Dr. Luiz Gaudie Ley, último filho do Capitão-mór André Gaudie, nasceu a 24 de fevereiro de 1832 em Cuiabá, Mato Grosso, e seguiu para a antiga Corte, onde fez os seus estudos preparatórios, matriculando-se na Faculdade de Medicina, em que se doutorou depois de um brilhante curso.
Fixando residência no Rio de Janeiro, onde se casou e exerceu vários e importantes cargos, o Dr. Luiz Gaudie Ley jamais regressou a Mato Grosso.
Medico de reconhecida competência e muito humanitário, o Dr. Gaudie conquistou merecida fama e grande simpatia no Rio, tornando-se muito popular no Bairro de São Cristóvão, onde residiu por muitos anos, chegando a chefiar o Partido Liberal desse importante distrito, graças ao prestigio inegável que sua benemerência lhe proporcionara.
O Dr. Luiz Gaudie Ley foi admitido na Academia Imperial de Medicina, como Membro Titular, em 11 de abril de 1859, com a tese intitulada. “Duas palavras sobre o tratamento da febre amarela”.
O Acadêmico José Maria de Noronha Feital foi designado relator e apresentou o parecer em 11 de abril de 1859 e a eleição se processou a seguir.
A aprovação imperial foi lida na sessão de 14 de abril de 1859 e a cerimônia de posse na Academia Imperial de Medicina se processou em 02 de maio de 1859, sob a presidência do Acadêmico Manoel Feliciano Pereira de Carvalho.
Pessoa próxima da Família Imperial ele foi médico particular da Princesa D. Izabel e Diretor do Hospital da Quinta da Boa Vista, cargos estes reveladores da grande confiança que gozava dos imperantes, no regime imperial.
Exerceu ainda as funções de médico da Companhia Luz Stearica (Cia de Iluminação a Gás) e Diretor da Inspetoria Vacínico-Sanitária do Império no Rio de Janeiro.
Foi ainda, entre novembro de 1883 e fevereiro de 1887, o Presidente do Jockey Club do Rio de Janeiro.
Duas vezes eleito para o Parlamento Nacional, em circunstancias memoráveis, não logrou, todavia, ali tomar assento, pois, da primeira vez, ainda no regime decaído (monarquia), não foi escolhido pelo Imperador na lista tríplice para Senador pela província de Matto Grosso e, da segunda, já na fase republicana, em 1890, deixou de ser reconhecido deputado à primeira Câmara, embora sufragado pelos dois partidos – o liberal e o conservador – em razão de suas categóricas declarações de fidelidade ao antigo regime, feitas em manifesto a Nação, no qual dizia lealmente só aceitar os votos dos que partilhassem do seu credo político.
Esta fidelidade aos princípios, professada coerentemente durante toda a vida, constitui-se assim um indelével traço característico da nobreza deste médico
Casou-se com Carlota Gaudie Ley com quem teve nove filhos.
Foi homenageado com nome de logradouro; Rua Doutor Luiz Gaudie Ley, no bairro da Penha, no Rio de Janeiro.
Faleceu no Rio de Janeiro, aos 62 anos de idade, em 22 de agosto de 1894.
PS – Mais de 150 anos após o seu nascimento, foi personagem do livro “O xangô de Baker Street” de Jô Soares. Cia das Letras, SP, 1995.
Biografia feita e revisada pelo Acadêmico Francisco J. B. Sampaio
Número acadêmico: 76
Membro: Titular
Eleição: 11/04/1859
Posse: 02/05/1859
Sob a presidência: Antonio da Costa
Falecimento: 22/08/1894
Número acadêmico: 76
Membro: Titular
Eleição: 11/04/1859
Posse: 02/05/1859
Sob a presidência: Antonio da Costa
Falecimento: 22/08/1894
Dr. Luiz Gaudie Ley, último filho do Capitão-mór André Gaudie, nasceu a 24 de fevereiro de 1832 em Cuiabá, Mato Grosso, e seguiu para a antiga Corte, onde fez os seus estudos preparatórios, matriculando-se na Faculdade de Medicina, em que se doutorou depois de um brilhante curso.
Fixando residência no Rio de Janeiro, onde se casou e exerceu vários e importantes cargos, o Dr. Luiz Gaudie Ley jamais regressou a Mato Grosso.
Medico de reconhecida competência e muito humanitário, o Dr. Gaudie conquistou merecida fama e grande simpatia no Rio, tornando-se muito popular no Bairro de São Cristóvão, onde residiu por muitos anos, chegando a chefiar o Partido Liberal desse importante distrito, graças ao prestigio inegável que sua benemerência lhe proporcionara.
O Dr. Luiz Gaudie Ley foi admitido na Academia Imperial de Medicina, como Membro Titular, em 11 de abril de 1859, com a tese intitulada. “Duas palavras sobre o tratamento da febre amarela”.
O Acadêmico José Maria de Noronha Feital foi designado relator e apresentou o parecer em 11 de abril de 1859 e a eleição se processou a seguir.
A aprovação imperial foi lida na sessão de 14 de abril de 1859 e a cerimônia de posse na Academia Imperial de Medicina se processou em 02 de maio de 1859, sob a presidência do Acadêmico Manoel Feliciano Pereira de Carvalho.
Pessoa próxima da Família Imperial ele foi médico particular da Princesa D. Izabel e Diretor do Hospital da Quinta da Boa Vista, cargos estes reveladores da grande confiança que gozava dos imperantes, no regime imperial.
Exerceu ainda as funções de médico da Companhia Luz Stearica (Cia de Iluminação a Gás) e Diretor da Inspetoria Vacínico-Sanitária do Império no Rio de Janeiro.
Foi ainda, entre novembro de 1883 e fevereiro de 1887, o Presidente do Jockey Club do Rio de Janeiro.
Duas vezes eleito para o Parlamento Nacional, em circunstancias memoráveis, não logrou, todavia, ali tomar assento, pois, da primeira vez, ainda no regime decaído (monarquia), não foi escolhido pelo Imperador na lista tríplice para Senador pela província de Matto Grosso e, da segunda, já na fase republicana, em 1890, deixou de ser reconhecido deputado à primeira Câmara, embora sufragado pelos dois partidos – o liberal e o conservador – em razão de suas categóricas declarações de fidelidade ao antigo regime, feitas em manifesto a Nação, no qual dizia lealmente só aceitar os votos dos que partilhassem do seu credo político.
Esta fidelidade aos princípios, professada coerentemente durante toda a vida, constitui-se assim um indelével traço característico da nobreza deste médico
Casou-se com Carlota Gaudie Ley com quem teve nove filhos.
Foi homenageado com nome de logradouro; Rua Doutor Luiz Gaudie Ley, no bairro da Penha, no Rio de Janeiro.
Faleceu no Rio de Janeiro, aos 62 anos de idade, em 22 de agosto de 1894.
PS – Mais de 150 anos após o seu nascimento, foi personagem do livro “O xangô de Baker Street” de Jô Soares. Cia das Letras, SP, 1995.
Biografia feita e revisada pelo Acadêmico Francisco J. B. Sampaio