Oficina Diagnóstica e homenagem à Medicina no Rio de Janeiro congrega estudantes na ANM

29/08/2019

Manter-se na vanguarda do desenvolvimento científico e aproximar-se dos jovens médicos têm sido dois os principais objetivos da ação da instituição científico-cultural mais antiga do país. Foi com este propósito em mente que a Academia Nacional de Medicina realizou, na última quinta-feira (29) mais uma edição do evento “Uma Tarde na Academia: Oficina Diagnóstica”.

Acadêmico Pietro Novellino, que é um dos idealizadores da Tarde na Academia, junto aos Drs. Alexandre Siciliano e Antonio Sérgio Cordeiro da Rocha

Com quase cinco anos de atividades ininterruptas, a atividade tem como foco principal estimular a participação de jovens estudantes de medicina nas rotinas da Academia Nacional de Medicina, proporcionando uma chance única de interagir com alguns dos mais proeminentes nomes da medicina brasileira em aulas que apresentam casos clínicos ou cirúrgicos relevantes, a serem debatidos por convidados ilustres, culminando com a análise anatomopatológica dos casos.

Nesta edição, a apresentação do caso coube ao Dr. Alexandre Siciliano (Hospital Pró-Cardíaco), que relatou paciente mulher, de 83 anos, branca, viúva e natural do Rio de Janeiro, cuja queixa principal era de falta de ar e cansaço. Sobre o histórico da paciente, destacou que, há 10 dias iniciou quadro de dispneia rapidamente progressiva aos esforços, o que a fez procurar o serviço de emergência. Ressaltou, ainda, que a paciente estaria em tratamento para recidiva de câncer de mama (sétimo ciclo de quimioterapia com imunobiológico).

Na sequência, o Dr. Alexandre Siciliano apresentou, um a um, os resultados dos exames realizados, que incluíram um raio-X de tórax, doppler MMII, tomografia computadorizada e uma ecocardiografia, que mostrou disfunção ventricular esquerda leve e uma disfunção diastólica grave. Após ser submetida ao tratamento para insuficiência cardíaca, o Dr. Siciliano ressaltou que a mesma se manteve em classe funcional III da NYHA e dependente de oxigenoterapia. Desta forma, após a realização de uma biópsia endomiocárdica, as análises histológicas, imuno-histoquímicas, moleculares, e genéticas foram positivas para grave dano tecidual com vacúolos intracelulares como possível consequência da quimioterapia empregada (Pembrolizumab).

O caso foi debatido pelo Dr. Antonio Sérgio Cordeiro da Rocha (Hospital Pró-Cardíaco) e, como já é tradição no formato do evento, após a apresentação e o debate acerca do caso, seguiu-se a análise anatomopatológica, conduzida pelo Acad. Carlos Alberto Basílio. Na rodada de discussões, os Acadêmicos presentes contribuíram com suas experiências e interagiram com os alunos presentes, tornando a aula altamente dinâmica e participativa.

Para melhorar sua experiência de navegação, utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes. Ao continuar, você concorda com a nossa política de privacidade.