Francisco Maria de Mello Oliveira

Nasceu em 7 de fevereiro de 1847, na cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará. Filho de José Maria de Oliveira, alferes do Exército Nacional, e Anna Francisca de Mello Oliveira.

Motivaram a demora de sua matricula no curso farmacêutico a necessidade de trabalhar e a negação de seu mestre de Farmácia Prática em lhe permitir que frequentasse os estudos. Conseguiu tal feito deixando a farmácia e indo servir na farmácia do Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, na qualidade de aprendiz de 1ª classe. Enfim, em 1869, graduou-se em Farmácia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Um ano após graduar-se, alistou-se no Corpo de Saúde do Exército, como farmacêutico-alferes, indo servir na Escola Militar da Praia Vermelha. Neste mesmo ano foi nomeado preparador do curso de Física e Química da dita Escola, ficando encarregado de reorganizar os respectivos gabinetes quase desaparecidos durante o período da Guerra do Paraguai.

Foi-lhe permitido pelo Comando da Escola abrir um curso livre de química, a que concorria grande número de assistentes, em 1873 e 1874. Ainda no ano de 1874 foi nomeado membro da Comissão de inquérito no Hospital e Pharmacia Central do Exército, e no ano seguinte, foi nomeado chefe do serviço farmacêutico da Pharmacia Central do Exército, tendo obtido exoneração a seu pedido quatro meses depois.

Em 1876 foi convidado para fazer parte da Comissão de Limites com a Bolívia sob a chefia do Visconde de Maracaju (Marechal). Um ano e meio depois, por motivo de doença, obteve dispensa de membro da Comissão, regressando para o Rio de Janeiro onde chegou em agosto de 1878, e foi servir na Escola Militar ocupando os seus cargos de farmacêutico e preparador de física e química.

Matriculou-se no mesmo ano no curso médico da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Atuou, de 1879 a 1893, como preparador de química inorgânica e analítica da Escola Politécnica do Rio de Janeiro e foi, na mesma data, cumulativamente preparador de Química orgânica do professor Domingos Freire.

Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1883, apresentando a memória intitulada “Estudo sobre a quina calissaya aclimatada em Petrópolis”.

Adepto das ideias republicanas, em 1884, interessou-se pela propaganda da abolição, sendo no mesmo ano presidente da Sociedade Abolicionista Cearense do Rio de janeiro, desenvolvendo tal atividade a ponto do governo daquela época ter ordenado sua prisão, o que foi obstado pelo imperador, que o conhecia perfeitamente.

No período de 1883 a 1885, entregou-se à clínica médica e de partos, e praticou com os ilustres professores Drs. Pedro Paulo de Carvalho e Luiz Feijó.

Em 1891, foi nomeado lente catedrático de Física e Química do Curso Anexo à Faculdade de Direito de S. Paulo, tendo exercido a cadeira até sua extinção, em 1897. Foi também lente de Toxicologia na Escola do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro.

Foi membro de conselhos e comissões examinadoras para magistério superior, sociedades e associações nacionais e internacionais, tais como benemérito do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro, e sócio efetivo da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, e membro correspondente do Instituto do Ceará.

Faleceu em 23 de junho de 1907, em São Paulo.

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 131

Membro: Titular

Eleição: 25/09/1883

Posse: 25/09/1883

Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima

Falecimento: 23/06/1907

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 131

Membro: Titular

Eleição: 25/09/1883

Posse: 25/09/1883

Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima

Falecimento: 23/06/1907

Nasceu em 7 de fevereiro de 1847, na cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará. Filho de José Maria de Oliveira, alferes do Exército Nacional, e Anna Francisca de Mello Oliveira.

Motivaram a demora de sua matricula no curso farmacêutico a necessidade de trabalhar e a negação de seu mestre de Farmácia Prática em lhe permitir que frequentasse os estudos. Conseguiu tal feito deixando a farmácia e indo servir na farmácia do Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, na qualidade de aprendiz de 1ª classe. Enfim, em 1869, graduou-se em Farmácia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Um ano após graduar-se, alistou-se no Corpo de Saúde do Exército, como farmacêutico-alferes, indo servir na Escola Militar da Praia Vermelha. Neste mesmo ano foi nomeado preparador do curso de Física e Química da dita Escola, ficando encarregado de reorganizar os respectivos gabinetes quase desaparecidos durante o período da Guerra do Paraguai.

Foi-lhe permitido pelo Comando da Escola abrir um curso livre de química, a que concorria grande número de assistentes, em 1873 e 1874. Ainda no ano de 1874 foi nomeado membro da Comissão de inquérito no Hospital e Pharmacia Central do Exército, e no ano seguinte, foi nomeado chefe do serviço farmacêutico da Pharmacia Central do Exército, tendo obtido exoneração a seu pedido quatro meses depois.

Em 1876 foi convidado para fazer parte da Comissão de Limites com a Bolívia sob a chefia do Visconde de Maracaju (Marechal). Um ano e meio depois, por motivo de doença, obteve dispensa de membro da Comissão, regressando para o Rio de Janeiro onde chegou em agosto de 1878, e foi servir na Escola Militar ocupando os seus cargos de farmacêutico e preparador de física e química.

Matriculou-se no mesmo ano no curso médico da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Atuou, de 1879 a 1893, como preparador de química inorgânica e analítica da Escola Politécnica do Rio de Janeiro e foi, na mesma data, cumulativamente preparador de Química orgânica do professor Domingos Freire.

Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1883, apresentando a memória intitulada “Estudo sobre a quina calissaya aclimatada em Petrópolis”.

Adepto das ideias republicanas, em 1884, interessou-se pela propaganda da abolição, sendo no mesmo ano presidente da Sociedade Abolicionista Cearense do Rio de janeiro, desenvolvendo tal atividade a ponto do governo daquela época ter ordenado sua prisão, o que foi obstado pelo imperador, que o conhecia perfeitamente.

No período de 1883 a 1885, entregou-se à clínica médica e de partos, e praticou com os ilustres professores Drs. Pedro Paulo de Carvalho e Luiz Feijó.

Em 1891, foi nomeado lente catedrático de Física e Química do Curso Anexo à Faculdade de Direito de S. Paulo, tendo exercido a cadeira até sua extinção, em 1897. Foi também lente de Toxicologia na Escola do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro.

Foi membro de conselhos e comissões examinadoras para magistério superior, sociedades e associações nacionais e internacionais, tais como benemérito do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro, e sócio efetivo da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, e membro correspondente do Instituto do Ceará.

Faleceu em 23 de junho de 1907, em São Paulo.

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