Jorge Alberto Costa e Silva

Presidente da Academia Nacional de Medicina 2017 a 2019

Dr. Jorge Alberto Costa e Silva nasceu em 26 de março de 1942, em Vassouras (RJ).

Filho de Jorge Carvalho da Silva e Etelvina Costa e Silva.

Graduou-se pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 1966.

Especialização em Metodologia Científica no Instituto Karolinska em Estocolmo, Suécia.

Iniciou sua carreira docente como Professor Assistente de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; foi Professor Titular por concurso público de provas e títulos (1979), Presidente do Departamento de Psiquiatria e Diretor da Faculdade de Ciências Médicas (1980-1984), sendo responsável pela criação do serviço de Psiquiatria da Universidade e colaborou na iniciativa e continuação do Departamento de Medicinal Social. Na UERJ, criou o programa internacional de psiquiatria marcando assim o início da participação da psiquiatria brasileira no cenário internacional.

Foi igualmente responsável pela criação do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (onde é irmão da mesa diretora e foi mordomo dos prédios), que assiste à população de baixa renda, e que em sua homenagem recebeu o nome de Serviço de Psiquiatria Prof. Dr. Jorge Alberto Costa e Silva. Presidiu o Conselho das Escolas de Medicina no Brasil.

Professor Titular por concurso público de provas e títulos e hoje Professor Emérito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Por mais de 20 anos foi Professor Titular da Faculdade de Medicina Souza Marques. Foi também Professor e Vice-Presidente para assuntos internacionais da Universidade de Miami, além de professor e chairman do Centro Internacional de Políticas de Saúde Mental e Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova Iorque e “Senior Scientist” do International Mental Health Prevention Center (NY)

Pioneiro na realização de estudos clínicos em psicofarmacologia no Brasil, teve papel importante na modificação e organização da estrutura do Instituto Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde do Brasil.

Dr. Jorge Costa e Silva trouxe profissionais de renome internacional no campo da psiquiatria e saúde mental para dar formação on-the-job para psiquiatras e profissionais de saúde mental no Brasil. Dr. Jorge Costa e Silva gerou programas de bolsas de estudo que durante anos viabilizaram os estudos de jovens médicos em outros países, como os EUA, Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Suécia, Canadá, Suíça, Alemanha entre outros.

Foi agraciado com os dois maiores títulos concedidos pela American Psychiatric Association: Honorary Fellow e Distinguished Fellow. Emeritus Fellow da American College of Psychiatry. Honorary Member da World Psychiatric Association e da Panamerican Psychiatric Association. Membro Honorário de mais de 50 associações psiquiátricas de diversos países, inclusive da Associação Brasileira de Psiquiatria, Associação Mundial de Psiquiatria, Associação Latino-americana de Psiquiatria, etc.

Publicou mais de 300 artigos como autor ou coautor em revistas nacionais e internacionais e possui mais de 20 livros publicados como autor, coautor ou editor. É Membro do Conselho Editorial de inúmeras revistas médicas nacionais e internacionais e peer review de 5 revistas estrangeiras.

Integra o Conselho Científico de inúmeras organizações não-governamentais (ONG), organizações intergovernamentais e organizações privadas. Foi também eleito membro do Conselho Consultivo da Associação Psiquiátrica Latino-americana (APAL) e recebeu a Medalha EMBAIXADOR SÉRGIO VIEIRA DE MELLO pela sua luta e seus ideais pelo bem comum e pela paz entre as Nações. Este título foi dado pelo Parlamento Mundial para Segurança e Paz, uma organização intergovernamental com sede em Palermo, Itália. Membro do Conselho Consultivo do Instituto Superior de Estudos Sociais e Política da Universidade de Lisboa.

Participou como conferencista, organizador de mais de mil congressos e simpósios no Brasil e no mundo, assim como foi conferencista e organizador de cursos, seminários e mesas redondas em inúmeras instituições de ensino (universidades) e instituições de pesquisas, acadêmicas, governamentais e não governamentais. Trouxe para o Brasil, presidiu e organizou congressos internacionais como: Congresso Mundial de Psicomotricidade, Congresso Mundial de Psicoterapia (1982); Congresso Mundial de Psiquiatria Social (1986); o Congresso Mundial de Psiquiatria (1993) entre outros.

Algumas das suas principais contribuições no diagnóstico e tratamento dos transtornos psiquiátricos mentais e comportamentais incluem sua participação na Task Force da American Psychiatric Association e da Organização Mundial da Saúde (OMS CID-10) que identificou e classificou Transtorno de Pânico na DSM-III e CID-10. Participou de grupo coordenado pelo Dr. Moggen Schou, que identificou o uso de carbonato de lítio como “gold standart” para o controle de Transtorno Bipolar e seu o uso no controle de Depressão Unipolar. Participou desse estudo como P.I. (Principal Investigator) que levou a identificação do papel da supressão da dexametasona no diagnóstico da Depressão.

Sua carreira na Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) teve início na Diretoria como Secretário Executivo (1983-1988) e, em seguida, foi eleito Presidente desta associação, se tornando o primeiro psiquiatra do hemisfério Sul a presidir a WPA (1988-1993). Durante sua gestão, criou inúmeros programas educacionais internacionais, que hoje se transformaram em uma das principais ferramentas da WPA, com programas que levam em consideração as diferentes realidades socioculturais, educacionais e linguísticas e que inspiraram a criação de outros programas análogos em diversos países do mundo. Durante o seu mandato como Presidente da WPA o Dr. Jorge Costa e Silva, aumentou o número de membros associados, terminou com o processo que envolvia a utilização indevida e abusiva da psiquiatria na antiga União Soviética, criou um programa de bolsa de estudos muito bem-sucedido. Também criou várias seções especializadas dentro da Associação, foi vice-presidente da seção de Metodologia de Pesquisa Psiquiátrica e presidente da Seção sobre Cérebro e Dor.

Como Diretor Internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS CID-10, 1993), criou um programa de saúde mental para populações desfavorecidas chamado “Nations for Mental Health”. Ainda na OMS, liderou o grupo “Tobaco and Health”, dedicado a reduzir, a longo prazo, o impacto do fumo sobre os fumantes e não-fumantes. Um dos principais enfoques do grupo foi a proibição do fumo em ambientes fechados, começando pela proibição em aviões. Para impulsionar ainda mais esta iniciativa, foi concedida condecoração ao primeiro diretor de companhia aérea que levou a cabo a proibição em todos os voos operados pela empresa. Este trabalho culminou na Convenção Quadro contra o Tabaco no Mundo (2003), da qual praticamente todos os países do mundo são signatários. Em 1994 a OMS conseguiu junto ao COI (Comitê Olímpico Internacional) proibir usuários de cigarros nos jogos olímpicos.

Na Universidade de Nova Iorque, participou da criação do Centro Internacional para Saúde, onde, além de outros projetos, desenvolveu um programa de tratamento da miopia na puberdade, que atingiu principalmente jovens de países como o antigo Zaíre (atual República Democrática do Congo) e Zimbabwe, onde estes jovens, excluídos da sala de aula, se tornavam grupo de risco para a cooptação pelas forças de guerra do conflito protagonizado pelos dois países. Neste mesmo mote, o Dr. Jorge Alberto Costa e Silva desenvolveu uma série de programas sobre transtornos de aprendizado escolar, levados a cabo no Instituto Brasileiro do Cérebro, do qual é fundador.

Por meio da parceria entre a Universidade de Harvard e a Organização Mundial da Saúde, dirigiu o Programa “Mental Health for Underserved Population”, que encara problemas de saúde mental para populações carentes e que ainda hoje beneficia milhares de pessoas. A convite do então presidente do Paquistão, desenvolveu um programa voltado para a identificação da epilepsia nas regiões rurais daquele país.

Expandindo o impacto de sua atuação para além do campo da psiquiatria, trabalhou com a Organização Mundial da Saúde (Setor de Doenças Tropicais Negligenciadas) na captação de recursos e na elaboração de um protocolo para erradicação da Bouba, doença que havia sido erradicada nos anos 50. Com a identificação de novos casos, foi criado um grupo de trabalho que beneficiou 2,5 milhões de crianças no continente, já com a doença, para curá-la nestes e erradicá-la no mundo.

Foi Presidente do Comitê Internacional de Prevenção e Tratamento da Depressão, Presidente do Conselho Internacional de Saúde Mental, Presidente da Associação Mundial de Psiquiatria Social, Presidente da Fundação Internacional para Saúde Mental, Presidente da Associação Internacional de Psicoterapia Médica, dentre outros importantes cargos desempenhados em instituições de destaque. Foi também membro do Conselho Internacional para o Progresso da Saúde Global junto a UNESCO; Senador e Embaixador da Organização Mundial dos Estados para a Segurança e a Paz (W.O.S.) junto a ONU. Durante 4 anos, foi Senador da área de Saúde do Parlamento Internacional.

Convidou o então presidente da Federação Mundial de Sociedades de Neurocirurgia, Prof. Armando Basso, para junto com a OMS criarem o Programa de Neurocirurgia e Saúde Pública, que alcançou reconhecimento global em sua atuação na captação de recursos para a compra de equipamentos e o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas, em especial nos países do continente africano. Este programa foi criado em 1995, pela Organização Mundial da Saúde e continua ativo até hoje.

Foi responsável pela criação de diversas Fundações Internacionais nas quais trabalhou com membros da realeza, como as Rainhas da Espanha e da Suécia, respectivamente o Programa “International Foundation for Mental Health and Neurosciences” e o “International Foundation for Street Children”. Com a ex-Primeira Dama dos Estados Unidos, Rosalynn Carter, desenvolveu um programa de lideranças femininas (Primeiras Damas de vários países) contra doenças mentais e também um programa mundial contra a Epilepsia e Doença de Parkinson.

Participou de Grupos de Trabalho que criaram escalas de identificação e pontuação de patologias mentais e comportamentais (depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, esquizofrenia e transtornos neurocognitivos, dentre outros). Além deste fato, trabalhou em programas voltados para diagnóstico, tratamento precoce e reabilitação de pacientes que sofrem de transtornos cognitivos moderados e de pacientes com deficiências físicas ou mentais, a partir da classificação internacional de “disability “criada pela OMS.

Trabalha no sentido de aperfeiçoar o uso de Inteligência Artificial no tratamento e identificação de transtornos mentais (ressonância magnética, eletroencefalograma quantitativo de alta resolução, neuromodulação, realidade virtual, neurofeedback e neuroreabilitação cognitiva).

Foi o investigador principal (PI) em inúmeras pesquisas médicas no Brasil e exterior, em especial no campo do diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças mentais, realizando pesquisas clínicas sobre critérios diagnósticos, desenvolvimento de instrumento de avaliação de sintomatologia psiquiátrica e também no campo da imagem funcional, com destaque para o estudo “Default Network System”, utilizando uma plataforma tecnológica de ressonância magnética funcional (fMRI).

Recebeu muitos prêmios e honrarias, como o “Chevalier dans l’Ordre National du Mérite” do Governo francês (Vice-Presidente da Associação desta Ordem no Brasil). Foi também premiado com o “Legion d’Honneur” pelo Governo Francês e “Doutor Honoris Causa” pela Universidade Nacional de Assunção no Paraguai, pela Universidade da República do Uruguai e pela Academia Brasileira de Filosofia em 2010. Cidadão Honorário da cidade de New Orleans nos Estados Unidos e da Cidade de Hamburgo na Alemanha. Recebeu também a “Medalha do Mérito Médico” pelo Presidente do Brasil e é “Doctor Honoris Causa in Humanities” da International Writers and Artists Association.

Foi designado “Grand Oficier” pela l’Ordre Souverain de Saint Jean de Jerusalém assim como “Chevalier de l’Ordre de Malte”. Ambassador at Large do Principado de Malta. Recebeu a Comenda do Mérito Médico (grau de Comendador) pelo Governo Federal brasileiro e a Medalha Clementino Fraga, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Foi condecorado com a “Grande Cruz de Justiça”, concedida pela Organização Internacional de Juízes, em reconhecimento às suas ações pela justiça social, pela política e pela paz mundial, por meio de sua atuação científica, educacional, médica e de jurisprudências.

Em outubro de 1999, em congresso da Associação Mundial de Psiquiatria realizado em Hamburgo (Alemanha), foram selecionados 10 renomados psiquiatras de diferentes países para receberem o título de “Líder Mundial da Psiquiatria”, tendo sido o Dr. Jorge Alberto Costa e Silva o primeiro psiquiatra do hemisfério sul a receber este prêmio em razão de suas contribuições para o progresso e desenvolvimento desta especialidade naquela década.

Por suas relevantes contribuições não somente a Psiquiatria, mas a Saúde Mental como um todo, recebeu dois vistos de trabalho que considera muito importante: Visto O-1 pelo Governo dos Estados Unidos e o Passaporte Talento pelo Governo Francês. Ambos os vistos são concedidos a pessoas com habilidades extraordinárias, tais como: cientistas, pesquisadores, professores, experts em tecnologia, inventores etc.

Com diversos líderes espirituais de diferentes religiões, criou e iniciou projeto sobre Saúde e Fé, sob a tutela da Associação Mundial de Psiquiatria e da Organização Mundial da Saúde.

Seu trabalho, pautado principalmente na visão holística da prática médica (levando em consideração aspectos científicos, culturais, sociais, políticos econômicos etc.), busca o desenvolvimento de uma relação médico-paciente pautada na medicina social e holística. Essa visão se reflete não só nos trabalhos desenvolvidos da área médica, mas também na formação de discípulos (na casa dos milhares) e na elaboração de protocolos de pesquisa. Estas características acabaram por credenciá-lo como um ideólogo da medicina (metamedicina) e da ciência, culminando na sua eleição como membro da Academia Brasileira de Filosofia, sendo o único médico a ser eleito para esta instituição e eleito membro titular do PENCLUBE do Brasil, da Associação Brasileira de Médicos Escritores (ABRAMES). Atua dentro deste método holístico em tempo quase integral em sua peregrinação pelo mundo, tendo visitado e ajudado projetos em 142 países ao redor do globo.

Em 2018 foi condecorado pela Associação Brasileira de Clínica Médica por seus relevantes serviços prestados a medicina brasileira.

Em 25 de abril de 2019, recebeu o Colar Cândido Fontoura do Mérito Industrial Farmacêutico, por sua inestimável contribuição ao desenvolvimento da ciência no Brasil.

Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Depressão: Diagnóstico e Teste da Supressão da Dexametasona”. Foi duas vezes Vice-Presidente da Academia Nacional de Medicina no Brasil e em 06 de julho de 2017 foi eleito Presidente desta instituição para o biênio 2017-2019, que considera a posição mais importante de sua carreira.

É membro estrangeiro das Academias de Medicina da França, da Espanha e da Academia de Ciências na Suécia, além de ter presidido a Ordem de Malta no Brasil e Gran Chanceler da Ordem de São João de Jerusalém, Rhodes e Malta (organizações humanitárias com 1000 anos de atividades médico hospitalares, desde as Cruzadas). Membro da Accademia Costantiniana com sede na Itália. Membro da Associação dos Membros da Ordem do Mérito da França vinculada à Associação Nacional Francesa e Membro da Associação dos Amigos da Renascença Francesa.

Desde o início praticou a clínica psiquiátrica em instituições públicas, hospitais universitários e na clínica privada. Até hoje continua com suas três paixões profissionais: os pacientes, os alunos e as pesquisas.

Tem importante participação em conselhos científicos e administrativos, principalmente na Europa onde reside hoje. Nos Estados Unidos participa do Conselho Científico da Brace Pharma, empresa de desenvolvimento de medicamento de inovação radical, ao lado do laureado com Prêmio Nobel (Eric Kandel – USA).

Continua com intensa carreira profissional clínica, científica e acadêmica, estando hoje baseado na Europa (Portugal, França, Genebra e Suíça) onde é membro de vários conselhos científicos, culturais e de administração de empresas médico-científicas. Membro do Conselho Científico de inúmeras instituições médica, científica e farmacêuticas. Com grande afinidade e admiração pela cultura francesa, trabalha intensamente para estreitar os laços da cultura e medicina francesa com o Brasil e inúmeros países.

Seu trabalho internacional continua intenso e como presidente da Academia Nacional de Medicina do Brasil vem desenvolvendo parcerias com as Academias de Medicina da América Latina, Portugal, Espanha, Reino Unido, França e Estados Unidos.

Vem regularmente ao Brasil onde continua inspirando inúmeros profissionais da saúde e da educação universitária com seus conhecimentos.

De família de médicos (o pai) e artistas (avó musicista, avô pintor e cenógrafo, tio avô, Jacinto Benavente, Prêmio Nobel de Literatura). Talvez venha daí sua ampla visão científica, artística, cultural e humanitária.

Currículo Lattes

Discurso de posse como Presidente da ANM – 2017

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 537

Cadeira: 43 Francisco Freire Allemão de Cisneiros

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 23/08/1984

Posse: 02/10/1984

Sob a presidência: Aloysio de Salles Fonseca

Saudado: José Leme Lopes

Antecessor: João Ramos e Silva

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 537

Cadeira: 43 Francisco Freire Allemão de Cisneiros

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 23/08/1984

Posse: 02/10/1984

Sob a presidência: Aloysio de Salles Fonseca

Saudado: José Leme Lopes

Antecessor: João Ramos e Silva

Presidente da Academia Nacional de Medicina 2017 a 2019

Dr. Jorge Alberto Costa e Silva nasceu em 26 de março de 1942, em Vassouras (RJ).

Filho de Jorge Carvalho da Silva e Etelvina Costa e Silva.

Graduou-se pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 1966.

Especialização em Metodologia Científica no Instituto Karolinska em Estocolmo, Suécia.

Iniciou sua carreira docente como Professor Assistente de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; foi Professor Titular por concurso público de provas e títulos (1979), Presidente do Departamento de Psiquiatria e Diretor da Faculdade de Ciências Médicas (1980-1984), sendo responsável pela criação do serviço de Psiquiatria da Universidade e colaborou na iniciativa e continuação do Departamento de Medicinal Social. Na UERJ, criou o programa internacional de psiquiatria marcando assim o início da participação da psiquiatria brasileira no cenário internacional.

Foi igualmente responsável pela criação do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (onde é irmão da mesa diretora e foi mordomo dos prédios), que assiste à população de baixa renda, e que em sua homenagem recebeu o nome de Serviço de Psiquiatria Prof. Dr. Jorge Alberto Costa e Silva. Presidiu o Conselho das Escolas de Medicina no Brasil.

Professor Titular por concurso público de provas e títulos e hoje Professor Emérito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Por mais de 20 anos foi Professor Titular da Faculdade de Medicina Souza Marques. Foi também Professor e Vice-Presidente para assuntos internacionais da Universidade de Miami, além de professor e chairman do Centro Internacional de Políticas de Saúde Mental e Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova Iorque e “Senior Scientist” do International Mental Health Prevention Center (NY)

Pioneiro na realização de estudos clínicos em psicofarmacologia no Brasil, teve papel importante na modificação e organização da estrutura do Instituto Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde do Brasil.

Dr. Jorge Costa e Silva trouxe profissionais de renome internacional no campo da psiquiatria e saúde mental para dar formação on-the-job para psiquiatras e profissionais de saúde mental no Brasil. Dr. Jorge Costa e Silva gerou programas de bolsas de estudo que durante anos viabilizaram os estudos de jovens médicos em outros países, como os EUA, Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Suécia, Canadá, Suíça, Alemanha entre outros.

Foi agraciado com os dois maiores títulos concedidos pela American Psychiatric Association: Honorary Fellow e Distinguished Fellow. Emeritus Fellow da American College of Psychiatry. Honorary Member da World Psychiatric Association e da Panamerican Psychiatric Association. Membro Honorário de mais de 50 associações psiquiátricas de diversos países, inclusive da Associação Brasileira de Psiquiatria, Associação Mundial de Psiquiatria, Associação Latino-americana de Psiquiatria, etc.

Publicou mais de 300 artigos como autor ou coautor em revistas nacionais e internacionais e possui mais de 20 livros publicados como autor, coautor ou editor. É Membro do Conselho Editorial de inúmeras revistas médicas nacionais e internacionais e peer review de 5 revistas estrangeiras.

Integra o Conselho Científico de inúmeras organizações não-governamentais (ONG), organizações intergovernamentais e organizações privadas. Foi também eleito membro do Conselho Consultivo da Associação Psiquiátrica Latino-americana (APAL) e recebeu a Medalha EMBAIXADOR SÉRGIO VIEIRA DE MELLO pela sua luta e seus ideais pelo bem comum e pela paz entre as Nações. Este título foi dado pelo Parlamento Mundial para Segurança e Paz, uma organização intergovernamental com sede em Palermo, Itália. Membro do Conselho Consultivo do Instituto Superior de Estudos Sociais e Política da Universidade de Lisboa.

Participou como conferencista, organizador de mais de mil congressos e simpósios no Brasil e no mundo, assim como foi conferencista e organizador de cursos, seminários e mesas redondas em inúmeras instituições de ensino (universidades) e instituições de pesquisas, acadêmicas, governamentais e não governamentais. Trouxe para o Brasil, presidiu e organizou congressos internacionais como: Congresso Mundial de Psicomotricidade, Congresso Mundial de Psicoterapia (1982); Congresso Mundial de Psiquiatria Social (1986); o Congresso Mundial de Psiquiatria (1993) entre outros.

Algumas das suas principais contribuições no diagnóstico e tratamento dos transtornos psiquiátricos mentais e comportamentais incluem sua participação na Task Force da American Psychiatric Association e da Organização Mundial da Saúde (OMS CID-10) que identificou e classificou Transtorno de Pânico na DSM-III e CID-10. Participou de grupo coordenado pelo Dr. Moggen Schou, que identificou o uso de carbonato de lítio como “gold standart” para o controle de Transtorno Bipolar e seu o uso no controle de Depressão Unipolar. Participou desse estudo como P.I. (Principal Investigator) que levou a identificação do papel da supressão da dexametasona no diagnóstico da Depressão.

Sua carreira na Associação Mundial de Psiquiatria (WPA) teve início na Diretoria como Secretário Executivo (1983-1988) e, em seguida, foi eleito Presidente desta associação, se tornando o primeiro psiquiatra do hemisfério Sul a presidir a WPA (1988-1993). Durante sua gestão, criou inúmeros programas educacionais internacionais, que hoje se transformaram em uma das principais ferramentas da WPA, com programas que levam em consideração as diferentes realidades socioculturais, educacionais e linguísticas e que inspiraram a criação de outros programas análogos em diversos países do mundo. Durante o seu mandato como Presidente da WPA o Dr. Jorge Costa e Silva, aumentou o número de membros associados, terminou com o processo que envolvia a utilização indevida e abusiva da psiquiatria na antiga União Soviética, criou um programa de bolsa de estudos muito bem-sucedido. Também criou várias seções especializadas dentro da Associação, foi vice-presidente da seção de Metodologia de Pesquisa Psiquiátrica e presidente da Seção sobre Cérebro e Dor.

Como Diretor Internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS CID-10, 1993), criou um programa de saúde mental para populações desfavorecidas chamado “Nations for Mental Health”. Ainda na OMS, liderou o grupo “Tobaco and Health”, dedicado a reduzir, a longo prazo, o impacto do fumo sobre os fumantes e não-fumantes. Um dos principais enfoques do grupo foi a proibição do fumo em ambientes fechados, começando pela proibição em aviões. Para impulsionar ainda mais esta iniciativa, foi concedida condecoração ao primeiro diretor de companhia aérea que levou a cabo a proibição em todos os voos operados pela empresa. Este trabalho culminou na Convenção Quadro contra o Tabaco no Mundo (2003), da qual praticamente todos os países do mundo são signatários. Em 1994 a OMS conseguiu junto ao COI (Comitê Olímpico Internacional) proibir usuários de cigarros nos jogos olímpicos.

Na Universidade de Nova Iorque, participou da criação do Centro Internacional para Saúde, onde, além de outros projetos, desenvolveu um programa de tratamento da miopia na puberdade, que atingiu principalmente jovens de países como o antigo Zaíre (atual República Democrática do Congo) e Zimbabwe, onde estes jovens, excluídos da sala de aula, se tornavam grupo de risco para a cooptação pelas forças de guerra do conflito protagonizado pelos dois países. Neste mesmo mote, o Dr. Jorge Alberto Costa e Silva desenvolveu uma série de programas sobre transtornos de aprendizado escolar, levados a cabo no Instituto Brasileiro do Cérebro, do qual é fundador.

Por meio da parceria entre a Universidade de Harvard e a Organização Mundial da Saúde, dirigiu o Programa “Mental Health for Underserved Population”, que encara problemas de saúde mental para populações carentes e que ainda hoje beneficia milhares de pessoas. A convite do então presidente do Paquistão, desenvolveu um programa voltado para a identificação da epilepsia nas regiões rurais daquele país.

Expandindo o impacto de sua atuação para além do campo da psiquiatria, trabalhou com a Organização Mundial da Saúde (Setor de Doenças Tropicais Negligenciadas) na captação de recursos e na elaboração de um protocolo para erradicação da Bouba, doença que havia sido erradicada nos anos 50. Com a identificação de novos casos, foi criado um grupo de trabalho que beneficiou 2,5 milhões de crianças no continente, já com a doença, para curá-la nestes e erradicá-la no mundo.

Foi Presidente do Comitê Internacional de Prevenção e Tratamento da Depressão, Presidente do Conselho Internacional de Saúde Mental, Presidente da Associação Mundial de Psiquiatria Social, Presidente da Fundação Internacional para Saúde Mental, Presidente da Associação Internacional de Psicoterapia Médica, dentre outros importantes cargos desempenhados em instituições de destaque. Foi também membro do Conselho Internacional para o Progresso da Saúde Global junto a UNESCO; Senador e Embaixador da Organização Mundial dos Estados para a Segurança e a Paz (W.O.S.) junto a ONU. Durante 4 anos, foi Senador da área de Saúde do Parlamento Internacional.

Convidou o então presidente da Federação Mundial de Sociedades de Neurocirurgia, Prof. Armando Basso, para junto com a OMS criarem o Programa de Neurocirurgia e Saúde Pública, que alcançou reconhecimento global em sua atuação na captação de recursos para a compra de equipamentos e o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas, em especial nos países do continente africano. Este programa foi criado em 1995, pela Organização Mundial da Saúde e continua ativo até hoje.

Foi responsável pela criação de diversas Fundações Internacionais nas quais trabalhou com membros da realeza, como as Rainhas da Espanha e da Suécia, respectivamente o Programa “International Foundation for Mental Health and Neurosciences” e o “International Foundation for Street Children”. Com a ex-Primeira Dama dos Estados Unidos, Rosalynn Carter, desenvolveu um programa de lideranças femininas (Primeiras Damas de vários países) contra doenças mentais e também um programa mundial contra a Epilepsia e Doença de Parkinson.

Participou de Grupos de Trabalho que criaram escalas de identificação e pontuação de patologias mentais e comportamentais (depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, esquizofrenia e transtornos neurocognitivos, dentre outros). Além deste fato, trabalhou em programas voltados para diagnóstico, tratamento precoce e reabilitação de pacientes que sofrem de transtornos cognitivos moderados e de pacientes com deficiências físicas ou mentais, a partir da classificação internacional de “disability “criada pela OMS.

Trabalha no sentido de aperfeiçoar o uso de Inteligência Artificial no tratamento e identificação de transtornos mentais (ressonância magnética, eletroencefalograma quantitativo de alta resolução, neuromodulação, realidade virtual, neurofeedback e neuroreabilitação cognitiva).

Foi o investigador principal (PI) em inúmeras pesquisas médicas no Brasil e exterior, em especial no campo do diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças mentais, realizando pesquisas clínicas sobre critérios diagnósticos, desenvolvimento de instrumento de avaliação de sintomatologia psiquiátrica e também no campo da imagem funcional, com destaque para o estudo “Default Network System”, utilizando uma plataforma tecnológica de ressonância magnética funcional (fMRI).

Recebeu muitos prêmios e honrarias, como o “Chevalier dans l’Ordre National du Mérite” do Governo francês (Vice-Presidente da Associação desta Ordem no Brasil). Foi também premiado com o “Legion d’Honneur” pelo Governo Francês e “Doutor Honoris Causa” pela Universidade Nacional de Assunção no Paraguai, pela Universidade da República do Uruguai e pela Academia Brasileira de Filosofia em 2010. Cidadão Honorário da cidade de New Orleans nos Estados Unidos e da Cidade de Hamburgo na Alemanha. Recebeu também a “Medalha do Mérito Médico” pelo Presidente do Brasil e é “Doctor Honoris Causa in Humanities” da International Writers and Artists Association.

Foi designado “Grand Oficier” pela l’Ordre Souverain de Saint Jean de Jerusalém assim como “Chevalier de l’Ordre de Malte”. Ambassador at Large do Principado de Malta. Recebeu a Comenda do Mérito Médico (grau de Comendador) pelo Governo Federal brasileiro e a Medalha Clementino Fraga, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Foi condecorado com a “Grande Cruz de Justiça”, concedida pela Organização Internacional de Juízes, em reconhecimento às suas ações pela justiça social, pela política e pela paz mundial, por meio de sua atuação científica, educacional, médica e de jurisprudências.

Em outubro de 1999, em congresso da Associação Mundial de Psiquiatria realizado em Hamburgo (Alemanha), foram selecionados 10 renomados psiquiatras de diferentes países para receberem o título de “Líder Mundial da Psiquiatria”, tendo sido o Dr. Jorge Alberto Costa e Silva o primeiro psiquiatra do hemisfério sul a receber este prêmio em razão de suas contribuições para o progresso e desenvolvimento desta especialidade naquela década.

Por suas relevantes contribuições não somente a Psiquiatria, mas a Saúde Mental como um todo, recebeu dois vistos de trabalho que considera muito importante: Visto O-1 pelo Governo dos Estados Unidos e o Passaporte Talento pelo Governo Francês. Ambos os vistos são concedidos a pessoas com habilidades extraordinárias, tais como: cientistas, pesquisadores, professores, experts em tecnologia, inventores etc.

Com diversos líderes espirituais de diferentes religiões, criou e iniciou projeto sobre Saúde e Fé, sob a tutela da Associação Mundial de Psiquiatria e da Organização Mundial da Saúde.

Seu trabalho, pautado principalmente na visão holística da prática médica (levando em consideração aspectos científicos, culturais, sociais, políticos econômicos etc.), busca o desenvolvimento de uma relação médico-paciente pautada na medicina social e holística. Essa visão se reflete não só nos trabalhos desenvolvidos da área médica, mas também na formação de discípulos (na casa dos milhares) e na elaboração de protocolos de pesquisa. Estas características acabaram por credenciá-lo como um ideólogo da medicina (metamedicina) e da ciência, culminando na sua eleição como membro da Academia Brasileira de Filosofia, sendo o único médico a ser eleito para esta instituição e eleito membro titular do PENCLUBE do Brasil, da Associação Brasileira de Médicos Escritores (ABRAMES). Atua dentro deste método holístico em tempo quase integral em sua peregrinação pelo mundo, tendo visitado e ajudado projetos em 142 países ao redor do globo.

Em 2018 foi condecorado pela Associação Brasileira de Clínica Médica por seus relevantes serviços prestados a medicina brasileira.

Em 25 de abril de 2019, recebeu o Colar Cândido Fontoura do Mérito Industrial Farmacêutico, por sua inestimável contribuição ao desenvolvimento da ciência no Brasil.

Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Depressão: Diagnóstico e Teste da Supressão da Dexametasona”. Foi duas vezes Vice-Presidente da Academia Nacional de Medicina no Brasil e em 06 de julho de 2017 foi eleito Presidente desta instituição para o biênio 2017-2019, que considera a posição mais importante de sua carreira.

É membro estrangeiro das Academias de Medicina da França, da Espanha e da Academia de Ciências na Suécia, além de ter presidido a Ordem de Malta no Brasil e Gran Chanceler da Ordem de São João de Jerusalém, Rhodes e Malta (organizações humanitárias com 1000 anos de atividades médico hospitalares, desde as Cruzadas). Membro da Accademia Costantiniana com sede na Itália. Membro da Associação dos Membros da Ordem do Mérito da França vinculada à Associação Nacional Francesa e Membro da Associação dos Amigos da Renascença Francesa.

Desde o início praticou a clínica psiquiátrica em instituições públicas, hospitais universitários e na clínica privada. Até hoje continua com suas três paixões profissionais: os pacientes, os alunos e as pesquisas.

Tem importante participação em conselhos científicos e administrativos, principalmente na Europa onde reside hoje. Nos Estados Unidos participa do Conselho Científico da Brace Pharma, empresa de desenvolvimento de medicamento de inovação radical, ao lado do laureado com Prêmio Nobel (Eric Kandel – USA).

Continua com intensa carreira profissional clínica, científica e acadêmica, estando hoje baseado na Europa (Portugal, França, Genebra e Suíça) onde é membro de vários conselhos científicos, culturais e de administração de empresas médico-científicas. Membro do Conselho Científico de inúmeras instituições médica, científica e farmacêuticas. Com grande afinidade e admiração pela cultura francesa, trabalha intensamente para estreitar os laços da cultura e medicina francesa com o Brasil e inúmeros países.

Seu trabalho internacional continua intenso e como presidente da Academia Nacional de Medicina do Brasil vem desenvolvendo parcerias com as Academias de Medicina da América Latina, Portugal, Espanha, Reino Unido, França e Estados Unidos.

Vem regularmente ao Brasil onde continua inspirando inúmeros profissionais da saúde e da educação universitária com seus conhecimentos.

De família de médicos (o pai) e artistas (avó musicista, avô pintor e cenógrafo, tio avô, Jacinto Benavente, Prêmio Nobel de Literatura). Talvez venha daí sua ampla visão científica, artística, cultural e humanitária.

Currículo Lattes

Discurso de posse como Presidente da ANM – 2017

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