Jayme Poggi de Figueiredo

Renomado cirurgião brasileiro, o Dr. Jayme Poggi de Figueiredo nasceu em Vitória, no Estado do Espírito Santo, em 14 de outubro de 1888, filho de João Francisco Poggi de Figueiredo e Amélia Higino Duarte Poggi de Figueiredo.

Viveu muitos anos de sua mocidade do Rio Grande do Sul. De início pretendera ser militar, tendo cursado a Escola do Rio Pardo, onde foi contemporâneo dos ex-presidentes Getúlio Vargas e Eurico Gaspar Dutra. Sua inclinação para medicina levou-o a desistir da carreira das armas, ingressando, então, na Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Aí cursou os três primeiros anos, completando o curso na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, diplomando-se em 1909. Defendeu sua tese sobre “O tratamento do câncer cirúrgico do útero pelo processo Wertheim-Bumm”.

Voltando ao Rio Grande do Sul, foi trabalhar em Santa Vitória do Palmar e, depois, em Pelotas.

Desejando aperfeiçoar seus conhecimentos em cirurgia, partiu em 1913 para a Europa e Estados Unidos. Regressando, fixou-se no Rio de Janeiro. Eudorico da Rocha Junior, com quem tinha estreitos laços familiares, assinala que Jayme Poggi revelou o seu pioneirismo pelo trabalho médico em equipe, com a organização da Casa de Saúde que teve seu nome. Trabalhador infatigável, não lhe foi difícil o êxito e logo foi convidado para dirigir o Serviço Cirúrgico do Hospital São João Batista, da Lagoa. Com atuação brilhante e eficiente, foi levado para o Hospital Geral da Santa Casa, como titular do Serviço de Cirurgia e Ginecologia.

Na 10ª enfermaria, que o idealismo de Jayme Poggi transformou em Cátedra, praticou-se sempre medicina de alto padrão. Fundou, com outros abnegados colegas, a Faculdade de Ciências Médicas, no Rio de Janeiro, tendo sido o primeiro na Cátedra de Clinica Cirúrgica.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, em 1934, apresentando a memória intitulada “Anestesia raquidiana”, e enriqueceu os seus Anais com comunicações da mais alta originalidade.

É o Patrono da Cadeira 40.

Preocupou-se, também, com os problemas sociais da Medicina, reivindicando renumeração justa e condizente para o médico, “contra a exploração avaliante por parte de associações, na maioria alienígenas, que fazem da nossa classe o seu porta-estandarte promocional”.

Jayme Poggi esteve sempre presente como fundador, como libertador, como incentivador da maior parte das entidades médicas do País. Exímio operador, com técnicas que criou e outras que aperfeiçoou, o seu renome como cirurgião foi dos mais justificados.

Foi fundador e Presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, além de Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro.

Publicou vários trabalhos sobre cirurgia geral e ginecologia. De sua autoria deixou, também, o livro “Discursos, Conferências e Lutas Profissionais”, que é todo ele um vivo documentário de sua brilhante carreira dedicada à Medicina. Destacam-se seus trabalhos sobre anestesia endovenosa, arteriografia, cirurgia plástica e histeropexias.

Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 24 de janeiro de 1962.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 347

Cadeira: 40 Jayme Poggi de Figueiredo

Cadeira homenageado: 40

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 25/06/1934

Posse: 30/08/1934

Sob a presidência: Antonio Austregésilo Rodrigues Lima

Antecessor: Octávio do Rêgo Lopes

Secção (patrono): Cirurgia

Falecimento: 24/01/1962

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 347

Cadeira: 40 Jayme Poggi de Figueiredo

Cadeira homenageado: 40

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 25/06/1934

Posse: 30/08/1934

Sob a presidência: Antonio Austregésilo Rodrigues Lima

Antecessor: Octávio do Rêgo Lopes

Secção (patrono): Cirurgia

Falecimento: 24/01/1962

Renomado cirurgião brasileiro, o Dr. Jayme Poggi de Figueiredo nasceu em Vitória, no Estado do Espírito Santo, em 14 de outubro de 1888, filho de João Francisco Poggi de Figueiredo e Amélia Higino Duarte Poggi de Figueiredo.

Viveu muitos anos de sua mocidade do Rio Grande do Sul. De início pretendera ser militar, tendo cursado a Escola do Rio Pardo, onde foi contemporâneo dos ex-presidentes Getúlio Vargas e Eurico Gaspar Dutra. Sua inclinação para medicina levou-o a desistir da carreira das armas, ingressando, então, na Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Aí cursou os três primeiros anos, completando o curso na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, diplomando-se em 1909. Defendeu sua tese sobre “O tratamento do câncer cirúrgico do útero pelo processo Wertheim-Bumm”.

Voltando ao Rio Grande do Sul, foi trabalhar em Santa Vitória do Palmar e, depois, em Pelotas.

Desejando aperfeiçoar seus conhecimentos em cirurgia, partiu em 1913 para a Europa e Estados Unidos. Regressando, fixou-se no Rio de Janeiro. Eudorico da Rocha Junior, com quem tinha estreitos laços familiares, assinala que Jayme Poggi revelou o seu pioneirismo pelo trabalho médico em equipe, com a organização da Casa de Saúde que teve seu nome. Trabalhador infatigável, não lhe foi difícil o êxito e logo foi convidado para dirigir o Serviço Cirúrgico do Hospital São João Batista, da Lagoa. Com atuação brilhante e eficiente, foi levado para o Hospital Geral da Santa Casa, como titular do Serviço de Cirurgia e Ginecologia.

Na 10ª enfermaria, que o idealismo de Jayme Poggi transformou em Cátedra, praticou-se sempre medicina de alto padrão. Fundou, com outros abnegados colegas, a Faculdade de Ciências Médicas, no Rio de Janeiro, tendo sido o primeiro na Cátedra de Clinica Cirúrgica.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, em 1934, apresentando a memória intitulada “Anestesia raquidiana”, e enriqueceu os seus Anais com comunicações da mais alta originalidade.

É o Patrono da Cadeira 40.

Preocupou-se, também, com os problemas sociais da Medicina, reivindicando renumeração justa e condizente para o médico, “contra a exploração avaliante por parte de associações, na maioria alienígenas, que fazem da nossa classe o seu porta-estandarte promocional”.

Jayme Poggi esteve sempre presente como fundador, como libertador, como incentivador da maior parte das entidades médicas do País. Exímio operador, com técnicas que criou e outras que aperfeiçoou, o seu renome como cirurgião foi dos mais justificados.

Foi fundador e Presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, além de Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro.

Publicou vários trabalhos sobre cirurgia geral e ginecologia. De sua autoria deixou, também, o livro “Discursos, Conferências e Lutas Profissionais”, que é todo ele um vivo documentário de sua brilhante carreira dedicada à Medicina. Destacam-se seus trabalhos sobre anestesia endovenosa, arteriografia, cirurgia plástica e histeropexias.

Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 24 de janeiro de 1962.

Acad. Francisco Sampaio

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