Rodolpho Galvão

Nasceu em 30 de março de 1860, no Estado da Paraíba.

Doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1886, defendendo a tese intitulada “Concepções Delirantes e seu Valor Diagnóstico”.

Após sua graduação, viajou para a Europa especializando-se no Instituto Pasteur de Paris, no qual frequentou os cursos de microbiologia técnica e profilaxia da raiva nos Laboratórios de Roux e Metchnikoff.

Retornando ao Brasil, fixou-se em Pernambuco, onde a Inspetoria de Higiene Pública, com a proclamação da República, vem romper com a fragilidade política e administrativa da antiga Repartição de Higiene. Porém, é a partir de 1892, quando foi nomeado diretor, que a inspetoria inaugura um momento de maiores decisões e ações na esfera da saúde pública em Pernambuco.

Com sua nova proposta de trabalho, o Recife e alguns municípios próximos, foram repartidos em “Delegacias de Saúde”, e tornaram-se projeto embrionário do serviço de demografia sanitária. Criou-se o “Desinfectório”, responsável pela remoção dos doentes, loucos e indigentes e pelas ações de desinfecção dos logradouros. É nesse período que se organiza o Laboratório de Análise do Estado e o Instituto Vacinogênico. Em 1899, outro instituto antirrábico foi criado, o Instituto Pasteur, no qual foi nomeado para ser o primeiro diretor.

Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1901, apresentando a memória intitulada “Noções de Bacteriologia”. Porém sua cerimônia de posse só teve lugar em 1905, sob a presidência do Acadêmico Antônio Augusto de Azevedo Sodré.

Devido ao decreto nº 3.890, de 1º de janeiro de 1901, foram realizadas algumas alterações no Código aos Institutos Oficiais de Ensino Superior e Secundário dependentes do Ministério da Justiça e Negócios Interiores, dentre estas modificações houve a criação da Cadeira de Bacteriologia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo sido nomeado como primeiro ocupante.

Faleceu a 11 de setembro de 1906.