Atendimento de emergência no AVC

14/10/2013

Um programa destacado internacionalmente e desenvolvido no Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, para o atendimento de urgência nos casos de acidente vascular encefálico foi tema da sessão científica da ANM, realizada no dia 10 /10/2013. O convidado para esta conferência foi o médico e professor da UFRJ, Victor Massena.

Durante sua conferência, Massena explicou que o hospital carioca foi o primeiro, fora do Canadá, a ser reconhecido como hospital de excelência no tratamento do acidente vascular cerebral (AVC).

O AVC, segundo ele, é a maior causa de morte e a segunda maior de incapacidade permanente no país, sendo considerada uma catástrofe nacional.

No Hospital Pró-Cadíaco, todo o tratamento, segundo ele, é executado por uma equipe multiprofissional com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional e total assistência familiar. “Até a recepcionista do hospital é treinada a cada três meses para identificar quando se trata de um caso de AVC”, disse. Toda a equipe possui aparelhos de telefonia e, assim que surge um novo caso, todos recebem torpedos para ficarem alertas.

O tratamento, explicou, já começa antes mesmo do paciente chegar ao hospital. Ao ser acionado, o Pró-Cadíaco mobiliza os profissionais treinados e, em cinco minutos, a ambulância parte para fazer o primeiro atendimento na residência onde foi realizado o chamado. A localização do doente também é fundamental, ou seja, os pacientes devem morar num raio próximo ao hospital, explicou.

Victor Massena ainda detalhou as escalas utilizadas no tratamento do AVC.

A escala de Cincinnati é aplicada para verificar os três sinais considerados indicativos de AVC: assimetria facial, perda da força em um dos braços e dificuldade de falar. “Nesse caso, as recepcionistas do hospital também são treinadas, o que colabora com o trabalho de toda a equipe”, disse.

Assim que se depara com um caso de acidente vascular cerebral, outra ação visa estabelecer a escala de Riken, que mede a incapacidade funcional. Segundo ele, esta oferece informações se o paciente anda, consegue engolir alimentos, se faz suas atividades de forma independente, ou se é traqueostomizado, por exemplo. A escala de Riken é utilizada no atendimento imediato e três meses após o acidente para averiguar se as medidas tomadas foram eficazes.

Outro aspecto importante é estabelecer o marco zero do AVC, ou seja, tentar estabelecer o horário dos primeiros sintomas. “O delta zero é fundamental para a elegibilidade e escolha do tratamento.” Por fim, Massena falou ainda sobre os tipos de tratamento utilizados no hospital.

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