A Academia Nacional de Medicina abriu as portas, nesta quinta-feira (4), para uma jornada de conhecimento e inovação com o simpósio “Reshaping Dermatology”, realizado em parceria com o Colégio Ibero-Latino Americano de Dermatologia (CILAD). Sob a organização do acadêmico Omar Lupi, o encontro reuniu especialistas do Brasil e do exterior para revisitar a trajetória da dermatologia, explorar seus avanços mais recentes e lançar luz sobre as perspectivas que a tecnologia desenha para o futuro da especialidade.
A sessão teve início com as palavras da presidente da ANM, acadêmica Eliete Bouskela, que ressaltou a vocação histórica da instituição em promover debates de alto nível sobre ciência e saúde. Logo depois, o professor argentino Carlos Fernando Gatti conduziu a palestra “Dermatologia: De Onde Viemos – Vidas Médicas”, revisitando marcos decisivos da área e homenageando figuras que ajudaram a consolidar a dermatologia como campo essencial da medicina. Na mesma ocasião, Gatti lançou seu livro Vidas Médicas e recebeu os participantes no tradicional chá acadêmico, onde autografou exemplares da obra.
Na segunda etapa da programação, Dr. Omar Lupi trouxe reflexões sobre as inovações no diagnóstico dermatológico e como essas ferramentas vêm permitindo identificar doenças de pele de maneira mais rápida e precisa. Em seguida, a ANM prestou homenagem ao professor mexicano Jorge Ocampo Candiani, que assumiu o posto de correspondente internacional da Academia.
Ocampo também protagonizou uma das conferências mais aguardadas do simpósio: “Artificial Intelligence in Dermatology: Benefits, Risks and Applications”. Em sua fala, destacou como a inteligência artificial pode ser aliada dos médicos na prática clínica, agilizando diagnósticos e ampliando o acesso ao tratamento. Ao mesmo tempo, lembrou que o contato humano continua sendo insubstituível no cuidado médico e chamou atenção para os dilemas éticos que acompanham as novas tecnologias.
O evento também foi marcado pela celebração de conquistas recentes, como o reconhecimento internacional de professores ligados à ANM e o protagonismo de jovens médicos que têm levado a produção científica brasileira para congressos e projetos em diferentes países.
Com debates que conectaram história, atualidade e perspectivas futuras, o simpósio consolidou o papel da Academia Nacional de Medicina como um espaço de excelência para refletir sobre ciência, inovação e os caminhos da saúde pública. Atenta aos novos desafios, a ANM já se mobiliza em pautas de alcance mundial, como as mudanças climáticas, e confirmou sua participação na COP30, em Belém do Pará.