Manoel da Gama Lôbo

Nasceu em 9 de março de 1831 na cidade de Monte Alegre, no Estado do Pará. Filho de Nicolau da Gama Lobo e de Maria do Carmo Lima da Gama Lobo.

Iniciou seus estudos na Faculdade de Medicina da Bahia, concluindo o curso de medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1858 defendendo a tese intitulada “Elefantíase do Escroto”.

Sua trajetória profissional teve início no Arsenal de Guerra da Corte como médico militar.

Dr. Manoel da Gama Lobo despertou para o estudo da oftalmologia ao conhecer o médico Carlos José Frederico du Villards que havia criado o Instituto Oftalmológico na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, o primeiro serviço no Brasil a fornecer assistência pública a pacientes oftalmológicos e que acabou funcionando como uma verdadeira escola, uma vez que a disciplina de oftalmologia não existia na duas escolas de medicina da época.

Viajou para a Europa para aprofundar seus estudos. Na Alemanha especializou-se em oftalmologia e ao retornar para o Brasil foi o primeiro médico brasileiro a exercer a prática da oftalmologia e o primeiro chefe do Serviço de olhos da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.

Realizou pela primeira vez no Brasil a operação de iridectomia, além de introduzir no país as operações de tumores lacrimais, praticando também pioneiramente intervenções na catarata luxada, no kerotocone e nas cataratas zonulares.

Dr. Gama Lobo ganhou reconhecimento nacional médico ao associar a cegueira a uma carência nutricional especifica, quando as vitaminas ainda não haviam sido descobertas, comparando a alimentação dos escravos de diversas províncias do país. Percebeu que nas províncias produtoras de café e açúcar, onde os escravos alimentavam-se exclusivamente de feijão e de farinha de milho, os índices de úlceras crônicas nos olhos e a cegueira noturna eram superiores aos das províncias em que os escravos se alimentavam de peixe, carne e frutas. Suas descrições correspondem ao que hoje chamamos de xeroftalmia, doença causada por deficiência de vitamina A, a qual só seria descoberta em 1913.

Eleito Membro Titular da Academia Imperial de Medicina em 1863 com a memória “A Amaurosis Julgada pela Oculística Moderna”.

Em 1872 retornou a Alemanha para dar continuidade aos seus estudos de oftalmologia sob a orientação de Hermann Ludwig von Helmholtz.

Sob a orientação dos mestres Rudolf Wirchow (1821-1902) e Salomon Stricker (1834-1898) dedicou-se ao estudo de histologia. Ao retornar para o Brasil iniciou uma nova linha de estudos clínicos-anatomopatológicos sobre Febre Amarela.

Teve diversos trabalhos publicados entre livros teses, monografia e artigos periódicos nacionais e internacionais. Podemos destacar o artigo “Da Oftalmia Brasiliensis” no periódico Annaes Brazilienses de Medicina.

Faleceu em 7 de junho de 1883, a bordo do Vapor Orenoque que partia da Europa para o Rio de Janeiro, sendo sepultado em Lisboa.

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 89

Membro: Titular

Eleição: 13/04/1863

Posse: 18/05/1863

Sob a presidência: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)

Saudado: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)

Falecimento: 07/06/1883

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 89

Membro: Titular

Eleição: 13/04/1863

Posse: 18/05/1863

Sob a presidência: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)

Saudado: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)

Falecimento: 07/06/1883

Nasceu em 9 de março de 1831 na cidade de Monte Alegre, no Estado do Pará. Filho de Nicolau da Gama Lobo e de Maria do Carmo Lima da Gama Lobo.

Iniciou seus estudos na Faculdade de Medicina da Bahia, concluindo o curso de medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1858 defendendo a tese intitulada “Elefantíase do Escroto”.

Sua trajetória profissional teve início no Arsenal de Guerra da Corte como médico militar.

Dr. Manoel da Gama Lobo despertou para o estudo da oftalmologia ao conhecer o médico Carlos José Frederico du Villards que havia criado o Instituto Oftalmológico na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, o primeiro serviço no Brasil a fornecer assistência pública a pacientes oftalmológicos e que acabou funcionando como uma verdadeira escola, uma vez que a disciplina de oftalmologia não existia na duas escolas de medicina da época.

Viajou para a Europa para aprofundar seus estudos. Na Alemanha especializou-se em oftalmologia e ao retornar para o Brasil foi o primeiro médico brasileiro a exercer a prática da oftalmologia e o primeiro chefe do Serviço de olhos da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.

Realizou pela primeira vez no Brasil a operação de iridectomia, além de introduzir no país as operações de tumores lacrimais, praticando também pioneiramente intervenções na catarata luxada, no kerotocone e nas cataratas zonulares.

Dr. Gama Lobo ganhou reconhecimento nacional médico ao associar a cegueira a uma carência nutricional especifica, quando as vitaminas ainda não haviam sido descobertas, comparando a alimentação dos escravos de diversas províncias do país. Percebeu que nas províncias produtoras de café e açúcar, onde os escravos alimentavam-se exclusivamente de feijão e de farinha de milho, os índices de úlceras crônicas nos olhos e a cegueira noturna eram superiores aos das províncias em que os escravos se alimentavam de peixe, carne e frutas. Suas descrições correspondem ao que hoje chamamos de xeroftalmia, doença causada por deficiência de vitamina A, a qual só seria descoberta em 1913.

Eleito Membro Titular da Academia Imperial de Medicina em 1863 com a memória “A Amaurosis Julgada pela Oculística Moderna”.

Em 1872 retornou a Alemanha para dar continuidade aos seus estudos de oftalmologia sob a orientação de Hermann Ludwig von Helmholtz.

Sob a orientação dos mestres Rudolf Wirchow (1821-1902) e Salomon Stricker (1834-1898) dedicou-se ao estudo de histologia. Ao retornar para o Brasil iniciou uma nova linha de estudos clínicos-anatomopatológicos sobre Febre Amarela.

Teve diversos trabalhos publicados entre livros teses, monografia e artigos periódicos nacionais e internacionais. Podemos destacar o artigo “Da Oftalmia Brasiliensis” no periódico Annaes Brazilienses de Medicina.

Faleceu em 7 de junho de 1883, a bordo do Vapor Orenoque que partia da Europa para o Rio de Janeiro, sendo sepultado em Lisboa.

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