Enjolras Vampré

Nascido em 04 de julho de 1885, em Laranjeiras, estado de Sergipe, filho do Dr. Fabrício Carneiro Tupinambá Vampré e de D. Mathilde de Andrade Vampré.

Enjolras Vampré foi um dos neurologistas pioneiros no Brasil cujo nome é uma homenagem a um dos personagens do livro Les Misérables (1862), escrito por Victor Hugo (1802-1885).

Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1908. Em 1906 foi nomeado interno do Hospital de Isolamento da peste bubônica, tendo sido designado, em 1907, para chefe da comissão para saneamento da cidade de Alagoinhas. Foi interno da cadeira de Clínica Psiquiátrica e Moléstias Nervosas e defendeu sua tese de doutoramento intitulada “Considerações sobre as Perturbações Nervosas e Mentais na Peste Bubônica”, logrando aprovação com louvor. Foi o melhor aluno de sua turma, tendo seu retrato colocado no Panteon da Faculdade de Medicina.

Com o prêmio de viagem à Europa, em 1910, frequentou em Paris os cursos de Babinski, Dejerine, Guillain e Bertrand. Esteve também na Alemanha, em vários serviços especializados.

Retornando ao Brasil, foi para São Paulo, sendo nomeado médico-interno do Hospício de Alienados de Juquerí. Em 1912 foi indicado para Diretor da Secção de Neuropsiquiatria do Instituto Paulista, cargo que ocupou até seu falecimento.

Foi Presidente da Academia de Medicina de São Paulo, foi sócio fundador da Associação Paulista de Medicina e seu Presidente, em 1935.

Em 1925 iniciou suas atividades como professor, sendo regente da cadeira de Psiquiatria e Moléstias Nervosas, na Faculdade de Medicina de São Paulo. Em 1955, desdobrando-se o Departamento, foi contratado para reger a Cadeira de Neurologia. Foi também Inspetor Sanitário do Estado de São Paulo.

Em 1932, a Congregação da Faculdade de Medicina, por decisão unânime, enviou aos poderes competentes longo e documentado memorial, propondo-o para a regência definitiva da Cadeira. O Professor Enjolras Vampré recusou, insistindo para que fosse realizado o concurso. Foi nomeado Professor Catedrático em 24 de dezembro 1935.

Foi fundador da Escola Neurológica Paulista, tendo moldado eficientemente as características profissionais de seus assistentes.

Foi eleito Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina em 25 de outubro de 1934.

É o Patrono da Cadeira 49 da Academia Nacional de Medicina.

Publicou numerosos trabalhos, destacando-se: “Considerações sobre alguns casos de esclerose em placas” (1925), “Tratamento da encefalite epidêmica e suas manifestações tardias” (1926), “Esclerose lateral amiotrófica de forma pseudo-polineurítica” (1926), “Síndrome de Hand-Schüller-Christian” (1930), “Tumor da bolsa de Rathke” (1930), “Profilaxia da sífilis nervosa” (1934) e “Perturbações da leitura de origem cerebral e síndromes bulbares: contribuição para o estudo da fisiopatologia do bulbo raquidiano”, sendo este último premiado pela Associação Paulista de Medicina, em 1938, com o prêmio Honório Líbero.

O nome das ruas Professor Enjolras Vampré, no bairro de Vila Santa Cândida, na cidade de São José do Rio Preto (SP), e no bairro Jardim da Saúde, na capital paulista, foi dado em sua homenagem.

Faleceu em 17 de maio de 1938, aos 52 anos, durante uma aula que proferia, no auge de suas atividades científico-didáticas, na cidade de São Paulo.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Honorário

Cadeira homenageado: 49

Eleição: 25/10/1934

Indicação: Antonio Austregésilo Rodrigues Lima

Secção (patrono): Medicina

Classificação: Nacional

Falecimento: 17/05/1938

Informações do Honorário

Cadeira homenageado: 49

Eleição: 25/10/1934

Indicação: Antonio Austregésilo Rodrigues Lima

Secção (patrono): Medicina

Classificação: Nacional

Falecimento: 17/05/1938

Nascido em 04 de julho de 1885, em Laranjeiras, estado de Sergipe, filho do Dr. Fabrício Carneiro Tupinambá Vampré e de D. Mathilde de Andrade Vampré.

Enjolras Vampré foi um dos neurologistas pioneiros no Brasil cujo nome é uma homenagem a um dos personagens do livro Les Misérables (1862), escrito por Victor Hugo (1802-1885).

Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1908. Em 1906 foi nomeado interno do Hospital de Isolamento da peste bubônica, tendo sido designado, em 1907, para chefe da comissão para saneamento da cidade de Alagoinhas. Foi interno da cadeira de Clínica Psiquiátrica e Moléstias Nervosas e defendeu sua tese de doutoramento intitulada “Considerações sobre as Perturbações Nervosas e Mentais na Peste Bubônica”, logrando aprovação com louvor. Foi o melhor aluno de sua turma, tendo seu retrato colocado no Panteon da Faculdade de Medicina.

Com o prêmio de viagem à Europa, em 1910, frequentou em Paris os cursos de Babinski, Dejerine, Guillain e Bertrand. Esteve também na Alemanha, em vários serviços especializados.

Retornando ao Brasil, foi para São Paulo, sendo nomeado médico-interno do Hospício de Alienados de Juquerí. Em 1912 foi indicado para Diretor da Secção de Neuropsiquiatria do Instituto Paulista, cargo que ocupou até seu falecimento.

Foi Presidente da Academia de Medicina de São Paulo, foi sócio fundador da Associação Paulista de Medicina e seu Presidente, em 1935.

Em 1925 iniciou suas atividades como professor, sendo regente da cadeira de Psiquiatria e Moléstias Nervosas, na Faculdade de Medicina de São Paulo. Em 1955, desdobrando-se o Departamento, foi contratado para reger a Cadeira de Neurologia. Foi também Inspetor Sanitário do Estado de São Paulo.

Em 1932, a Congregação da Faculdade de Medicina, por decisão unânime, enviou aos poderes competentes longo e documentado memorial, propondo-o para a regência definitiva da Cadeira. O Professor Enjolras Vampré recusou, insistindo para que fosse realizado o concurso. Foi nomeado Professor Catedrático em 24 de dezembro 1935.

Foi fundador da Escola Neurológica Paulista, tendo moldado eficientemente as características profissionais de seus assistentes.

Foi eleito Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina em 25 de outubro de 1934.

É o Patrono da Cadeira 49 da Academia Nacional de Medicina.

Publicou numerosos trabalhos, destacando-se: “Considerações sobre alguns casos de esclerose em placas” (1925), “Tratamento da encefalite epidêmica e suas manifestações tardias” (1926), “Esclerose lateral amiotrófica de forma pseudo-polineurítica” (1926), “Síndrome de Hand-Schüller-Christian” (1930), “Tumor da bolsa de Rathke” (1930), “Profilaxia da sífilis nervosa” (1934) e “Perturbações da leitura de origem cerebral e síndromes bulbares: contribuição para o estudo da fisiopatologia do bulbo raquidiano”, sendo este último premiado pela Associação Paulista de Medicina, em 1938, com o prêmio Honório Líbero.

O nome das ruas Professor Enjolras Vampré, no bairro de Vila Santa Cândida, na cidade de São José do Rio Preto (SP), e no bairro Jardim da Saúde, na capital paulista, foi dado em sua homenagem.

Faleceu em 17 de maio de 1938, aos 52 anos, durante uma aula que proferia, no auge de suas atividades científico-didáticas, na cidade de São Paulo.

Acad. Francisco Sampaio

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