João Benjamin Ferreira Baptista

O Dr. João Benjamin Ferreira Baptista nasceu na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, no dia 7 de julho de 1864, filho do Capitão do Exército Benjamin Rodrigo Baptista e de Anna Benedicta Ferreira Baptista. Seu pai foi combatente na Guerra do Paraguai, tendo sido ferido em combate e falecido quando João Benjamin Ferreira Baptista tinha dois anos.

Casou-se com Ida Vinelli Baptista, filha de João Baptista Kosuth Vinelli, Catedrático de Fisiologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e de Maria Emília Leal Vinelli, com quem teve dois filhos, Marina Baptista Xavier, e Benjamin Vinelli Baptista, que também se dedicou à anatomia e foi Chefe de Equipe no Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro.

Cursou Farmácia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, titulando-se em 1888, quando passou a trabalhar em sua própria farmácia, localizada no bairro do Fonseca, na cidade de Niterói. Posteriormente, doutorou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, obtendo o grau de médico em 1895, com a tese “Cura radical da hérnia inguinal”.

Em 1890, ingressou no internato do Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde foi promovido a interno de 2ª classe em 1891, e a interno de 1ª classe residente em cirurgia, em 1892. Ainda no Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, trabalhou na 14ª Enfermaria, cujo chefe era Marcos Bezerra Cavalcanti e o adjunto era o professor Augusto Brant Paes Leme.

Em 1893, durante a Revolta da Armada, movimento liderado por algumas unidades da Marinha Brasileira, contra o governo do Presidente da República Floriano Peixoto, auxiliou o médico Augusto Brant Paes Leme que então chefiava a 5ª Enfermaria deste hospital, dedicada ao tratamento de doentes militares, o que lhe rendeu a insígnia de 1º Tenente-médico Honorário do Exército.

Tornou-se Cirurgião Chefe em 1895 e tornou-se médico adjunto do Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, atuando na 3ª Enfermaria, sob a chefia do médico Joaquim Pinto Portella. Foi preparador, em 1896, e professor interino da cadeira de anatomia descritiva na então Faculdade de Medicina e Farmácia do Rio de Janeiro, cujo catedrático era Ernesto de Freitas Crissiuma. Foi também, preparador da cadeira de anatomia médica cirúrgica, então dirigida por Augusto Brant Paes Leme, e no mesmo ano, passou a acumular esta função com a de preparador na cadeira de histologia.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1897, apresentando memória intitulada “Uma anomalia do nervo músculo cutâneo”.

É Patrono da Cadeira No. 25.

Em 1906, tornou-se Diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, para, juntamente com os médicos Domingos de Góes e Vasconcellos & Chapot Prévost, apresentar um regulamento para o Serviço de Distribuição de Cadáveres destinados ao trabalho de anatomia. Neste período, com autorização da Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, lecionava Cursos Livres de Anatomia, para o aperfeiçoamento de alunos de medicina e de médicos, cursos esses que tinham grande frequência.

Em 1908, João Benjamin Ferreira Baptista foi Vice-Diretor da Escola Livre de Odontologia do Rio de Janeiro, que havia sido criada em 1902, e no ano seguinte passou a lecionar, na mesma instituição, o curso de histologia dentária. Já diplomado em odontologia, foi nomeado em 1910 professor de anatomia desta escola.

Assumiu, em 1915, como substituto da 3ª seção da cadeira de anatomia descritiva e anatomia médico-cirúrgica, operações e aparelhos, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi responsável pela organização do Museu Anatômico da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, iniciativa considerada notável por colegas de profissão à época.

Foi nomeado, em 1921, professor catedrático de operações e aparelhos da então Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, tendo tomado posse no mesmo ano. Esta cadeira sob sua regência, posteriormente, foi denominada como anatomia médico-cirúrgica (1925) e depois, técnica operatória e cirurgia experimental (1931). Foi também Diretor do Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro e presidiu a inauguração do Instituto Anatômico Benjamin Baptista, anexo à Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemanniano.

Dentre suas obras publicadas destacam-se: “Anomalias supra-aórticas” (1905), “Estudo da topografia cardiotorácica” (1907), “Contribuições ao estudo das anomalias renais” (1909), “Anatomia descritiva da cabeça” (1910) e “Manual de Anatomia Humana” (1920, em colaboração com o Professor Alfredo Monteiro).

É Patrono do Colégio Anatômico da Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, o qual recebeu seu nome, em 1962, tornando-se Centro Acadêmico Benjamin Baptista. Foi, ainda, Membro da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Anatômica Luso-Hispano-Americana.

Foi considerado o grande impulsionador do ensino de cirurgia experimental, tendo criado, em 1926, o Serviço Modelar de Cirurgia Experimental, considerado o primeiro laboratório de cirurgia experimental no Brasil. Este laboratório tornou-se um verdadeiro centro de pesquisas, que posteriormente recebeu seu nome.

Seu filho, o médico e Acadêmico Benjamin Vinelli Baptista, deu continuidade à sua obra.

Faleceu subitamente, em 26 de novembro de 1934, na cidade do Rio de Janeiro.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 176

Cadeira: 25

Cadeira homenageado: 25

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 30/09/1897

Posse: 14/10/1897

Sob a presidência: Antonio José Pereira da Silva Araújo

Falecimento: 26/11/1934

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 176

Cadeira: 25

Cadeira homenageado: 25

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 30/09/1897

Posse: 14/10/1897

Sob a presidência: Antonio José Pereira da Silva Araújo

Falecimento: 26/11/1934

O Dr. João Benjamin Ferreira Baptista nasceu na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, no dia 7 de julho de 1864, filho do Capitão do Exército Benjamin Rodrigo Baptista e de Anna Benedicta Ferreira Baptista. Seu pai foi combatente na Guerra do Paraguai, tendo sido ferido em combate e falecido quando João Benjamin Ferreira Baptista tinha dois anos.

Casou-se com Ida Vinelli Baptista, filha de João Baptista Kosuth Vinelli, Catedrático de Fisiologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e de Maria Emília Leal Vinelli, com quem teve dois filhos, Marina Baptista Xavier, e Benjamin Vinelli Baptista, que também se dedicou à anatomia e foi Chefe de Equipe no Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro.

Cursou Farmácia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, titulando-se em 1888, quando passou a trabalhar em sua própria farmácia, localizada no bairro do Fonseca, na cidade de Niterói. Posteriormente, doutorou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, obtendo o grau de médico em 1895, com a tese “Cura radical da hérnia inguinal”.

Em 1890, ingressou no internato do Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde foi promovido a interno de 2ª classe em 1891, e a interno de 1ª classe residente em cirurgia, em 1892. Ainda no Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, trabalhou na 14ª Enfermaria, cujo chefe era Marcos Bezerra Cavalcanti e o adjunto era o professor Augusto Brant Paes Leme.

Em 1893, durante a Revolta da Armada, movimento liderado por algumas unidades da Marinha Brasileira, contra o governo do Presidente da República Floriano Peixoto, auxiliou o médico Augusto Brant Paes Leme que então chefiava a 5ª Enfermaria deste hospital, dedicada ao tratamento de doentes militares, o que lhe rendeu a insígnia de 1º Tenente-médico Honorário do Exército.

Tornou-se Cirurgião Chefe em 1895 e tornou-se médico adjunto do Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, atuando na 3ª Enfermaria, sob a chefia do médico Joaquim Pinto Portella. Foi preparador, em 1896, e professor interino da cadeira de anatomia descritiva na então Faculdade de Medicina e Farmácia do Rio de Janeiro, cujo catedrático era Ernesto de Freitas Crissiuma. Foi também, preparador da cadeira de anatomia médica cirúrgica, então dirigida por Augusto Brant Paes Leme, e no mesmo ano, passou a acumular esta função com a de preparador na cadeira de histologia.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1897, apresentando memória intitulada “Uma anomalia do nervo músculo cutâneo”.

É Patrono da Cadeira No. 25.

Em 1906, tornou-se Diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, para, juntamente com os médicos Domingos de Góes e Vasconcellos & Chapot Prévost, apresentar um regulamento para o Serviço de Distribuição de Cadáveres destinados ao trabalho de anatomia. Neste período, com autorização da Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, lecionava Cursos Livres de Anatomia, para o aperfeiçoamento de alunos de medicina e de médicos, cursos esses que tinham grande frequência.

Em 1908, João Benjamin Ferreira Baptista foi Vice-Diretor da Escola Livre de Odontologia do Rio de Janeiro, que havia sido criada em 1902, e no ano seguinte passou a lecionar, na mesma instituição, o curso de histologia dentária. Já diplomado em odontologia, foi nomeado em 1910 professor de anatomia desta escola.

Assumiu, em 1915, como substituto da 3ª seção da cadeira de anatomia descritiva e anatomia médico-cirúrgica, operações e aparelhos, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi responsável pela organização do Museu Anatômico da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, iniciativa considerada notável por colegas de profissão à época.

Foi nomeado, em 1921, professor catedrático de operações e aparelhos da então Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, tendo tomado posse no mesmo ano. Esta cadeira sob sua regência, posteriormente, foi denominada como anatomia médico-cirúrgica (1925) e depois, técnica operatória e cirurgia experimental (1931). Foi também Diretor do Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro e presidiu a inauguração do Instituto Anatômico Benjamin Baptista, anexo à Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemanniano.

Dentre suas obras publicadas destacam-se: “Anomalias supra-aórticas” (1905), “Estudo da topografia cardiotorácica” (1907), “Contribuições ao estudo das anomalias renais” (1909), “Anatomia descritiva da cabeça” (1910) e “Manual de Anatomia Humana” (1920, em colaboração com o Professor Alfredo Monteiro).

É Patrono do Colégio Anatômico da Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, o qual recebeu seu nome, em 1962, tornando-se Centro Acadêmico Benjamin Baptista. Foi, ainda, Membro da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Anatômica Luso-Hispano-Americana.

Foi considerado o grande impulsionador do ensino de cirurgia experimental, tendo criado, em 1926, o Serviço Modelar de Cirurgia Experimental, considerado o primeiro laboratório de cirurgia experimental no Brasil. Este laboratório tornou-se um verdadeiro centro de pesquisas, que posteriormente recebeu seu nome.

Seu filho, o médico e Acadêmico Benjamin Vinelli Baptista, deu continuidade à sua obra.

Faleceu subitamente, em 26 de novembro de 1934, na cidade do Rio de Janeiro.

Acad. Francisco Sampaio

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