Há 196 anos, nascia no coração do Rio de Janeiro uma das instituições mais respeitadas da medicina brasileira. Fundada ainda como Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro por visionários como Joaquim Cândido Soares de Meirelles, De Simoni, José Martins da Cruz Jobim, José Francisco Xavier Sigaud e Jean Maurice Faivre, a atual Academia Nacional de Medicina (ANM) mantém vivos os princípios que a originaram. Desde 1829, seus membros se reúnem religiosamente, todas as quintas-feiras, para debater os rumos da medicina nacional, sem jamais interromper esse compromisso com o saber.
Nesta segunda-feira (30), a sede da ANM foi palco de uma celebração memorável. Acadêmicos, familiares e autoridades prestigiaram a Sessão Solene em comemoração aos 196 anos da instituição. Entre os convidados estavam reitores, presidentes de entidades científicas e representantes do poder público.
A solenidade contou com uma Mesa Diretora composta por nomes de destaque do cenário médico, científico e institucional brasileiro:
O Secretário-Geral, Acadêmico Omar Lupi, apresentou o relatório das atividades acadêmicas realizadas entre julho de 2024 e junho de 2025, incluindo eleições, sessões solenes, sessões científicas e eventos memoráveis da ANM.
Em um pronunciamento marcante, o Acadêmico Natalino Salgado celebrou os 196 anos da ANM, reforçando seu papel como farol da ciência médica no Brasil. Com ênfase na ética, na excelência da formação médica e no compromisso com a vida, ele alertou para a fragilidade do ensino médico diante da abertura indiscriminada de faculdades sem estrutura adequada.
Defendeu o Exame Nacional de Proficiência Médica, não como medida punitiva, mas como um “pacto com a vida”, um compromisso necessário com a qualidade e a responsabilidade.
Durante seu discurso, também homenageou os novos membros da Academia, exaltou a realização do I Encontro da ANM em São Luís (MA) e destacou a importância da Carta de São Luís, um manifesto em defesa da medicina de qualidade.
Em tom emotivo, lembrou o legado do Acadêmico Sérgio Novis e encerrou com palavras que ecoaram no auditório:
“A medicina deve ser ciência, mas também arte; precisão, mas também poesia; profissão, mas, antes de tudo, vocação.”
Para ler o discurso na íntegra, clique aqui.
Como é tradição, a Sessão Solene foi também momento de celebração do talento e da produção científica nacional, com a entrega dos Prêmios da Academia Nacional de Medicina. Os trabalhos premiados representam avanços significativos em diferentes áreas da medicina.
A Presidente da ANM, Acadêmica Eliete Bouskela, encerrou a cerimônia com um discurso emocionado sobre a importância histórica da instituição. Relembrou os fundamentos que sustentam sua longevidade e reforçou o compromisso da ANM com o futuro da medicina, da saúde e da pesquisa no Brasil.
“Vamos brindar a nossa Academia e sua mágica. E que venha os 200 anos com vigor, responsabilidade, leveza e fraternidade.“
Assista a solenidade completa clicando aqui. Veja também alguns registros do evento a seguir: