Brazil-Portugal Meeting: Efforts to cope with COVID-19

BRASIL E PORTUGAL NA LUTA CONTRA A COVID-19

O que une Brasil e Portugal na pandemia de Covid-19 foi o que interessou aos mais de 100 inscritos na sessão científica promovida, de forma virtual, pela Academia Nacional de Medicina, no dia 09 de abril de 2020.

Participaram deste encontro a presidente da Academia de Medicina de Portugal, Maria de Fátima Carneiro, e o médico intensivista do Hospital de São João, no Porto, José Artur Paiva, também membro da Academia portuguesa.

Os portugueses trocaram experiências com os brasileiros sobre a epidemiologia da doença e formas de tratamento em ambos os países. Dentro da evolução da pandemia, Portugal encontra-se duas semanas a frente do Brasil, tendo sua curva se estabilizado como em um planalto, explicou Artur Paiva.

Portugal se organizou durante seis meses e o Brasil ainda corre contra o tempo para o atendimento dos casos graves durante o pico da doença que é esperado para as próximas semanas.

“Não há ciência sobre o novo coronavírus com mais de três meses. Da epidemiologia da doença ao tratamento ainda precisamos aprender muito”, finalizou o acadêmico de Portugal e presente à reunião, José Artur Paiva.

O que as autópsias podem explicar da Covid-19?

Com este tema, o acadêmico Paulo Saldiva e as médicas Marisa Dolhnikoff e Renata Monteiro, da Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo, contaram os resultados preliminares de um projeto de autópsias minimamente invasivas para a Covid-19.

Os médicos mostraram os dados obtidos com as análises dos corpos de 10 pacientes, metade de cada sexo, e que morreram com o novo coronavírus. Com idade que variava entre 33 e 83 anos e que estiveram em unidades de terapia intensiva até 15 dias, os corpos dos pacientes foram submetidos a exames post mortem, através de tomografia, ultrassom e microscopia.

Vários órgãos foram estudados como pulmão, fígado, rins e baço. Os resultados mostraram uma agressividade impressionante do vírus e, por que a resposta imunológica frente à inflamação é ruim ainda não se sabe.

Além disso, os pesquisadores abordaram questões importantes das autópsias que permitiram, inclusive, conclusões sobre certos aspectos da doença como a comprovação histológica da formação de trombos na microcirculação pulmonar.

As sessões científicas estão disponíveis no canal da Academia Nacional de Medicina no YouTube em https://bit.ly/3eByjYS.



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