João Vicente Torres Homem (Barão de Torres Homem)

João Vicente Torres Homem, primeiro e único barão com grandeza de Torres Homem, nasceu a 23 de novembro de 1837, na cidade do Rio de Janeiro, onde faleceu em 4 de novembro de 1887.

Era filho de Joaquim Vicente Torres Homem, Médico da Corte, Professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e Membro da Academia Imperial de Medicina, e de D. Bernarda Angélica dos Santos Torres.

Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1858, apresentando a tese intitulada “Raiva ou hidrofobia”, pouco antes da morte de seu pai.

O Dr. João Vicente de Torres Homem foi discípulo do Dr. Manoel de Valladão Pimentel, o Barão de Petrópolis, com quem começou as relações em 1857, quando cursava o quinto ano de medicina, e com quem começou a trabalhar, em 1858. Foi interno residente do Hospital Militar da Corte e médico adjunto da Santa Casa de Misericórdia.

Na ocasião de sua eleição para a Academia Imperial de Medicina, em 1863, apresentou memória intitulada “Qual o papel que representa o baço na economia animal”.

Em 1866, para concorrer à cadeira de Clínica Interna da Faculdade Nacional de Medicina, apresentou tese àquela época considerada de grande atualidade, intitulada “Das sangrias em geral e em particular na pneumonia e na apoplexia cerebral”.

Foi um dos fundadores da Gazeta Médica do Rio de janeiro, uma das poucas publicações especializadas na época, em 1862, da qual foi também redator até o seu último número, em junho de 1864. Do mesmo modo, colaborou com a fundação do Brasil Médico, em 1887, que chegou a ser o órgão oficial do Serviço de Reumatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.

Discorria sobre toda a patologia; indo com segurança, da cardiologia – que foi sempre tema da predileção dos clínicos brasileiros – às encefalopatias, e sempre defendendo pontos de vista pessoais. Suas lições neurológicas ocupam-se largamente dos estados vasculares – congestões, afasia, hemorragia, trombose, embolia – das meningites, de tumores intracranianos, de diagnóstico de sede, em termos e em entendimento patológico da linguagem diagnóstica atual.

Estudou as febres endêmicas e epidêmicas; assinalou a existência da esteatose do fígado na febre amarela; entreviu a vigência clínica no reumatismo sob a forma visceral e o enfarte do miocárdio, ao tratar da morte súbita, na referência à “isquemia do coração por obliteração das artérias coronárias”.

Quanto ao diabetes, estava convencido de que a causa primordial, inicial, originária e fundamental da desordem funcional que determina a glicemia, tem a sua sede nos centros nervosos; aí é que devemos procurar o primeiro elo da cadeia que representa todo o processo mórbido da “diabete sacarina”.

Na biografia de Torres Homem há de tudo – desde higiene até pediatria. Publicou três volumes “Lições de Clínica Médica”, entre 1867 e 1887, os quais revelam sua grande capacidade diagnóstica e de observação, à altura dos grandes mestres universais. Nessa importante obra encontram-se capítulos que demonstram seu interesse por temas reumatológicos e justificam o título que recebeu de Patrono da Reumatologia Brasileira.

Descreveu minuciosamente a pneumonia, os abscessos do fígado, os aneurismas aórticos e angina do peito. A estenose cardioventricular direita, mais tarde conhecida como “Síndrome de Bernheim”, está descrita em seus textos, com todas as características.

Conservou-se sempre fiel ao princípio hipocrático, de que o escopo fundamental da Medicina é a cura ou o alívio dos doentes.  Na arte de ensinar, Torres Homem foi professor incomparável.

Por muito tempo, foi médico pessoal do Imperador Dom Pedro II.

Foi agraciado com o título de Barão de Torres Homem por carta-de-mercê de 14 de julho de 1887.

Recebeu ainda o título de Dignitário da Ordem da Rosa e foi membro do Conselho do Imperador e Grande do Império.

A atividade científica de Torres Homem vai de 1857 a 1887.

Faleceu na cidade do Rio de janeiro, em 4 de novembro de 1887.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 95

Cadeira: 8

Cadeira homenageado: 08

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 07/12/1863

Posse: 21/12/1863

Sob a presidência: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)

Saudado: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)

Falecimento: 04/11/1887

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 95

Cadeira: 8

Cadeira homenageado: 08

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 07/12/1863

Posse: 21/12/1863

Sob a presidência: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)

Saudado: Antonio Felix Martins (Barão de São Felix)

Falecimento: 04/11/1887

João Vicente Torres Homem, primeiro e único barão com grandeza de Torres Homem, nasceu a 23 de novembro de 1837, na cidade do Rio de Janeiro, onde faleceu em 4 de novembro de 1887.

Era filho de Joaquim Vicente Torres Homem, Médico da Corte, Professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e Membro da Academia Imperial de Medicina, e de D. Bernarda Angélica dos Santos Torres.

Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1858, apresentando a tese intitulada “Raiva ou hidrofobia”, pouco antes da morte de seu pai.

O Dr. João Vicente de Torres Homem foi discípulo do Dr. Manoel de Valladão Pimentel, o Barão de Petrópolis, com quem começou as relações em 1857, quando cursava o quinto ano de medicina, e com quem começou a trabalhar, em 1858. Foi interno residente do Hospital Militar da Corte e médico adjunto da Santa Casa de Misericórdia.

Na ocasião de sua eleição para a Academia Imperial de Medicina, em 1863, apresentou memória intitulada “Qual o papel que representa o baço na economia animal”.

Em 1866, para concorrer à cadeira de Clínica Interna da Faculdade Nacional de Medicina, apresentou tese àquela época considerada de grande atualidade, intitulada “Das sangrias em geral e em particular na pneumonia e na apoplexia cerebral”.

Foi um dos fundadores da Gazeta Médica do Rio de janeiro, uma das poucas publicações especializadas na época, em 1862, da qual foi também redator até o seu último número, em junho de 1864. Do mesmo modo, colaborou com a fundação do Brasil Médico, em 1887, que chegou a ser o órgão oficial do Serviço de Reumatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.

Discorria sobre toda a patologia; indo com segurança, da cardiologia – que foi sempre tema da predileção dos clínicos brasileiros – às encefalopatias, e sempre defendendo pontos de vista pessoais. Suas lições neurológicas ocupam-se largamente dos estados vasculares – congestões, afasia, hemorragia, trombose, embolia – das meningites, de tumores intracranianos, de diagnóstico de sede, em termos e em entendimento patológico da linguagem diagnóstica atual.

Estudou as febres endêmicas e epidêmicas; assinalou a existência da esteatose do fígado na febre amarela; entreviu a vigência clínica no reumatismo sob a forma visceral e o enfarte do miocárdio, ao tratar da morte súbita, na referência à “isquemia do coração por obliteração das artérias coronárias”.

Quanto ao diabetes, estava convencido de que a causa primordial, inicial, originária e fundamental da desordem funcional que determina a glicemia, tem a sua sede nos centros nervosos; aí é que devemos procurar o primeiro elo da cadeia que representa todo o processo mórbido da “diabete sacarina”.

Na biografia de Torres Homem há de tudo – desde higiene até pediatria. Publicou três volumes “Lições de Clínica Médica”, entre 1867 e 1887, os quais revelam sua grande capacidade diagnóstica e de observação, à altura dos grandes mestres universais. Nessa importante obra encontram-se capítulos que demonstram seu interesse por temas reumatológicos e justificam o título que recebeu de Patrono da Reumatologia Brasileira.

Descreveu minuciosamente a pneumonia, os abscessos do fígado, os aneurismas aórticos e angina do peito. A estenose cardioventricular direita, mais tarde conhecida como “Síndrome de Bernheim”, está descrita em seus textos, com todas as características.

Conservou-se sempre fiel ao princípio hipocrático, de que o escopo fundamental da Medicina é a cura ou o alívio dos doentes.  Na arte de ensinar, Torres Homem foi professor incomparável.

Por muito tempo, foi médico pessoal do Imperador Dom Pedro II.

Foi agraciado com o título de Barão de Torres Homem por carta-de-mercê de 14 de julho de 1887.

Recebeu ainda o título de Dignitário da Ordem da Rosa e foi membro do Conselho do Imperador e Grande do Império.

A atividade científica de Torres Homem vai de 1857 a 1887.

Faleceu na cidade do Rio de janeiro, em 4 de novembro de 1887.

Acad. Francisco Sampaio

Para melhorar sua experiência de navegação, utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes. Ao continuar, você concorda com a nossa política de privacidade.