Adolescência: Vulnerabilidades e Potencialidades

ADOLESCENTES E PUBERDADE FORAM O FOCO DO SIMPÓSIO DESSA SEMANA NA ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA

Simpósio Adolescência: Vulnerabilidades e Potencialidades

Nesta quinta-feira (02), a Academia Nacional de Medicina (ANM) abordou uma questão importante para muitos pais, principalmente em tempos de pandemia. O tema Adolescência: Vulnerabilidades e Potencialidades foi organizado pelo Acadêmico José Augusto Messias a pedido do presidente da ANM Francisco Sampaio, que sempre teve interesse nesse assunto.

As apresentações começaram com uma palestra ministrada pela Drª Eloísa Grossman, professora do Núcleo de Estudos na Saúde do Adolescente (NESA) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), sobre o tema Puberdade: uma Janela de Oportunidades. Ela classificou a adolescência como uma fase privilegiada para o desenvolvimento do indivíduo, abordando a magnitude dos eventos que acontecem durante a puberdade, como os questionamentos, a criação de vínculos com os jovens e as famílias, a desinformação e a invisibilidade. Drª Eloísa ressaltou que ainda existem assuntos que precisam  ser abordados durante esta fase: “A gente pode olhar nessa linha de cuidados e observar que algumas coisas estão faltando. Sexualidade, projeto de vida, trabalho infanto-juvenil. A puberdade, para atingir todo seu potencial, precisa que a gente olhe para esse tipo de coisa”.

O Acad. José Augusto Messias falou sobre o tema A Morbimortalidade na Adolescência – BR. O Acadêmico usou a experiência do NESA para apresentar um binômio saúde/doença na adolescência, considerando o paradigma dos Determinantes Sociais em Saúde. Ele revelou a necessidade de um serviço multidisciplinar para o desenvolvimento dos jovens, com a transmissão de conhecimentos entre as áreas. Além da importância de uma atenção primária no meio social em que ele está inserido.

A professora do NESA, Drª Maria Cristina Kuschnir, apresentou um tema que é preocupante entre os adolescentes, sobre A Pandemia da Obesidade: O Projeto ERICA. A palestra abordou os impactos sociais e econômicos, e novamente, a importância de uma equipe multidisciplinar para os adolescentes. Drª Maria Cristina explicou brevemente como funciona o Projeto ERICA, um estudo que tem o objetivo de analisar a prevalência da Síndrome Metabólica, sobrepeso, obesidade, excesso de peso, entre outras comorbidades, e até mesmo transtorno mental comum. 

A assistente social Fernanda Graneiro, do NESA, foi ao púlpito com o tema Projeto Caminho Melhor Jovem. O objetivo do programa é contribuir com a inclusão social dos jovens de 15 a 29 anos, de forma produtiva e para a autonomia deles, e as principais ações são acompanhar a sua trajetória formativa e articular demandas, atuando nas áreas marginalizadas do Rio de Janeiro durante a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Infelizmente, o projeto foi interrompido abruptamente em 2018 e não chegou a ocupar todos os territórios esperados.

A professora Carmen Ray, do NESA, apresentou sobre o Projeto Trabalho Infanto Juvenil e Saúde. Ela é assistente social e começa a apresentação ressaltando que as crianças e adolescentes pobres desse país sempre trabalharam, desde o império aos dias atuais. Esse projeto foi baseado em relatos dos assistidos e suas famílias, e apesar da sua base ser no Rio de Janeiro, esse programa viajou todo Brasil e se estabeleceu online atualmente. 

Para finalizar o simpósio, o Dr. Eduardo Jorge Custódio da Silva apresentou a palestra sobre Adolescentes e as Mídias Digitais, um assunto necessário devido ao crescimento do uso das redes sociais durante a pandemia. Ele explicou como o cérebro funciona e logo avança para a relação atual das crianças e adolescentes com a internet. Por exemplo, em 2019, 95% dos jovens possuíam acesso à internet. 


Para assistir esse simpósio na íntegra, visite o nosso canal no Youtube ou clique aqui e aqui.



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