O Dr. Benjamin Franklin Ramiz Galvão, Barão de Ramiz, médico, professor, filólogo e biógrafo, nasceu em Rio Pardo, no Estado do Rio Grande do Sul, em 16 de junho de 1846, filho de João Ramiz Galvão e de D. Maria Joana Ramiz Galvão.
Quando contava a idade de seis anos, sua família transferiu-se para o Rio de janeiro. Após os estudos primários no Colégio Amante da Instrução, fez gratuitamente, com o apoio do Imperador, toda a instrução secundária no Colégio Pedro II, bacharelando-se em Letras, em 1861. Aos 19 anos escreveu o seu primeiro livro, “O púlpito no Brasil”, publicado em 1867.
Formou-se em Medicina na Escola de Medicina do Rio de Janeiro, em 1868, defendendo a tese intitulada “Valor terapêutico do calomelano no tratamento da inflamação das moléstias serosas”. Trabalhou inicialmente como cirurgião no Hospital Militar da Ponta da Armação, abraçando depois o magistério. Serviu como Cirurgião do Exército na Guerra do Paraguai.
Foi Professor de Grego no Colégio Pedro II e de Química orgânica, Zoologia e Botânica na Escola de Medicina do Rio de Janeiro. No Concurso para a cátedra, apresentou a tese intitulada “: “O calor, a luz, o magnetismo e a eletricidade são agentes distintos?” (1871). Não foi somente um mestre que honrou aquelas cátedras, mas um educador cuja longa existência decorreu a serviço do ensino. Foi grande amigo de D. Pedro II desde os anos escolares. De 1882 a 1889, foi preceptor dos príncipes imperiais, netos de D. Pedro II e filhos do Conde d’Eu e da Princesa Isabel. Teve assim ocasião de conviver com o Imperador, que o chamou ao exercício de cargos honrosos. Por decreto do governo imperial, de 18 de junho de 1888, recebeu o título de Barão de Ramiz.
Dirigiu a Biblioteca Nacional e, por duas vezes, foi Diretor-geral da Instrução Pública do Distrito Federal. Foi também o primeiro Reitor da Universidade do Brasil, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidiu o Conselho Superior de Ensino. Organizou o Asilo Gonçalves de Araújo, instituição destinada a educar crianças pobres, conforme vontade expressa do seu doador, e foi seu diretor desde 1899 até 1931.
A presença de Ramiz Galvão na história da Filologia ficou marcada com o seu vocabulário etimológico, ortográfico e prosódico das palavras portuguesas derivadas da língua grega, publicado em 1909, suscitando polêmicas vivazes. A mais extremada delas foi com Cândido de Figueiredo, que produziu 22 páginas de críticas, formando quase um capítulo do seu livro “Vícios da linguagem médica”, também de 1909. Em resposta, Ramiz Galvão deu a lume os “Reparos à crítica”, em 1910, reunindo artigos então publicados no Jornal do Comércio.
Foi Ramiz Galvão que, em 1904, sugeriu o nome de Silogeu Brasileiro para o edifício construído na Praia da Lapa e onde o governo se propôs a reunir várias instituições culturais, inclusive o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Brasileira de Letras, onde foi Presidente (1933-1934). Só entrou para a Academia em 1928, aos 82 anos. Já havia concorrido, em 1912, à vaga do Barão do Rio Branco, quando perdeu para Lauro Müller, motivando isso o afastamento de José Veríssimo das atividades acadêmicas, inconformado com o resultado do pleito.
Foi eleito Membro Honorário Nacional da Academia Nacional de Medicina em, 1919, onde é o Patrono da Cadeira 94.
Ainda em 1919, traduziu “A retirada da Laguna”, de Visconde de Taunay, a 3ª edição francesa, e foi eleito Sócio e Benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual foi Orador perpétuo. É, também, o Patrono da Cadeira 9 da Academia Rio-Grandense de Letras.
Foi condecorado como Dignatário da Ordem da Rosa, Cavaleiro da Ordem Austríaca de Francisco José e Oficial da Instrução Pública da França.
O Dr. Benjamin Franklin de Ramiz Galvão faleceu no Rio de Janeiro, no dia 9 de março de 1938.
Cadeira homenageado: 94
Outorga: 22/05/1919
Diploma: 26/06/1919
Indicação: Miguel de Oliveira Couto
Secção (patrono): Ciencias aplicadas à Medicina
Classificação: Nacional
Falecimento: 09/03/1938
Cadeira homenageado: 94
Outorga: 22/05/1919
Diploma: 26/06/1919
Indicação: Miguel de Oliveira Couto
Secção (patrono): Ciencias aplicadas à Medicina
Classificação: Nacional
Falecimento: 09/03/1938
O Dr. Benjamin Franklin Ramiz Galvão, Barão de Ramiz, médico, professor, filólogo e biógrafo, nasceu em Rio Pardo, no Estado do Rio Grande do Sul, em 16 de junho de 1846, filho de João Ramiz Galvão e de D. Maria Joana Ramiz Galvão.
Quando contava a idade de seis anos, sua família transferiu-se para o Rio de janeiro. Após os estudos primários no Colégio Amante da Instrução, fez gratuitamente, com o apoio do Imperador, toda a instrução secundária no Colégio Pedro II, bacharelando-se em Letras, em 1861. Aos 19 anos escreveu o seu primeiro livro, “O púlpito no Brasil”, publicado em 1867.
Formou-se em Medicina na Escola de Medicina do Rio de Janeiro, em 1868, defendendo a tese intitulada “Valor terapêutico do calomelano no tratamento da inflamação das moléstias serosas”. Trabalhou inicialmente como cirurgião no Hospital Militar da Ponta da Armação, abraçando depois o magistério. Serviu como Cirurgião do Exército na Guerra do Paraguai.
Foi Professor de Grego no Colégio Pedro II e de Química orgânica, Zoologia e Botânica na Escola de Medicina do Rio de Janeiro. No Concurso para a cátedra, apresentou a tese intitulada “: “O calor, a luz, o magnetismo e a eletricidade são agentes distintos?” (1871). Não foi somente um mestre que honrou aquelas cátedras, mas um educador cuja longa existência decorreu a serviço do ensino. Foi grande amigo de D. Pedro II desde os anos escolares. De 1882 a 1889, foi preceptor dos príncipes imperiais, netos de D. Pedro II e filhos do Conde d’Eu e da Princesa Isabel. Teve assim ocasião de conviver com o Imperador, que o chamou ao exercício de cargos honrosos. Por decreto do governo imperial, de 18 de junho de 1888, recebeu o título de Barão de Ramiz.
Dirigiu a Biblioteca Nacional e, por duas vezes, foi Diretor-geral da Instrução Pública do Distrito Federal. Foi também o primeiro Reitor da Universidade do Brasil, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidiu o Conselho Superior de Ensino. Organizou o Asilo Gonçalves de Araújo, instituição destinada a educar crianças pobres, conforme vontade expressa do seu doador, e foi seu diretor desde 1899 até 1931.
A presença de Ramiz Galvão na história da Filologia ficou marcada com o seu vocabulário etimológico, ortográfico e prosódico das palavras portuguesas derivadas da língua grega, publicado em 1909, suscitando polêmicas vivazes. A mais extremada delas foi com Cândido de Figueiredo, que produziu 22 páginas de críticas, formando quase um capítulo do seu livro “Vícios da linguagem médica”, também de 1909. Em resposta, Ramiz Galvão deu a lume os “Reparos à crítica”, em 1910, reunindo artigos então publicados no Jornal do Comércio.
Foi Ramiz Galvão que, em 1904, sugeriu o nome de Silogeu Brasileiro para o edifício construído na Praia da Lapa e onde o governo se propôs a reunir várias instituições culturais, inclusive o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Brasileira de Letras, onde foi Presidente (1933-1934). Só entrou para a Academia em 1928, aos 82 anos. Já havia concorrido, em 1912, à vaga do Barão do Rio Branco, quando perdeu para Lauro Müller, motivando isso o afastamento de José Veríssimo das atividades acadêmicas, inconformado com o resultado do pleito.
Foi eleito Membro Honorário Nacional da Academia Nacional de Medicina em, 1919, onde é o Patrono da Cadeira 94.
Ainda em 1919, traduziu “A retirada da Laguna”, de Visconde de Taunay, a 3ª edição francesa, e foi eleito Sócio e Benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual foi Orador perpétuo. É, também, o Patrono da Cadeira 9 da Academia Rio-Grandense de Letras.
Foi condecorado como Dignatário da Ordem da Rosa, Cavaleiro da Ordem Austríaca de Francisco José e Oficial da Instrução Pública da França.
O Dr. Benjamin Franklin de Ramiz Galvão faleceu no Rio de Janeiro, no dia 9 de março de 1938.