Helion de Menezes Póvoa

Nasceu em 23 de março de 1889, na cidade de Campos (RJ). Teve avós brasonados, dignos representantes da aristocracia rural daquela época, de engenhos, sobrados e de senzalas, que fizeram o encanto da Velha Província.

Doutorou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1923, tendo defendido a tese intitulada “Da síndrome Hemoclásica”, trabalho esse que o laureou com o prêmio Alvarenga.

Trabalhou nos primeiros anos de sua vida profissional, na Recebedoria do Estado do Rio de Janeiro. Logo no 3º ano do curso médico, tornou-se interno do Hospital Nacional de Alienados, começando a dar cursos particulares, através dos quais expandiu toda a sua grande vocação para lecionar. Foi médico do Instituto de Neurobiologia e mais tarde seu Diretor. Em 1928 apresentou a técnica de uma nova reação coloidal bi-corada para o diagnóstico da neurosífilis.

Em 1930, ganhou 3 prêmios: Prêmio Diógenes Sampaio – com trabalho “Hipervitaminose D”; Prêmio Alvarenga – com o trabalho “Mecanismo de Ação do Método Brasileiro no Tratamento dos Aneurismas”; Prêmio Benjamim de Oliveira – com o trabalho “Tratamento das Anemias do Fígado”. E em 1933, ganhou mais 3 prêmios: Prêmio Academia – com o trabalho “Patogenia da Anemia nas Verminoses, especialmente na ancilostomose”; Prêmio Diógenes Sampaio – com o trabalho “Síndrome Orgânica da Vitamina D”; Prêmio Miguel Couto – com o trabalho “Calciopexia Solar”.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1934.

Em 1936, foi indicado e eleito para Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, do Rio de Janeiro. Foi Vice-Presidente da Policlínica Geral do Rio de Janeiro e Chefe do Serviço de Nutrição dessa mesma Instituição.

Foi Presidente das Jornadas Médicas Sul Americanas, realizadas em Buenos Aires, e era membro de quase todas as Sociedades Médicas Argentinas e Uruguaias. As Jornadas Médicas desvendaram uma nova faceta da personalidade de Helion Póvoa, a de diplomata. Elas estreitaram de muito os laços de fraternidade entre Brasil, Argentina e Uruguai.

Destacou-se no cenário médico nacional e em 1939, após memorável concurso, assumiu a cátedra de Patologia Geral da Faculdade Nacional de Medicina.

Publicou vários livros, entre eles: Blastomas (1934), Hematologia- temas modernos (1934), Noções de Anatomia Patológica (em três edições: 1931,1934 e 1937), Metabolismo-questões da atualidade (1934), Atlas Elementar de Anatomia Patológica (1934).

Intensa foi a atividade didática desenvolvida por Helion Póvoa. Colaborou com o professor Leitão da Cunha, na organização de um curso de extensão universitária sobre Cancerologia; com o professor Annes Dias, patrocinou por três anos seguidos, cursos sobre diabete e com o professor Cruz Lima, curso de Hematologia Clinica, dentre muitos outros.

Preocupou-se com o problema da alimentação, traçando a política alimentar para o nosso país. Em colaboração com o professor Waldemar Berardinelli, traduziu a obra do professor Pedro Escudero sobre alimentação, refletindo sua afeição por este relevante problema. Os temas de estudos preferidos do acadêmico eram: coloidoclasia; alergia; hormônios; vitaminas; metabologia; genética para arteriosclerose e câncer.

Atuou durante anos como Presidente e redator dos relatórios do Abrigo Cristo Redentor de 1936 até 1943 e, em fins de 1941, como Diretor de Serviços de Alimentação da Previdência Social, tendo sido um dos criadores dos cardápios com valores proteicos e calóricos para alimentação dos trabalhadores.

Escritor de raros méritos, ainda encontrava tempo para seus artigos jornalísticos, publicados no “Correio da Manhã”, do Rio de Janeiro. Em “Fronteiras da Medicina”, com prefácio de Afrânio Peixoto, Helion Póvoa nos deu a conhecer o lado humano de sua vida verdadeiramente prodigiosa.

Faleceu aos 55 anos, em 9 de abril de 1944.

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 346

Cadeira: 99 Oscar Frederico de Souza

Membro: Titular

Secção: Ciencias aplicadas à Medicina

Eleição: 11/05/1934

Posse: 16/08/1934

Sob a presidência: Antonio Austregésilo Rodrigues Lima

Saudado: Oscar Frederico de Souza

Antecessor: Balduino de Azevedo Feio

Falecimento: 09/04/1944

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 346

Cadeira: 99 Oscar Frederico de Souza

Membro: Titular

Secção: Ciencias aplicadas à Medicina

Eleição: 11/05/1934

Posse: 16/08/1934

Sob a presidência: Antonio Austregésilo Rodrigues Lima

Saudado: Oscar Frederico de Souza

Antecessor: Balduino de Azevedo Feio

Falecimento: 09/04/1944

Nasceu em 23 de março de 1889, na cidade de Campos (RJ). Teve avós brasonados, dignos representantes da aristocracia rural daquela época, de engenhos, sobrados e de senzalas, que fizeram o encanto da Velha Província.

Doutorou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1923, tendo defendido a tese intitulada “Da síndrome Hemoclásica”, trabalho esse que o laureou com o prêmio Alvarenga.

Trabalhou nos primeiros anos de sua vida profissional, na Recebedoria do Estado do Rio de Janeiro. Logo no 3º ano do curso médico, tornou-se interno do Hospital Nacional de Alienados, começando a dar cursos particulares, através dos quais expandiu toda a sua grande vocação para lecionar. Foi médico do Instituto de Neurobiologia e mais tarde seu Diretor. Em 1928 apresentou a técnica de uma nova reação coloidal bi-corada para o diagnóstico da neurosífilis.

Em 1930, ganhou 3 prêmios: Prêmio Diógenes Sampaio – com trabalho “Hipervitaminose D”; Prêmio Alvarenga – com o trabalho “Mecanismo de Ação do Método Brasileiro no Tratamento dos Aneurismas”; Prêmio Benjamim de Oliveira – com o trabalho “Tratamento das Anemias do Fígado”. E em 1933, ganhou mais 3 prêmios: Prêmio Academia – com o trabalho “Patogenia da Anemia nas Verminoses, especialmente na ancilostomose”; Prêmio Diógenes Sampaio – com o trabalho “Síndrome Orgânica da Vitamina D”; Prêmio Miguel Couto – com o trabalho “Calciopexia Solar”.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1934.

Em 1936, foi indicado e eleito para Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, do Rio de Janeiro. Foi Vice-Presidente da Policlínica Geral do Rio de Janeiro e Chefe do Serviço de Nutrição dessa mesma Instituição.

Foi Presidente das Jornadas Médicas Sul Americanas, realizadas em Buenos Aires, e era membro de quase todas as Sociedades Médicas Argentinas e Uruguaias. As Jornadas Médicas desvendaram uma nova faceta da personalidade de Helion Póvoa, a de diplomata. Elas estreitaram de muito os laços de fraternidade entre Brasil, Argentina e Uruguai.

Destacou-se no cenário médico nacional e em 1939, após memorável concurso, assumiu a cátedra de Patologia Geral da Faculdade Nacional de Medicina.

Publicou vários livros, entre eles: Blastomas (1934), Hematologia- temas modernos (1934), Noções de Anatomia Patológica (em três edições: 1931,1934 e 1937), Metabolismo-questões da atualidade (1934), Atlas Elementar de Anatomia Patológica (1934).

Intensa foi a atividade didática desenvolvida por Helion Póvoa. Colaborou com o professor Leitão da Cunha, na organização de um curso de extensão universitária sobre Cancerologia; com o professor Annes Dias, patrocinou por três anos seguidos, cursos sobre diabete e com o professor Cruz Lima, curso de Hematologia Clinica, dentre muitos outros.

Preocupou-se com o problema da alimentação, traçando a política alimentar para o nosso país. Em colaboração com o professor Waldemar Berardinelli, traduziu a obra do professor Pedro Escudero sobre alimentação, refletindo sua afeição por este relevante problema. Os temas de estudos preferidos do acadêmico eram: coloidoclasia; alergia; hormônios; vitaminas; metabologia; genética para arteriosclerose e câncer.

Atuou durante anos como Presidente e redator dos relatórios do Abrigo Cristo Redentor de 1936 até 1943 e, em fins de 1941, como Diretor de Serviços de Alimentação da Previdência Social, tendo sido um dos criadores dos cardápios com valores proteicos e calóricos para alimentação dos trabalhadores.

Escritor de raros méritos, ainda encontrava tempo para seus artigos jornalísticos, publicados no “Correio da Manhã”, do Rio de Janeiro. Em “Fronteiras da Medicina”, com prefácio de Afrânio Peixoto, Helion Póvoa nos deu a conhecer o lado humano de sua vida verdadeiramente prodigiosa.

Faleceu aos 55 anos, em 9 de abril de 1944.

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