O Dr. José Pereira Rego nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1816, filho de Manoel José Pereira Rego e Anna Fausta de Almeida Rego. Teve como filho o também médico José Pereira Rego Filho (1845-1929), Membro Titular da Academia Nacional de Medicina.
Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1838, defendendo a tese de doutoramento “Fenômenos obtidos pelos diversos métodos de exploração do coração, e aplicação dos mesmos fenômenos ao diagnóstico de algumas afecções do mesmo órgão mais frequentes” – que era uma síntese dos mais avançados estudos sobre a semiologia do coração e serviu mais tarde de compêndio de estudo para os alunos de Clínica Médica.
Eleito Membro Titular da Academia Imperial de Medicina, em 1839, com Memória intitulada “Disenterias”, foi empossado em 26 de março de 1840 e eleito Presidente nos períodos de 1855/1857 e 1864/1883. Em 09 de outubro de 1883, foi aclamado Presidente Perpétuo da Academia Imperial de Medicina. Foi também médico honorário da Imperial Câmara e Comendador das Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo e Imperial da Rosa; recebendo o título de Barão do Lavradio em 1874 em função do intenso trabalho que desenvolveu no planejamento e coordenação das medidas sanitárias contra a grave epidemia de febre amarela que ocorreu no Rio de Janeiro.
Foi o primeiro cirurgião a indicar a ergotina e o centeio espigado no tratamento das hemorragias uterinas puerperais. Na área da saúde pública, foi membro da Junta Central de Higiene Pública e prestou atendimento às vítimas da primeira eclosão da cólera-morbo que ocorreu no Rio de Janeiro, em 1855. Em razão do falecimento de Francisco de Paula Cândido, então Presidente da Junta, foi nomeado Presidente efetivo e a chefiou de 1864 a 1881. A segunda eclosão da enfermidade aconteceu em 1867 e Pereira Rego relatou, detalhadamente, a incidência e a difusão da cólera-morbo e da febre amarela; nesses relatórios, propôs ao Governo Imperial a reorganização dos serviços sanitários terrestre e marítimo, e a adoção de medidas para melhoria das condições sanitárias da cidade. Passou a acumular este cargo com o de Inspetor de Saúde do Porto do Rio de Janeiro (1865) e o de Inspetor Geral do Instituto Vacínico (1873).
Desentendendo-se com o Imperador Pedro II, demitiu-se dos três cargos públicos em 1881. Passou, então, a dedicar-se à Pediatria, exercendo suas atividades no Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro; aí escreveu um “Formulário de Moléstias de Crianças”.
Foi vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro de 1865 a 1868.
Recebeu do Rei de Portugal, em 1870, o título de Comendador da Real Ordem Militar Portuguesa da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Foi agraciado, também, com os títulos de Comendador das Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, Imperial da Rosa e da Ordem de Francisco José da Áustria.
Médico Honorário da Imperial Câmara, recebeu o título de Barão do Lavradio no ano de 1874, em função do intenso trabalho que desenvolveu no planejamento e coordenação das medidas sanitárias contra a grave epidemia de febre amarela que ocorreu no Rio de Janeiro. Em 1877, a Princesa Isabel elevou esse título à honra de grandeza.
O Dr. José Pereira Rego foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Membro do Conselho Fiscal do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura e da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, Sócio Benemérito e Consultor da Sociedade Amante da Instrução, presidindo-a por seis anos, e um dos Sócios Fundadores do Instituto Homeopático do Brasil. Foi, ainda, Membro Correspondente da Real Academia Médica de Ciências de Lisboa, da Société Française de Hygiène e da Reale Accademia di Medicina di Torino.
Em sua carreira, o Dr. José Pereira Rego publicou muitos trabalhos sendo, a maioria, nos Anais da Academia Imperial de Medicina, hoje Anais da Academia Nacional de Medicina. Pereira Rego foi o precursor dos sanitaristas brasileiros.
Faleceu de caquexia secundária (“úlcera do esôfago”), na sua cidade natal, no dia 22 de novembro de 1892.
Número acadêmico: 54
Cadeira: 07 - José Pereira Rego (Barão do Lavradio)
Cadeira homenageado: 07
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 12/03/1840
Posse: 26/03/1840
Sob a presidência: Francisco de Paula Cândido
Falecimento: 22/11/1892
Número acadêmico: 54
Cadeira: 07 - José Pereira Rego (Barão do Lavradio)
Cadeira homenageado: 07
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 12/03/1840
Posse: 26/03/1840
Sob a presidência: Francisco de Paula Cândido
Falecimento: 22/11/1892
O Dr. José Pereira Rego nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1816, filho de Manoel José Pereira Rego e Anna Fausta de Almeida Rego. Teve como filho o também médico José Pereira Rego Filho (1845-1929), Membro Titular da Academia Nacional de Medicina.
Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1838, defendendo a tese de doutoramento “Fenômenos obtidos pelos diversos métodos de exploração do coração, e aplicação dos mesmos fenômenos ao diagnóstico de algumas afecções do mesmo órgão mais frequentes” – que era uma síntese dos mais avançados estudos sobre a semiologia do coração e serviu mais tarde de compêndio de estudo para os alunos de Clínica Médica.
Eleito Membro Titular da Academia Imperial de Medicina, em 1839, com Memória intitulada “Disenterias”, foi empossado em 26 de março de 1840 e eleito Presidente nos períodos de 1855/1857 e 1864/1883. Em 09 de outubro de 1883, foi aclamado Presidente Perpétuo da Academia Imperial de Medicina. Foi também médico honorário da Imperial Câmara e Comendador das Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo e Imperial da Rosa; recebendo o título de Barão do Lavradio em 1874 em função do intenso trabalho que desenvolveu no planejamento e coordenação das medidas sanitárias contra a grave epidemia de febre amarela que ocorreu no Rio de Janeiro.
Foi o primeiro cirurgião a indicar a ergotina e o centeio espigado no tratamento das hemorragias uterinas puerperais. Na área da saúde pública, foi membro da Junta Central de Higiene Pública e prestou atendimento às vítimas da primeira eclosão da cólera-morbo que ocorreu no Rio de Janeiro, em 1855. Em razão do falecimento de Francisco de Paula Cândido, então Presidente da Junta, foi nomeado Presidente efetivo e a chefiou de 1864 a 1881. A segunda eclosão da enfermidade aconteceu em 1867 e Pereira Rego relatou, detalhadamente, a incidência e a difusão da cólera-morbo e da febre amarela; nesses relatórios, propôs ao Governo Imperial a reorganização dos serviços sanitários terrestre e marítimo, e a adoção de medidas para melhoria das condições sanitárias da cidade. Passou a acumular este cargo com o de Inspetor de Saúde do Porto do Rio de Janeiro (1865) e o de Inspetor Geral do Instituto Vacínico (1873).
Desentendendo-se com o Imperador Pedro II, demitiu-se dos três cargos públicos em 1881. Passou, então, a dedicar-se à Pediatria, exercendo suas atividades no Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro; aí escreveu um “Formulário de Moléstias de Crianças”.
Foi vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro de 1865 a 1868.
Recebeu do Rei de Portugal, em 1870, o título de Comendador da Real Ordem Militar Portuguesa da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Foi agraciado, também, com os títulos de Comendador das Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, Imperial da Rosa e da Ordem de Francisco José da Áustria.
Médico Honorário da Imperial Câmara, recebeu o título de Barão do Lavradio no ano de 1874, em função do intenso trabalho que desenvolveu no planejamento e coordenação das medidas sanitárias contra a grave epidemia de febre amarela que ocorreu no Rio de Janeiro. Em 1877, a Princesa Isabel elevou esse título à honra de grandeza.
O Dr. José Pereira Rego foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Membro do Conselho Fiscal do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura e da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, Sócio Benemérito e Consultor da Sociedade Amante da Instrução, presidindo-a por seis anos, e um dos Sócios Fundadores do Instituto Homeopático do Brasil. Foi, ainda, Membro Correspondente da Real Academia Médica de Ciências de Lisboa, da Société Française de Hygiène e da Reale Accademia di Medicina di Torino.
Em sua carreira, o Dr. José Pereira Rego publicou muitos trabalhos sendo, a maioria, nos Anais da Academia Imperial de Medicina, hoje Anais da Academia Nacional de Medicina. Pereira Rego foi o precursor dos sanitaristas brasileiros.
Faleceu de caquexia secundária (“úlcera do esôfago”), na sua cidade natal, no dia 22 de novembro de 1892.