O Dr. Miguel de Oliveira Couto nasceu no Rio de Janeiro, no dia 1º de maio de 1865, filho de Francisco de Oliveira Couto e de Maria Rosa do Espírito Santo.
Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1885, defendendo a tese “Da etiologia parasitária em relação às doenças infecciosas”. Durante o curso médico, trabalhou sob a direção do professor José Pereira Rego e foi interno, por concurso, da Clínica Médica do Dr. João Vicente Torres Homem.
Em 1892, convidado por Azevedo Sodré, ingressa no Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e trabalha, também, no Hospital de São Sebastião, onde desenvolveu importantes estudos sobre a febre amarela.
Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentando memória intitulada “O pneumogástrico na influenza”, foi empossado no dia 1º de abril de 1897. Ocupou vários cargos em diretorias e tornou-se seu Presidente, de 1913 até 1915, porém, foi reeleito seguidamente. Tornou-se Emérito, em 1927, e foi aclamado Presidente Perpétuo, em 11 de julho de 1929. Presidiu a ANM até 1934, quando faleceu. É o Patrono da Cadeira 9.
Foi Professor de Propedêutica, substituindo a Francisco de Castro, e, mais tarde, Catedrático de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ) e Chefe da 18ª Enfermaria do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, depois chefiada pelos Acadêmicos Pedro Alves da Costa Couto e José Galvão Alves. Na Santa Casa, estabeleceu memorável serviço donde promanaram inúmeras teses e memórias cobrindo toda a Clínica Médica e onde orientou inúmeros clínicos de escola, além de ter instalado na 7ª Enfermaria, que também chefiou, o primeiro aparelho se Raio X do Brasil. Foi o pioneiro da Medicina de Aviação.
O Dr. Miguel Couto também foi Membro da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e da Paraíba, Membro e Vice-Presidente da Sociedade Médica dos Hospitais do Rio de Janeiro e Membro do Conselho Técnico-Administrativo da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, do Conselho Superior de Ensino e da Sociedade de Medicina de São Paulo, além de Sócio Benfeitor da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.
Atuou como Membro Correspondente da “Societé de Pathologie Exotique” de Paris, da Academia de Medicina de Havana, da Academia de Medicina da Colômbia, da Sociedade Médico-cirúrgica do Equador, da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, da Sociedade Médica dos Hospitais de Paris, Membro Honorário da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, da Academia Nacional de Medicina da França, da Academia de Medicina de Buenos Aires, da Academia de Medicina de Berlim, da Real Academia Médica de Roma, da Associação Médica Argentina e do Instituto Brasileiro de Estomatologia. Fundou e integrou a Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal. É o Patrono da Cadeira 6 da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro e da Cadeira 39 da Academia Brasileira de Medicina Militar.
Além disso, destacou-se como Professor “Honoris Causa” da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de Lima (Peru) e recebeu a Medalha da Instrução Pública da Venezuela e da Coroa da Bélgica.
Deixou vasta obra, destacando-se: “Dos espasmos nas afecções dos centros nervosos”, “A gangrena gasosa fulminante”, “Patogenias das icterícias” (com o Dr. Azevedo Sodré), “Diagnóstico Precoce da Febre Amarela pelo Exame Espectroscópico da Urina” e “Lições de Clínica Médica”.
Sua atividade não ficou limitada ao campo da medicina, tendo ocupado posição de relevo nas letras e na política. Era poliglota e profundo conhecedor da língua portuguesa.
Foi Membro da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, sendo eleito um Membro Imortal da ABL, em 1916.
Combateu, a imigração japonesa, que considerava poder vir a constituir sério perigo para o Brasil.
Na Associação Brasileira de Educação, a 2 de julho de 1927, proferiu uma conferência em que apresentava um projeto sobre educação, largamente distribuído em todas as escolas normais e institutos profissionais da então Capital Federal. Era sugerida, nesse documento, a criação do Ministério da Educação, com dois departamentos: o do ensino e o da higiene. Em 14 de novembro de 1930, um decreto do Chefe do Governo Provisório da República criava uma Secretaria de Estado, com a denominação de Ministério da Educação e Saúde Pública.
Em 1933, foi eleito Deputado Constituinte pelo Distrito Federal (Rio de Janeiro).
Um de seus filhos foi o Acadêmico Miguel Couto Filho, médico ilustre, Ministro da Saúde (1953-1954), Governador do Estado do Rio de Janeiro (1955-1958) e Senador (1959-1967).
Faleceu no dia 6 de junho de 1934, na sua cidade natal, em função de um ataque violento de “angina pectoris”.
O Anfiteatro da ANM leva o seu nome e, também em sua homenagem, foram nomeados o famoso Hospital Municipal Miguel Couto, no bairro da Gávea, na cidade do Rio de Janeiro, e o bairro de Miguel Couto, na cidade de Nova Iguaçu, além de ruas e praças espalhadas pelo país.
Número acadêmico: 172
Cadeira: 09 - Miguel de Oliveira Couto
Cadeira homenageado: 09
Membro: Emérito
Secção: Medicina
Eleição: 10/12/1896
Posse: 01/04/1897
Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima
Saudado: Agostinho José de Souza Lima
Emerência: 01/09/1927
Falecimento: 06/06/1934
Número acadêmico: 172
Cadeira: 09 - Miguel de Oliveira Couto
Cadeira homenageado: 09
Membro: Emérito
Secção: Medicina
Eleição: 10/12/1896
Posse: 01/04/1897
Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima
Saudado: Agostinho José de Souza Lima
Emerência: 01/09/1927
Falecimento: 06/06/1934
O Dr. Miguel de Oliveira Couto nasceu no Rio de Janeiro, no dia 1º de maio de 1865, filho de Francisco de Oliveira Couto e de Maria Rosa do Espírito Santo.
Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1885, defendendo a tese “Da etiologia parasitária em relação às doenças infecciosas”. Durante o curso médico, trabalhou sob a direção do professor José Pereira Rego e foi interno, por concurso, da Clínica Médica do Dr. João Vicente Torres Homem.
Em 1892, convidado por Azevedo Sodré, ingressa no Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e trabalha, também, no Hospital de São Sebastião, onde desenvolveu importantes estudos sobre a febre amarela.
Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentando memória intitulada “O pneumogástrico na influenza”, foi empossado no dia 1º de abril de 1897. Ocupou vários cargos em diretorias e tornou-se seu Presidente, de 1913 até 1915, porém, foi reeleito seguidamente. Tornou-se Emérito, em 1927, e foi aclamado Presidente Perpétuo, em 11 de julho de 1929. Presidiu a ANM até 1934, quando faleceu. É o Patrono da Cadeira 9.
Foi Professor de Propedêutica, substituindo a Francisco de Castro, e, mais tarde, Catedrático de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ) e Chefe da 18ª Enfermaria do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, depois chefiada pelos Acadêmicos Pedro Alves da Costa Couto e José Galvão Alves. Na Santa Casa, estabeleceu memorável serviço donde promanaram inúmeras teses e memórias cobrindo toda a Clínica Médica e onde orientou inúmeros clínicos de escola, além de ter instalado na 7ª Enfermaria, que também chefiou, o primeiro aparelho se Raio X do Brasil. Foi o pioneiro da Medicina de Aviação.
O Dr. Miguel Couto também foi Membro da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e da Paraíba, Membro e Vice-Presidente da Sociedade Médica dos Hospitais do Rio de Janeiro e Membro do Conselho Técnico-Administrativo da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, do Conselho Superior de Ensino e da Sociedade de Medicina de São Paulo, além de Sócio Benfeitor da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.
Atuou como Membro Correspondente da “Societé de Pathologie Exotique” de Paris, da Academia de Medicina de Havana, da Academia de Medicina da Colômbia, da Sociedade Médico-cirúrgica do Equador, da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, da Sociedade Médica dos Hospitais de Paris, Membro Honorário da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, da Academia Nacional de Medicina da França, da Academia de Medicina de Buenos Aires, da Academia de Medicina de Berlim, da Real Academia Médica de Roma, da Associação Médica Argentina e do Instituto Brasileiro de Estomatologia. Fundou e integrou a Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal. É o Patrono da Cadeira 6 da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro e da Cadeira 39 da Academia Brasileira de Medicina Militar.
Além disso, destacou-se como Professor “Honoris Causa” da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de Lima (Peru) e recebeu a Medalha da Instrução Pública da Venezuela e da Coroa da Bélgica.
Deixou vasta obra, destacando-se: “Dos espasmos nas afecções dos centros nervosos”, “A gangrena gasosa fulminante”, “Patogenias das icterícias” (com o Dr. Azevedo Sodré), “Diagnóstico Precoce da Febre Amarela pelo Exame Espectroscópico da Urina” e “Lições de Clínica Médica”.
Sua atividade não ficou limitada ao campo da medicina, tendo ocupado posição de relevo nas letras e na política. Era poliglota e profundo conhecedor da língua portuguesa.
Foi Membro da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, sendo eleito um Membro Imortal da ABL, em 1916.
Combateu, a imigração japonesa, que considerava poder vir a constituir sério perigo para o Brasil.
Na Associação Brasileira de Educação, a 2 de julho de 1927, proferiu uma conferência em que apresentava um projeto sobre educação, largamente distribuído em todas as escolas normais e institutos profissionais da então Capital Federal. Era sugerida, nesse documento, a criação do Ministério da Educação, com dois departamentos: o do ensino e o da higiene. Em 14 de novembro de 1930, um decreto do Chefe do Governo Provisório da República criava uma Secretaria de Estado, com a denominação de Ministério da Educação e Saúde Pública.
Em 1933, foi eleito Deputado Constituinte pelo Distrito Federal (Rio de Janeiro).
Um de seus filhos foi o Acadêmico Miguel Couto Filho, médico ilustre, Ministro da Saúde (1953-1954), Governador do Estado do Rio de Janeiro (1955-1958) e Senador (1959-1967).
Faleceu no dia 6 de junho de 1934, na sua cidade natal, em função de um ataque violento de “angina pectoris”.
O Anfiteatro da ANM leva o seu nome e, também em sua homenagem, foram nomeados o famoso Hospital Municipal Miguel Couto, no bairro da Gávea, na cidade do Rio de Janeiro, e o bairro de Miguel Couto, na cidade de Nova Iguaçu, além de ruas e praças espalhadas pelo país.