José Pereira Rego nasceu em 24 de agosto de 1816, na cidade do Rio de Janeiro, aonde veio a falecer em 22 de novembro de 1892. Era filho do capitão Manoel José Pereira Rego e de Anna Fausta de Almeida Rego.
Seu filho, o também médico José Pereira Rego Filho (1845-1929), foi Membro Titular da Academia Nacional de Medicina.
Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1838, defendendo a tese de doutorado intitulada: “Fenômenos obtidos pelos diversos métodos de exploração do coração e aplicação dos mesmos fenômenos ao diagnóstico de algumas afecções do mesmo órgão mais frequentes”, que era uma síntese dos mais avançados estudos sobre a semiologia do coração e serviu, mais tarde, de compêndio de estudo para os alunos de Clínica Médica.
Foi eleito Membro Titular da Academia Imperial de Medicina, em 1840, apresentando memória sobre “Disenterias”, e foi empossado em 26 de março de 1840.
Foi Presidente nos períodos de 1855/1857 e 1864/1883. Em 9 de outubro de 1883, foi aclamado Presidente Perpétuo da Academia Imperial de Medicina, hoje Academia Nacional de Medicina, onde é Patrono da Cadeira 7; sua dedicação à Instituição ficou eternizada na forma de busto em bronze.
Foi o primeiro cirurgião a indicar a ergotina e o centeio espigado no tratamento das hemorragias uterinas puerperais. Na área da saúde pública, foi membro da Junta Central de Higiene Pública e prestou atendimento às vítimas da primeira eclosão da cólera-morbo que ocorreu no Rio de Janeiro, em 1855. Em razão do falecimento de Francisco de Paula Cândido, então Presidente da Junta, foi nomeado Presidente efetivo e a chefiou de 1864 a 1881. A segunda eclosão da enfermidade aconteceu em 1867 e Pereira Rego relatou, detalhadamente, a incidência e a difusão da cólera-morbo e da febre amarela; nesses relatórios, propôs ao Governo Imperial a reorganização dos serviços sanitários terrestre e marítimo, e a adoção de medidas para melhoria das condições sanitárias da cidade. Passou a acumular este cargo com o de Inspetor de Saúde do Porto do Rio de Janeiro (1865) e o de Inspetor Geral do Instituto Vacínico (1873).
Desentendendo-se com o Imperador Pedro II, demitiu-se dos três cargos públicos, em 1881. Passou, então, a dedicar-se à Pediatria, exercendo suas atividades no Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Exercendo suas atividades neste hospital, conseguiu material significativo para o estudo da patologia infantil e dos problemas sociais da criança e escreveu um “Formulário de moléstias de crianças”.
Foi Vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro de 1865 a 1868.
Recebeu do Rei de Portugal, em 1870, o título de Comendador da Real Ordem Militar Portuguesa da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Foi agraciado, também, com os títulos de Comendador das Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, Imperial da Rosa e da Ordem de Francisco José da Áustria.
Médico Honorário da Imperial Câmara recebeu o título de Barão do Lavradio no ano de 1874, em função do intenso trabalho que desenvolveu no planejamento e coordenação das medidas sanitárias contra a grave epidemia de febre amarela que ocorreu no Rio de Janeiro. Em 1877, a Princesa Isabel elevou esse título à honra de grandeza.
José Pereira Rego foi Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Membro do Conselho Fiscal do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura e da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, Sócio Benemérito e Consultor da Sociedade Amante da Instrução, presidindo-a por seis anos, e um dos Sócios Fundadores do Instituto Homeopático do Brasil. Foi, ainda, Membro Correspondente da Real Academia Médica de Ciências de Lisboa, da Société Française de Hygiène e da Reale Accademia di Medicina di Torino.
Faleceu em 22 de novembro de 1892, na cidade do Rio de Janeiro, de caquexia secundária a “úlcera do esôfago”.
Acad. Francisco Sampaio
Número acadêmico: 54
Cadeira: 07 José Pereira Rego (Barão do Lavradio)
Cadeira homenageado: 07
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 12/03/1840
Posse: 26/03/1840
Sob a presidência: Francisco de Paula Cândido
Falecimento: 22/11/1892
Número acadêmico: 54
Cadeira: 07 José Pereira Rego (Barão do Lavradio)
Cadeira homenageado: 07
Membro: Titular
Secção: Medicina
Eleição: 12/03/1840
Posse: 26/03/1840
Sob a presidência: Francisco de Paula Cândido
Falecimento: 22/11/1892
José Pereira Rego nasceu em 24 de agosto de 1816, na cidade do Rio de Janeiro, aonde veio a falecer em 22 de novembro de 1892. Era filho do capitão Manoel José Pereira Rego e de Anna Fausta de Almeida Rego.
Seu filho, o também médico José Pereira Rego Filho (1845-1929), foi Membro Titular da Academia Nacional de Medicina.
Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1838, defendendo a tese de doutorado intitulada: “Fenômenos obtidos pelos diversos métodos de exploração do coração e aplicação dos mesmos fenômenos ao diagnóstico de algumas afecções do mesmo órgão mais frequentes”, que era uma síntese dos mais avançados estudos sobre a semiologia do coração e serviu, mais tarde, de compêndio de estudo para os alunos de Clínica Médica.
Foi eleito Membro Titular da Academia Imperial de Medicina, em 1840, apresentando memória sobre “Disenterias”, e foi empossado em 26 de março de 1840.
Foi Presidente nos períodos de 1855/1857 e 1864/1883. Em 9 de outubro de 1883, foi aclamado Presidente Perpétuo da Academia Imperial de Medicina, hoje Academia Nacional de Medicina, onde é Patrono da Cadeira 7; sua dedicação à Instituição ficou eternizada na forma de busto em bronze.
Foi o primeiro cirurgião a indicar a ergotina e o centeio espigado no tratamento das hemorragias uterinas puerperais. Na área da saúde pública, foi membro da Junta Central de Higiene Pública e prestou atendimento às vítimas da primeira eclosão da cólera-morbo que ocorreu no Rio de Janeiro, em 1855. Em razão do falecimento de Francisco de Paula Cândido, então Presidente da Junta, foi nomeado Presidente efetivo e a chefiou de 1864 a 1881. A segunda eclosão da enfermidade aconteceu em 1867 e Pereira Rego relatou, detalhadamente, a incidência e a difusão da cólera-morbo e da febre amarela; nesses relatórios, propôs ao Governo Imperial a reorganização dos serviços sanitários terrestre e marítimo, e a adoção de medidas para melhoria das condições sanitárias da cidade. Passou a acumular este cargo com o de Inspetor de Saúde do Porto do Rio de Janeiro (1865) e o de Inspetor Geral do Instituto Vacínico (1873).
Desentendendo-se com o Imperador Pedro II, demitiu-se dos três cargos públicos, em 1881. Passou, então, a dedicar-se à Pediatria, exercendo suas atividades no Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Exercendo suas atividades neste hospital, conseguiu material significativo para o estudo da patologia infantil e dos problemas sociais da criança e escreveu um “Formulário de moléstias de crianças”.
Foi Vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro de 1865 a 1868.
Recebeu do Rei de Portugal, em 1870, o título de Comendador da Real Ordem Militar Portuguesa da Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Foi agraciado, também, com os títulos de Comendador das Ordens de Nosso Senhor Jesus Cristo, Imperial da Rosa e da Ordem de Francisco José da Áustria.
Médico Honorário da Imperial Câmara recebeu o título de Barão do Lavradio no ano de 1874, em função do intenso trabalho que desenvolveu no planejamento e coordenação das medidas sanitárias contra a grave epidemia de febre amarela que ocorreu no Rio de Janeiro. Em 1877, a Princesa Isabel elevou esse título à honra de grandeza.
José Pereira Rego foi Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Membro do Conselho Fiscal do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura e da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, Sócio Benemérito e Consultor da Sociedade Amante da Instrução, presidindo-a por seis anos, e um dos Sócios Fundadores do Instituto Homeopático do Brasil. Foi, ainda, Membro Correspondente da Real Academia Médica de Ciências de Lisboa, da Société Française de Hygiène e da Reale Accademia di Medicina di Torino.
Faleceu em 22 de novembro de 1892, na cidade do Rio de Janeiro, de caquexia secundária a “úlcera do esôfago”.
Acad. Francisco Sampaio