ANM realiza conferência sobre recentes progressos em Esteatose Pancreática

27/09/2018

Aconteceu na última quinta-feira, 27 de setembro, a conferência “Recentes Progressos: Esteatose Pancreática”, na Academia Nacional de Medicina. Sob coordenação e apresentação do Acadêmico José Galvão-Alves, a conferência abordou temas referentes a métodos diagnósticos da importante e pouco conhecida doença, mesmo na esfera da gastrenterologia.

Acad. José Galvão-Alves durante apresentação da conferência

O Acadêmico José Galvão-Alves deu início à apresentação afirmando que esta condição ocorre por acúmulo de gordura no interior de células parenquimatosas, habitualmente causada pelo consumo excessivo de álcool ou idade avançada. Ressaltou que a esteatose também pode surgir em outras situações, como em pessoas com colesterol alto, excesso de peso e diabéticos. Afirmou que o principal risco da doença está relacionado ao fato de que os primeiros sinais claros do processo patológico estão ausentes, ou seja, o paciente pode não estar ciente dos problemas de saúde por muitos anos.

Em seguida, o gastrenterologista discorreu sobre como é realizado o diagnóstico da doença e suas possíveis complicações. O exame pode ser realizado por meio de ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética (método não invasivo de elevada acurácia) e eco endoscopia (método superior a TC/RM, permitindo biópsia do tecido pancreático). Segundo ele, as diminuições na produção de enzimas causadas pela doença podem resultar em complicações como, diabetes, insuficiência exócrina do pâncreas, fístula pancreática pós-cirúrgica, pancreatite aguda ou câncer de pâncreas, em casos extremos.

O especialista concluiu sua aula ressaltando a importância do estudo da esteatose pancreática e sua relação com a etiologia e gravidade das pancreatites e câncer de pâncreas. Destacou que a confirmação da doença e suas consequências podem ser analisadas somente por meio da histopatologia, e afirmou que esta deve ser acompanhada com métodos diagnósticos de imagem periodicamente – os métodos mais eficazes para seu reconhecimento são tomografia computadorizada e ressonância magnética, enquanto o ultrassom com biópsia é mais adequado para identificar seu grau de alteração.

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