Adolpho Bezerra de Menezes Cavalcanti

Adolpho Bezerra de Menezes Cavalcanti (Bezerra de Menezes) nasceu em Riacho do Sangue, no Ceará, em 29 de agosto de 1831, descendente das primeiras famílias que vieram do Sul para povoar o Ceará. Começou seus estudos na escola pública em 1838 e, em 1842, foi para o Rio Grande do Norte: sua família teve de se transferir por motivos políticos, uma vez que eram liberais e estavam sendo perseguidos. Retornou ao Ceará em 1846, completando seus estudos em Fortaleza.

Bezerra de Menezes foi para o Rio de Janeiro em 1851 e, a partir de novembro de 1852, entrou como interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, auxiliando o dr. Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, famoso cirurgião da época.

Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1852 defendendo a tese intitulada “Diagnóstico do Cancro”. Depois de sua formatura, resolveu modificar seu nome, abandonando o sobrenome Cavalcanti.

Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1857 apresentando a memória intitulada “Algumas considerações sobre o cancro, encarado pelo lado do seu tratamento”.

Em 1858, candidatou-se a uma vaga na Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina e, no mesmo ano, o então nomeado cirurgião-mor do Exército, seu professor Manoel Feliciano, nomeou Bezerra de Menezes seu assistente, com o posto de cirurgião-tenente.

Posteriormente, iniciou um período de atividades políticas que fariam com que seu nome se tornasse ainda mais conhecido no país. Na época, ele residia e clinicava em São Cristóvão, e foi convidado por amigos para ingressar na vida política, começando como vereador, em 1860. Em 1867, chegou a deputado; em 1878, foi líder do Partido Liberal, e de 1878 a 1880, presidente da Câmara Municipal.

Encerrou suas atividades políticas em 1885, ainda que seu nome tenha sido cogitado para senador pelo Rio de Janeiro, pouco antes da proclamação da república.

Ao mesmo tempo em que entrava em contato com o Espiritismo, Bezerra de Menezes continuava seu trabalho como médico, destacando-se por sua postura humanista, atendendo pessoas sem condições de pagar o tratamento e até mesmo indigentes.

A adesão pública ao Espiritismo surgiu em 1886, com sua filiação à Federação Espírita Brasileira, e com um famoso discurso proferido no dia 16 de agosto daquele ano, no salão da Guarda Velha. Alguns pesquisadores afirmam ainda que, com o pseudônimo de Max, ele começou a escrever para o jornal O Paiz em 1886; outros dizem que foi no ano seguinte. O mais importante, no entanto, é que os textos de Bezerra de Menezes chegam a ser considerados entre os mais importantes estudos filosóficos e doutrinários do Espiritismo no país, além de defenderem a doutrina de uma série de ataques que começava a sofrer.

Após passar por uma séria provação em 1888, quando perdeu dois filhos, Bezerra de Menezes aceitou a presidência da Federação Espírita do Brasil no ano seguinte, num momento em que a Federação passava por maus momentos. Grupos diferentes discutiam os rumos do Espiritismo, divididos entre os chamados “místicos” e os “científicos”. O que ele fez foi um trabalho de conciliação e harmonização dos ideais espíritas, realizando uma reformulação no Espiritismo brasileiro. No mesmo ano, atuava como presidente da Casa de Ismael, iniciando o estudo de O Livro dos Espíritos, realizando sessões semanais também na Federação.

Com sua postura nada ambiciosa e desapegada das coisas materiais, Bezerra de Menezes conquistou a admiração de muitas pessoas, mas também teve problemas, sendo reduzido à pobreza em 1892. Mas não abandonou a luta em favor do Espiritismo, escrevendo sua seção dominical de O Paiz, artigos para o Reformador, e romances. Segundo alguns historiadores, Bezerra manteve-se como uma das poucas, senão a única voz a defender o Espiritismo no país, nessa época conturbada.

Faleceu em 11 de abril de 1900.

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 73

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 18/05/1857

Posse: 01/06/1857

Sob a presidência: José Pereira Rego (Barão do Lavradio)

Falecimento: 11/04/1900

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 73

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 18/05/1857

Posse: 01/06/1857

Sob a presidência: José Pereira Rego (Barão do Lavradio)

Falecimento: 11/04/1900

Adolpho Bezerra de Menezes Cavalcanti (Bezerra de Menezes) nasceu em Riacho do Sangue, no Ceará, em 29 de agosto de 1831, descendente das primeiras famílias que vieram do Sul para povoar o Ceará. Começou seus estudos na escola pública em 1838 e, em 1842, foi para o Rio Grande do Norte: sua família teve de se transferir por motivos políticos, uma vez que eram liberais e estavam sendo perseguidos. Retornou ao Ceará em 1846, completando seus estudos em Fortaleza.

Bezerra de Menezes foi para o Rio de Janeiro em 1851 e, a partir de novembro de 1852, entrou como interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, auxiliando o dr. Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, famoso cirurgião da época.

Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1852 defendendo a tese intitulada “Diagnóstico do Cancro”. Depois de sua formatura, resolveu modificar seu nome, abandonando o sobrenome Cavalcanti.

Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1857 apresentando a memória intitulada “Algumas considerações sobre o cancro, encarado pelo lado do seu tratamento”.

Em 1858, candidatou-se a uma vaga na Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina e, no mesmo ano, o então nomeado cirurgião-mor do Exército, seu professor Manoel Feliciano, nomeou Bezerra de Menezes seu assistente, com o posto de cirurgião-tenente.

Posteriormente, iniciou um período de atividades políticas que fariam com que seu nome se tornasse ainda mais conhecido no país. Na época, ele residia e clinicava em São Cristóvão, e foi convidado por amigos para ingressar na vida política, começando como vereador, em 1860. Em 1867, chegou a deputado; em 1878, foi líder do Partido Liberal, e de 1878 a 1880, presidente da Câmara Municipal.

Encerrou suas atividades políticas em 1885, ainda que seu nome tenha sido cogitado para senador pelo Rio de Janeiro, pouco antes da proclamação da república.

Ao mesmo tempo em que entrava em contato com o Espiritismo, Bezerra de Menezes continuava seu trabalho como médico, destacando-se por sua postura humanista, atendendo pessoas sem condições de pagar o tratamento e até mesmo indigentes.

A adesão pública ao Espiritismo surgiu em 1886, com sua filiação à Federação Espírita Brasileira, e com um famoso discurso proferido no dia 16 de agosto daquele ano, no salão da Guarda Velha. Alguns pesquisadores afirmam ainda que, com o pseudônimo de Max, ele começou a escrever para o jornal O Paiz em 1886; outros dizem que foi no ano seguinte. O mais importante, no entanto, é que os textos de Bezerra de Menezes chegam a ser considerados entre os mais importantes estudos filosóficos e doutrinários do Espiritismo no país, além de defenderem a doutrina de uma série de ataques que começava a sofrer.

Após passar por uma séria provação em 1888, quando perdeu dois filhos, Bezerra de Menezes aceitou a presidência da Federação Espírita do Brasil no ano seguinte, num momento em que a Federação passava por maus momentos. Grupos diferentes discutiam os rumos do Espiritismo, divididos entre os chamados “místicos” e os “científicos”. O que ele fez foi um trabalho de conciliação e harmonização dos ideais espíritas, realizando uma reformulação no Espiritismo brasileiro. No mesmo ano, atuava como presidente da Casa de Ismael, iniciando o estudo de O Livro dos Espíritos, realizando sessões semanais também na Federação.

Com sua postura nada ambiciosa e desapegada das coisas materiais, Bezerra de Menezes conquistou a admiração de muitas pessoas, mas também teve problemas, sendo reduzido à pobreza em 1892. Mas não abandonou a luta em favor do Espiritismo, escrevendo sua seção dominical de O Paiz, artigos para o Reformador, e romances. Segundo alguns historiadores, Bezerra manteve-se como uma das poucas, senão a única voz a defender o Espiritismo no país, nessa época conturbada.

Faleceu em 11 de abril de 1900.

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