Érico Marinho da Gama Coelho

Nascido a 07 de março de 1849, em Cabo Frio (RJ), filho de Jacinto José Coelho e D. Engrácia da Gama Coelho. Seu pai foi um dos fundadores do Instituto da Ordem dos Advogados no Rio de Janeiro, então capital do Império.

Graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1870, defendendo tese de doutoramento intitulada “Diagnóstico diferencial dos tumores do seio”.

Maçom, foi também seguidor da Igreja Evangélica Brasileira, fundada em setembro de 1879 por Miguel Vieira Ferreira, e reconhecida pelo governo imperial brasileiro.

Especializando-se desde logo em obstetrícia e ginecologia, e clinicou como parteiro em São Fidélis, em cuja vida calma e tranquila se aprofundou nos estudos, apresentando-se alguns anos mais tarde candidato para Professor de Obstetrícia e Ginecologia na Faculdade de Medicina. Seu concurso tornou-se memorável por vários motivos, entre eles: tratava-se de um moço republicano que, pelas colunas do Jornal “O Povo”, fazia a mais ardosa propaganda antimonárquica.

Lente catedrático de Clínica Obstétrica e Ginecológica em 1883, nomeado pelo próprio imperador Dom Pedro II, e diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1889.

As responsabilidades de ardoso propagandista, o seu feitio combativo e naturais pendores à luta encaminharam-no à política. Exerceu a função de Promotor Público no município de Piraí e em seguida fora promovido ao cargo de Juiz Municipal na cidade de Cabo Frio. Foi, durante cerca de vinte anos, deputado e, mais tarde, elegeu-se Senador pelo estado do Rio de Janeiro. No Senado, foi Membro das Comissões de Saúde, Estatística e Colonização e Finanças. Publicou uma série de discursos feitos da tribuna em defesa do divórcio. Além deste fato, era apologista da emancipação social e política do sexo feminino.

Em 1920, reassumiu a cátedra de Obstetrícia da Faculdade de Medicina e, por esse motivo, a direção da Maternidade de Laranjeiras.

Precursor da medicina sugestiva no Brasil, afirmando por fatos experimentais a sugestão mental, na época em que o célebre Charcot negava a realidade desse fenômeno psíquico.

Na ocasião de sua posse na Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Algumas observações do beribéri examinadas do ponto de vista psicológico”. Na instituição, escreveu “Mola hidatiforme” (1883); “Aula inaugural da cadeira de clínica obstetrícia” (1884); “Reforma da Faculdade de Medicina” (1886); “Influição mental da mulher sobre o feto” (1887); “Biblioteca Republicana” (1888); “Reforma da Faculdade de Medicina” (1890); “Pornografia contra pornografia” (1892); “Tratamento da febre amarela pela cloroformização permanente” (1918); “O determinismo da função mamária independe do estímulo ovariano” (1918) e “Tratamento da gripe pelo extrato tonsilar” (1918).

Faleceu no Rio de Janeiro, a 26 de novembro de 1922.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 146

Cadeira: 16

Cadeira homenageado: 16

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 25/05/1886

Posse: 01/06/1886

Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima

Falecimento: 26/11/1922

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 146

Cadeira: 16

Cadeira homenageado: 16

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 25/05/1886

Posse: 01/06/1886

Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima

Falecimento: 26/11/1922

Nascido a 07 de março de 1849, em Cabo Frio (RJ), filho de Jacinto José Coelho e D. Engrácia da Gama Coelho. Seu pai foi um dos fundadores do Instituto da Ordem dos Advogados no Rio de Janeiro, então capital do Império.

Graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1870, defendendo tese de doutoramento intitulada “Diagnóstico diferencial dos tumores do seio”.

Maçom, foi também seguidor da Igreja Evangélica Brasileira, fundada em setembro de 1879 por Miguel Vieira Ferreira, e reconhecida pelo governo imperial brasileiro.

Especializando-se desde logo em obstetrícia e ginecologia, e clinicou como parteiro em São Fidélis, em cuja vida calma e tranquila se aprofundou nos estudos, apresentando-se alguns anos mais tarde candidato para Professor de Obstetrícia e Ginecologia na Faculdade de Medicina. Seu concurso tornou-se memorável por vários motivos, entre eles: tratava-se de um moço republicano que, pelas colunas do Jornal “O Povo”, fazia a mais ardosa propaganda antimonárquica.

Lente catedrático de Clínica Obstétrica e Ginecológica em 1883, nomeado pelo próprio imperador Dom Pedro II, e diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1889.

As responsabilidades de ardoso propagandista, o seu feitio combativo e naturais pendores à luta encaminharam-no à política. Exerceu a função de Promotor Público no município de Piraí e em seguida fora promovido ao cargo de Juiz Municipal na cidade de Cabo Frio. Foi, durante cerca de vinte anos, deputado e, mais tarde, elegeu-se Senador pelo estado do Rio de Janeiro. No Senado, foi Membro das Comissões de Saúde, Estatística e Colonização e Finanças. Publicou uma série de discursos feitos da tribuna em defesa do divórcio. Além deste fato, era apologista da emancipação social e política do sexo feminino.

Em 1920, reassumiu a cátedra de Obstetrícia da Faculdade de Medicina e, por esse motivo, a direção da Maternidade de Laranjeiras.

Precursor da medicina sugestiva no Brasil, afirmando por fatos experimentais a sugestão mental, na época em que o célebre Charcot negava a realidade desse fenômeno psíquico.

Na ocasião de sua posse na Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Algumas observações do beribéri examinadas do ponto de vista psicológico”. Na instituição, escreveu “Mola hidatiforme” (1883); “Aula inaugural da cadeira de clínica obstetrícia” (1884); “Reforma da Faculdade de Medicina” (1886); “Influição mental da mulher sobre o feto” (1887); “Biblioteca Republicana” (1888); “Reforma da Faculdade de Medicina” (1890); “Pornografia contra pornografia” (1892); “Tratamento da febre amarela pela cloroformização permanente” (1918); “O determinismo da função mamária independe do estímulo ovariano” (1918) e “Tratamento da gripe pelo extrato tonsilar” (1918).

Faleceu no Rio de Janeiro, a 26 de novembro de 1922.

Acad. Francisco Sampaio

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