Clemente Miguel da Cunha Ferreira

Nascido a 29 de setembro de 1857, em Resende (RJ), filho de José da Cunha Ferreira, português, e de Maria Neves da Cunha Ferreira, brasileira. 

Graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1880, defendendo tese de doutoramento intitulada “Tísica Pulmonar”.

Estudou e combateu por 67 anos, com pertinácia e consciência, a tuberculose no Brasil. Desde sua tese de doutoramento até o seu último artigo sobre a “Diazona e a Streptomicina”, inserto no “Estado de São Paulo” de 07 de agosto de 1947, é evidente em toda a produção científica de Clemente Ferreira, o pendor fervoroso para doutrinar e esclarecer, sob o ponto de vista sanitário, as questões palpitantes da terapêutica e da profilaxia da peste branca.

Durante seis anos foi diretor da Santa Casa de Misericórdia de Rezende, no período de 1881 a 1887. A seguir, no Rio, passou a chefiar a Clínica de Moléstias de Crianças. Médico Sanitarista, atuou em vários campos da Saúde Pública no Rio de Janeiro e depois em Campinas e Rio Claro, onde foi designado para participar, em 1889, da luta contra a febre amarela que assolava essas duas cidades paulistas. Seu trabalho foi tão notável que ele foi homenageado com a medalha de ouro da Câmara Municipal, como gratidão do povo paulista. Recebeu também a Comenda de Oficial da Ordem da Rosa, concedida pelo Imperador D. Pedro II.

Durante o restante de sua jornada na luta contra a Tuberculose recebeu várias Homenagens de autoridades ilustres como do Presidente da República Eurico Gaspar Dutra, dois anos após sua morte. Finalmente, em julho de 1899, funda em São Paulo, a “Associação Paulista de Sanatórios Populares para Tuberculosos”; depois chamada de “Liga Paulista contra a Tuberculose” e a partir daí passa a dedicar-se exclusivamente à Tuberculose. Em 1902, fundou a revista “Defesa contra a Tísica” da Associação Paulista de Sanatórios Populares e através dela começou sua luta para conscientizar a população e as autoridades sanitárias sobre a magnitude da tuberculose.

Homem de ação, de ideias objetivas, fundou a “Liga Paulista Contra a Tuberculose”, o “Preventório Infantil de Bragança” e o “Hospital Abrigo Clemente Ferreira”, este último destinado a tuberculosos incuráveis, instalado em 1937.

Lutando em um setor quase isolado, com escassez de meios, da indispensável coadjuvação popular e com a deficiência de recursos oficiais para uma assistência complexa e completa, quer médica, quer higiênico-social, contou com reduzida colaboração nos diversos terrenos das suas atividades, o que explica as limitadas realizações efetuadas e que se mostram muito aquém dos projetos e planos.

Clemente Ferreira sofreu decisiva influência do grande clínico Dr. João Vicente Torres Homem. Tratando de doentes, escrevendo conferências e artigos para jornais, participando de congressos médicos, mostrava-se dia-a-dia mais ardoroso no desejo de obter meios eficientes para diminuir o tributo que se pagava à tuberculose. Estava sempre atento ao movimento antituberculoso do mundo e do país, onde ele procurava aplaudir com entusiasmo as melhorias sanitárias tomadas pela administração pública.

Nunca se dedicou à casuística; sua contribuição foi sempre de caráter social. Adepto das ideias de Calmette, acolheu desde logo o emprego do B.C.G. para a prevenção da doença, preparando a receptividade do meio.

Em 1943 publicou o livro “Estudos e Conferências” (Temas da Tisiologia Médico-Social). Em 1944, em artigo na “Revista Paulista de Tisiologia”, traça a importância dos centros e institutos de pesquisa na solução do problema tisiológico. No final de sua vida, recebeu também a homenagem de Doutor honoris causa pela Escola Paulista de Medicina.

Na Academia Nacional de Medicina, foi Vice-presidente da Secção de Terapêutica (1895-1896), Secretário da Secção Médica (1891-1892; 1892-1893) e 2º Secretário (1890-1891).

Faleceu aos 06 de agosto de 1947, em São Paulo.

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 158

Cadeira: 04 - Henrique Dias Duque Estrada

Cadeira homenageado: 15

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 29/05/1890

Posse: 29/05/1890

Sob a presidência: José Cardoso de Moura Brasil

Falecimento: 06/08/1947

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 158

Cadeira: 04 - Henrique Dias Duque Estrada

Cadeira homenageado: 15

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 29/05/1890

Posse: 29/05/1890

Sob a presidência: José Cardoso de Moura Brasil

Falecimento: 06/08/1947

Nascido a 29 de setembro de 1857, em Resende (RJ), filho de José da Cunha Ferreira, português, e de Maria Neves da Cunha Ferreira, brasileira. 

Graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1880, defendendo tese de doutoramento intitulada “Tísica Pulmonar”.

Estudou e combateu por 67 anos, com pertinácia e consciência, a tuberculose no Brasil. Desde sua tese de doutoramento até o seu último artigo sobre a “Diazona e a Streptomicina”, inserto no “Estado de São Paulo” de 07 de agosto de 1947, é evidente em toda a produção científica de Clemente Ferreira, o pendor fervoroso para doutrinar e esclarecer, sob o ponto de vista sanitário, as questões palpitantes da terapêutica e da profilaxia da peste branca.

Durante seis anos foi diretor da Santa Casa de Misericórdia de Rezende, no período de 1881 a 1887. A seguir, no Rio, passou a chefiar a Clínica de Moléstias de Crianças. Médico Sanitarista, atuou em vários campos da Saúde Pública no Rio de Janeiro e depois em Campinas e Rio Claro, onde foi designado para participar, em 1889, da luta contra a febre amarela que assolava essas duas cidades paulistas. Seu trabalho foi tão notável que ele foi homenageado com a medalha de ouro da Câmara Municipal, como gratidão do povo paulista. Recebeu também a Comenda de Oficial da Ordem da Rosa, concedida pelo Imperador D. Pedro II.

Durante o restante de sua jornada na luta contra a Tuberculose recebeu várias Homenagens de autoridades ilustres como do Presidente da República Eurico Gaspar Dutra, dois anos após sua morte. Finalmente, em julho de 1899, funda em São Paulo, a “Associação Paulista de Sanatórios Populares para Tuberculosos”; depois chamada de “Liga Paulista contra a Tuberculose” e a partir daí passa a dedicar-se exclusivamente à Tuberculose. Em 1902, fundou a revista “Defesa contra a Tísica” da Associação Paulista de Sanatórios Populares e através dela começou sua luta para conscientizar a população e as autoridades sanitárias sobre a magnitude da tuberculose.

Homem de ação, de ideias objetivas, fundou a “Liga Paulista Contra a Tuberculose”, o “Preventório Infantil de Bragança” e o “Hospital Abrigo Clemente Ferreira”, este último destinado a tuberculosos incuráveis, instalado em 1937.

Lutando em um setor quase isolado, com escassez de meios, da indispensável coadjuvação popular e com a deficiência de recursos oficiais para uma assistência complexa e completa, quer médica, quer higiênico-social, contou com reduzida colaboração nos diversos terrenos das suas atividades, o que explica as limitadas realizações efetuadas e que se mostram muito aquém dos projetos e planos.

Clemente Ferreira sofreu decisiva influência do grande clínico Dr. João Vicente Torres Homem. Tratando de doentes, escrevendo conferências e artigos para jornais, participando de congressos médicos, mostrava-se dia-a-dia mais ardoroso no desejo de obter meios eficientes para diminuir o tributo que se pagava à tuberculose. Estava sempre atento ao movimento antituberculoso do mundo e do país, onde ele procurava aplaudir com entusiasmo as melhorias sanitárias tomadas pela administração pública.

Nunca se dedicou à casuística; sua contribuição foi sempre de caráter social. Adepto das ideias de Calmette, acolheu desde logo o emprego do B.C.G. para a prevenção da doença, preparando a receptividade do meio.

Em 1943 publicou o livro “Estudos e Conferências” (Temas da Tisiologia Médico-Social). Em 1944, em artigo na “Revista Paulista de Tisiologia”, traça a importância dos centros e institutos de pesquisa na solução do problema tisiológico. No final de sua vida, recebeu também a homenagem de Doutor honoris causa pela Escola Paulista de Medicina.

Na Academia Nacional de Medicina, foi Vice-presidente da Secção de Terapêutica (1895-1896), Secretário da Secção Médica (1891-1892; 1892-1893) e 2º Secretário (1890-1891).

Faleceu aos 06 de agosto de 1947, em São Paulo.

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