Webhall ANM – Novas Fronteiras na Prática Médica

 
 
 
 
Coordenação:
Acadêmicos Maurício Magalhães Costa,
Patrícia Rocco e José Suassuna


 
     
 
15h

Abertura
Presidente da Academia Nacional de Medicina,
Acad. Rubens Belfort Jr.

   
   
15h10

Introdução
Acad. Maurício Magalhães, Patrícia Rocco e José Suassuna

   
   
15h15

Relações com os stackholders
Dr. Josier Vilar – Fórum Inovação Saúde (FIS)

   
   
15h35

Planejamento fiscal. Como definir a melhor forma de empresa
Dr. Berit Santana – Advogado tributarista

   
   
15h55

Diferentes modelos de remuneração: onde estamos e para onde vamos?
Dr. Denizar Vianna – UERJ

   
   
16h15

Do tratamento ao cuidado – Desafios da Saúde Suplementar
Dr. Charles Souleyman – UnitedHealth Group (CMO UHG)

   
   
16h35

Saúde Digital
Dr. Roberto Botelho – Fundação Adib Jatene

   
   
16h55

Pesquisa clínica de novos medicamentos
Dr. Luis Russo – Instituto Brasil de Pesquisa Clínica (IBPClin)

   
   
17h15

Medicina translacional – Laboratório ao paciente
Dr. Luiz Henrique Geraldo –
Jovem Liderança Médica ANM e Yale University

   
   
17h35

Debate
Acad. Patricia Rocco e José Suassuna

   
   
17h55 Intervalo
   

Sessão Ordinária da Academia Nacional de Medicina XVII –
Ano Acadêmico 192


   
18h

Abertura
Presidente da Academia Nacional de Medicina,
Acad. Rubens Belfort Jr.

   
   
18h05

Comunicações da Secretaria Geral
Acad. Carlos Eduardo Brandão

   
   
18h10 Comunicações dos Acadêmicos
   
   
18h25

Introdução
Acad. Maurício Magalhães Costa

   
   
18h30

Starts up e empreendedorismo
Dr. Caue Gasparotto – Hackmed

   
   
19h

As habilidades do futuro e a forma de atuação das novas lideranças
Dr. Jeane Tsutsui – CEO Grupo Fleury

   
   
19h30

Debate
Acad. Rui Maciel

   
   
20h Encerramento
 
 

EMPREENDER E INOVAR: UMA QUESTÃO PARA LÍDERES NA MEDICINA

Entre todas as missões da Academia Nacional de Medicina, preservar a memória da medicina é uma das principais, mas além disso refletir sobre o futuro, procurando identificar as tendências e mudanças para pontuar o caminho da profissão. A sessão “Novas fronteiras na prática médica. Como se preparar para o futuro” foi aberta pelo presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), o oftalmologista Rubens Belfort Jr, e coordenada pelos acadêmicos Maurício Magalhães Costa, Patrícia Rocco e José Suassuna, no dia 8 de julho de 2021.

Simplesmente, colocar o paciente no centro do atendimento não é suficiente para atender de forma eficiente, antes é necessário garantir o acesso, disse o médico Josier Vilar, do Fórum Inovação Saúde, que completou: “Nós precisamos garantir, antes de mais nada, o acesso. Devemos ter o acesso como palavra de ordem no nosso dia a dia. Se colocarmos o acesso no centro da atenção, chegaremos ao nosso paciente de forma segura.”

Existe um desafio na saúde suplementar que é a mudança do foco: do tratamento para o cuidado, mesmo que o tratamento continue sendo necessário, não é uma escolha sobre qual dos dois é o mais importante. O médico Charles Souleyman, da UnitedHealth Group, afirmou em sua palestra na ANM, que “a dinâmica de um indivíduo é que, ao longo da vida, ele se torna paciente, volta a ser um indivíduo até que, em um determinado momento, no processo de envelhecimento, se torna um paciente para sempre, seja por hipertensão, diabetes ou qualquer outra doença” e complementou “o que precisa acontecer é uma integração do hospital no sentido de se comprometer com o cuidado, para tentar diminuir a intensidade e a frequência das doenças que atingirão o paciente. O cuidando deve ser de forma globalizada e não somente no tratamento de uma doença específica.”

Pesquisa clínica – Toda pesquisa que envolve o ser humano pode ser considerada uma pesquisa clínica, de novos medicamentos, vacinas, entre outros aspectos. Nos últimos anos, com o desenvolvimento de medicamentos reduziu-se as mortes como, por exemplo, por AVC em 70% e HIV em 75%, relatou o médico Luís Russo, do Instituto Brasil de Pesquisa Clínica, que complementou:

–  O crescimento dos estudos clínicos atingiu um exponencial de quase 30% ao ano, principalmente depois dos anos 2000, quando o Brasil passou a ocupar a 6aposição no mercado farmacêutico. 

Convergência, eficiência e medicina personalizada e de precisão são os três pilares que mais definem hoje a saúde digital, apontou o médico Roberto Botelho, da Fundação Adib Jatene, em sua exposição durante a sessão científica da ANM. A convergência de todos os meios digitais para a saúde assistencial, incluindo o sistema de saúde e a vida das pessoas é fundamental, segundo ele que acrescentou ainda a eficiência, que inclui a entrega de valor em saúde, e a medicina personalizada e de precisão que deve focar no atendimento ao paciente.

“O profissional que não estiver atento à inteligência artificial e automação para o sistema de saúde será naturalmente excluído e, por outro lado, aquele que estiver absolutamente antenado com a prática da IA, sempre respeitando hipóteses, estará capacitado a oferecer a melhor prática médica possível.” disse o médico.

A sessão da ANM ainda contou com a médicaJeane Tsutsui, CEO Grupo Fleury, que falou sobre habilidades necessárias para futuro profissionais:

Flexibilizar a estratégia – Líderes devem estar dispostos a ajustar constantemente suas estratégias e trabalhar para objetivos de curto prazo. 

Ser aberto e autêntico – À medida que a inteligência artificial avança, características estritamente humanas irão se impor. Líderes genuínos e abertos terão o desafio de equilibrar pensamentos, emoções e comportamentos. 

Neuroliderança –  Compreender melhor as ações das pessoas com quem trabalha, ajudará a construir um sentimento de cooperação dentro do ambiente corporativo.

Promover a inovação – Os líderes devem encorajar a autonomia e experimentar novas ideias. Aos líderes cabe conhecer bem o mercado para garantir que as inovações se traduzam em resultado. 

Homem e máquina – Líderes mais eficazes conseguem equilibrar a melhor divisão do trabalho entre pessoas e máquinas, maximizando o potencial de cada um. 

Humildade – Reconhecer que o conhecimento dos outros pode beneficiar a organização, criando uma cultura de aprendizagem, é uma qualidade dos líderes. 

Alinhe, mas permaneça flexível – Flexibilidade para trazer o máximo de diversidade para as equipes e facilitar a convergência em prol de um objetivo compartilhado e uma filosofia em comum. 

O evento ainda trouxe as experiências do médico recém-formado na USP, Cauê Gasparotto, CEO da Hackmed. Ele contousobre a ânsia por mais conhecimento e a vontade de fazer diferença que o motivaram a buscar novas frentes na medicina. Envolvido pela temática do empreendedorismo e inovação, o jovem criou uma plataforma de fomento de ideias inovadoras em saúde do Brasil. Atualmente, a Hackmed já realizou mais de 70 eventos de incentivo à criatividade e desenvolvimento de soluções em saúde, contribuindo para criação de mais de 50 startups. 

 – Criar algo de valor para sociedade, para o ambiente no qual vivo. Foi isso que entendi que era o mais importante no empreendedorismo. Empreender é aplicar o método científico e validação de hipóteses para construir algo de valor para a população. Vejo que empreender hoje é uma visão de mundo, de você enxergar problemas como oportunidades e, em um sistema de saúde como do Brasil, em que não faltam problemas. Para quem gosta de trabalhar com isso, a busca por soluções é um prato cheio.”, afirmou Cauê.



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