da Casa Ducal da Saxônia e a Imperial Ordem Austríaca da Coroa de Ferro.

No enterro de Cândido Borges Monteiro, realizado em 25 de agosto de 1872 no Cemitério da Ordem Terceira da Penitência.

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 35

Membro: Titular

Eleição: 15/10/1835

Posse: 15/10/1835

Sob a presidência: Joaquim Candido Soares de Meirelles

Falecimento: 25/08/1872

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 35

Membro: Titular

Eleição: 15/10/1835

Posse: 15/10/1835

Sob a presidência: Joaquim Candido Soares de Meirelles

Falecimento: 25/08/1872

Nasceu em 12 de outubro de 1812, no Rio de Janeiro (RJ). Filho de José Borges Monteiro e D. Gertrudes da Conceição. Graduou-se pela Academia Médico-Cirúrgica em 1830, defendendo a tese de doutoramento “Considerações sobre as Hérnias Abdominais e da Hérnia Inguinal em Particular”.

Foi, ainda na mesma faculdade, catedrático de Clínica Externa e nomeado Titular de anatomia topográfica, Medicina Operatória e Aparelhos, substituindo a Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, após defender em 1838, a tese intitulada “Da Amputação Circular pela Continuidade da Coxa. Dos Meios Empregados para Vedar a Hemorragia e Maneira de Fazer o Curativo”. No ano de 1861, foi jubilado da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, quando recebeu o título de conselheiro.

Em 5 de agosto de 1842 realizou, no Hospital Regimental do Campo (posteriormente Hospital Central do Exército), uma operação de ligadura da artéria aorta abdominal para tratar um volumoso aneurisma da artéria ilíaca externa, operação esta que havia sido realizada apenas três vezes no mundo, e que foi considerada como um marco na história da cardiologia no país. Posteriormente, sua atuação nesta operação lhe rendeu a publicação, em 1845, da “Memória Acerca da Ligadura da Artéria Aorta Abdominal, Precedida de Algumas Considerações Gerais sobre a Operação do Aneurisma e Seguida de uma Estampa Litografada, que Representam um Novo Porta-Fio e sua Posição Durante a Operação”.

Em 1844, por ocasião de uma explosão ocorrida na caldeira da barca a vapor “Especuladora” que se dirigia à cidade de Niterói, na província do Rio de Janeiro, atendeu e tratou de 42 vítimas que haviam sido internadas no Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Apresentou posteriormente à Academia Imperial de Medicina um relatório sobre o ocorrido, intitulado “Relatório Sobre os Queimados na Explosão da Caldeira da Barca a Vapor”.

Foi médico da Família Imperial, e juntamente com o médico Manoel de Valladão Pimentel, prestou assistência aos partos dos filhos do Imperador Pedro II, inclusive o da princesa Isabel Cristina Leopoldina Augusta, nascida em 29 de julho de 1846 no Paço de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro.

Foi médico efetivo da Câmara Imperial (1846), e 1º cirurgião do Hospital Militar da Guarnição da Corte (1848-1852).

Em 24 de julho de 1849, em discurso à Câmara Municipal da cidade do Rio de Janeiro, quando era vereador, denunciou a proliferação de charlatães, que atuavam na produção e comercialização de remédios, e solicitou as medidas punitivas.

Como presidente da Comissão Central de Saúde Pública, criada em 1850, apresentou, em 27 de maio de 1850, a José da Costa Carvalho (Visconde de Monte Alegre), então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império, um relatório sobre a situação da febre amarela, intitulado “Descrição da Febre Amarela que no Ano de 1850 Reinou Epidemicamente na Capital do Império”.

No campo político foi vereador (1849 a 1851) e presidente da Câmara Municipal da Corte (1851- 1852), deputado geral da província (1853-1856), e nomeado Senador do Império, pela província do Rio de Janeiro, em 21 de abril de 1857, assumindo o cargo em 1º de maio do mesmo ano, e permanecendo neste até a data de sua morte, em 1872. Foi Presidente da Província de São Paulo de 26 de agosto de 1868 a 25 de abril de 1869.

Foi convidado pelo Imperador Pedro II para acompanhá-lo em sua viagem à Europa e ao Oriente, que se realizou no ano de 1871. Entre os registros fotográficos desta viagem, encontra-se uma intitulada “D. Pedro II, D. Teresa Cristina Maria e Comitiva Junto às Pirâmides” na qual está Cândido Borges Monteiro.

Ao voltar da viagem com o Imperador Pedro II, foi nomeado Ministro na Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, em 20 de abril do mesmo ano. Neste período, à frente do Ministério, supervisionou a construção de muitas milhas do telégrafo e das estradas de ferro, e foi exonerado do cargo em 26 de agosto de 1872. Sua última ação como Ministro foi uma autorização concedida a Irineu Evangelista de Sousa (Visconde de Mauá) para o estabelecimento de um cabo telegráfico submarino entre a Europa e o Brasil.

Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e membro honorário da seção cirúrgica no Imperial Instituto Médico Fluminense, criado em 1867.

Na cidade do Rio de Janeiro, a Rua de São Pedro, localizada próxima ao Campo de Santana e onde Cândido Borges Monteiro residiu, foi denominada Visconde de Itaúna, em sua homenagem, mas posteriormente esta rua deixou de existir com a construção da Avenida Presidente Vargas, em 1844. Em 28 de janeiro de 1846, pelo Decreto n. 8.458, a antiga Rua da Gávea, localizada no bairro de Jardim Botânico, na cidade do Rio de Janeiro, passou a denominar-se Visconde de Itaúna.

Era Grande do Império, e também foi condecorado com a Grã-Cruz de Cristo de Portugal, a Real Ordem Militar Portuguesa da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa de Portugal, a Ordem Ernestina da Casa Ducal da Saxônia e a Imperial Ordem Austríaca da Coroa de Ferro.

No enterro de Cândido Borges Monteiro, realizado em 25 de agosto de 1872 no Cemitério da Ordem Terceira da Penitência.

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