Antônio Augusto de Azevedo Sodré

Presidente da Academia Nacional de Medicina 1905 a 1907

Nasceu na Fazenda Caboclo, em Maricá, Estado do Rio de Janeiro, no dia 13 de dezembro de 1864, descendente das mais tradicionais famílias do Rio de Janeiro, como eram as de Álvares de Azevedo e Ribeiro de Almeida. O Doutor Azevedo Sodré era filho de José Paulo de Azevedo Sodré, fazendeiro coronel, e de Cândida Ribeiro de Almeida Sodré.

Formou-se em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual UFRJ), em 1885, aos 21 anos de idade, defendendo tese de doutorado sobre “Estudos comparativos dos diferentes métodos de tratamento da sífilis”. Embora recém-formado, não hesitou em se inscrever para ser Professor da Faculdade e, mesmo classificado em 1º lugar, não foi nomeado pelo Imperador devido à sua pouca idade. Um ano depois, aos 22 anos, prestou novo concurso obtendo mais uma vez o 1º lugar, sendo nomeado Professor para a Cadeira de Clínica Médica, que regeu por 39 anos.

Em 1886 passou a trabalhar no Hospital da Beneficência Portuguesa. Em 1887, dois anos após a formatura, tornou-se Médico-adjunto do Hospital da Misericórdia e fundou a revista “Brasil Médico”, revista semanal de Medicina e Cirurgia, que durante muitos anos foi o principal periódico médico do país, e que Azevedo Sodré dirigiu até a morte, durante quarenta e dois anos.

Em 1889, casou-se com D. Luzia Sales, neta do Visconde de Mauá e do Barão de Irapuá.

Atuou como preparador interino de matéria Médico-Terapêutica, interno de Clínica de Doenças Cutâneas e Sifilíticas e preparador de Terapêutica Experimental. Imaginou e promoveu a criação da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, chamando para seu Presidente o Professor Hilário Soares de Gouvêa e ocupando a Vice-Presidência da Instituição. Em 1894 conquistou a Cátedra de Patologia Interna e depois de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, da qual foi Diretor em 1911-1912. Assumiu a chefia da Comissão Sanitária Federal, incumbido de combater a epidemia de cólera, que conseguiu impedir que ultrapassasse o Vale do Paraíba fluminense e, depois, extinguiu a doença totalmente. Foi Delegado do governo brasileiro, juntamente com o médico sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, com a missão de negociar a Convenção Sanitária com os governos da Argentina, Paraguai e Uruguai.

Tornou-se, ainda, Professor de Medicina Pública da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro e fundou a Companhia de Seguros de Vida Equitativa dos Estados Unidos do Brasil, a maior empresa no gênero de seu tempo em todo o território nacional.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina apresentando a memória “Beribéri”, e foi empossado em 21 de julho de 1898, tendo presidido a instituição de 1905 a 1907.

É o Patrono da Cadeira 31.

Em 1915, Azevedo Sodré tornou-se Diretor da Instrução Pública, no Distrito Federal, e fundou duas escolas, criou o Serviço Médico Escolar, a merenda nas escolas, as Associações de Pais e Professores e reformulou o currículo da Escola Normal, empreendendo uma modificação nas normas internas, possibilitando às futuras docentes um contato maior com a prática em sala de aula. Durante a presidência de Wenceslau Braz foi indicado Prefeito do Rio de Janeiro (6 de maio de 1916 a 15 de janeiro de 1917) e, neste cargo, resolveu o problema da comercialização da carne, instituiu as feiras livres, projetou a criação de um imposto único territorial e inaugurou a avenida Niemeyer, ligando o bairro do Leblon ao de São Conrado. Renunciou ao cargo de Prefeito quando não foi aceito o orçamento municipal que propusera.

Eleito Deputado Federal, pelo Estado do Rio de Janeiro, foi vulto eminente do partido chefiado pelo estadista Nilo Peçanha e destacou-se na Câmara. em duas legislaturas. como membro das comissões de instrução e de higiene públicas.

Entre as numerosas obras científicas, destacam-se “Lições de Patologia Intertropical”, “Saneamento no Brasil” e suas contribuições sobre beribéri e difteria, para a “Grande Enciclopédia Médica Norte-Americana” e sobre febre amarela – com a colaboração de Miguel de Oliveira Couto – para a “Enciclopédia Nothnagel” de Berlim, e para o “Tratado de Medicina de Roger Vidal e Teissier” de Paris.

No ano de 1925, doou um imóvel de sua propriedade ao Distrito Federal para que nele se instalasse uma escola que deveria ser batizada com o seu nome. Assim, o Doutor Antônio Augusto de Azevedo Sodré tornou-se Patrono da Escola Municipal Azevedo Sodré, localizada no bairro da Praça da Bandeira, na cidade do Rio de Janeiro.

Faleceu aos 64 anos, em sua Fazenda da Quitandinha (onde hoje é localizado o palácio hotel Quitandinha), na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, no dia 1º de fevereiro de 1929.

Foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 190

Cadeira: 14 Francisco de Castro

Cadeira homenageado: 31

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 21/07/1898

Posse: 28/07/1898

Sob a presidência: Antonio José Pereira da Silva Araújo

Saudado: Antonio José Pereira da Silva Araújo

Secção (patrono): Cirurgia

Falecimento: 01/02/1929

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 190

Cadeira: 14 Francisco de Castro

Cadeira homenageado: 31

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 21/07/1898

Posse: 28/07/1898

Sob a presidência: Antonio José Pereira da Silva Araújo

Saudado: Antonio José Pereira da Silva Araújo

Secção (patrono): Cirurgia

Falecimento: 01/02/1929

Presidente da Academia Nacional de Medicina 1905 a 1907

Nasceu na Fazenda Caboclo, em Maricá, Estado do Rio de Janeiro, no dia 13 de dezembro de 1864, descendente das mais tradicionais famílias do Rio de Janeiro, como eram as de Álvares de Azevedo e Ribeiro de Almeida. O Doutor Azevedo Sodré era filho de José Paulo de Azevedo Sodré, fazendeiro coronel, e de Cândida Ribeiro de Almeida Sodré.

Formou-se em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (atual UFRJ), em 1885, aos 21 anos de idade, defendendo tese de doutorado sobre “Estudos comparativos dos diferentes métodos de tratamento da sífilis”. Embora recém-formado, não hesitou em se inscrever para ser Professor da Faculdade e, mesmo classificado em 1º lugar, não foi nomeado pelo Imperador devido à sua pouca idade. Um ano depois, aos 22 anos, prestou novo concurso obtendo mais uma vez o 1º lugar, sendo nomeado Professor para a Cadeira de Clínica Médica, que regeu por 39 anos.

Em 1886 passou a trabalhar no Hospital da Beneficência Portuguesa. Em 1887, dois anos após a formatura, tornou-se Médico-adjunto do Hospital da Misericórdia e fundou a revista “Brasil Médico”, revista semanal de Medicina e Cirurgia, que durante muitos anos foi o principal periódico médico do país, e que Azevedo Sodré dirigiu até a morte, durante quarenta e dois anos.

Em 1889, casou-se com D. Luzia Sales, neta do Visconde de Mauá e do Barão de Irapuá.

Atuou como preparador interino de matéria Médico-Terapêutica, interno de Clínica de Doenças Cutâneas e Sifilíticas e preparador de Terapêutica Experimental. Imaginou e promoveu a criação da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, chamando para seu Presidente o Professor Hilário Soares de Gouvêa e ocupando a Vice-Presidência da Instituição. Em 1894 conquistou a Cátedra de Patologia Interna e depois de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, da qual foi Diretor em 1911-1912. Assumiu a chefia da Comissão Sanitária Federal, incumbido de combater a epidemia de cólera, que conseguiu impedir que ultrapassasse o Vale do Paraíba fluminense e, depois, extinguiu a doença totalmente. Foi Delegado do governo brasileiro, juntamente com o médico sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, com a missão de negociar a Convenção Sanitária com os governos da Argentina, Paraguai e Uruguai.

Tornou-se, ainda, Professor de Medicina Pública da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro e fundou a Companhia de Seguros de Vida Equitativa dos Estados Unidos do Brasil, a maior empresa no gênero de seu tempo em todo o território nacional.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina apresentando a memória “Beribéri”, e foi empossado em 21 de julho de 1898, tendo presidido a instituição de 1905 a 1907.

É o Patrono da Cadeira 31.

Em 1915, Azevedo Sodré tornou-se Diretor da Instrução Pública, no Distrito Federal, e fundou duas escolas, criou o Serviço Médico Escolar, a merenda nas escolas, as Associações de Pais e Professores e reformulou o currículo da Escola Normal, empreendendo uma modificação nas normas internas, possibilitando às futuras docentes um contato maior com a prática em sala de aula. Durante a presidência de Wenceslau Braz foi indicado Prefeito do Rio de Janeiro (6 de maio de 1916 a 15 de janeiro de 1917) e, neste cargo, resolveu o problema da comercialização da carne, instituiu as feiras livres, projetou a criação de um imposto único territorial e inaugurou a avenida Niemeyer, ligando o bairro do Leblon ao de São Conrado. Renunciou ao cargo de Prefeito quando não foi aceito o orçamento municipal que propusera.

Eleito Deputado Federal, pelo Estado do Rio de Janeiro, foi vulto eminente do partido chefiado pelo estadista Nilo Peçanha e destacou-se na Câmara. em duas legislaturas. como membro das comissões de instrução e de higiene públicas.

Entre as numerosas obras científicas, destacam-se “Lições de Patologia Intertropical”, “Saneamento no Brasil” e suas contribuições sobre beribéri e difteria, para a “Grande Enciclopédia Médica Norte-Americana” e sobre febre amarela – com a colaboração de Miguel de Oliveira Couto – para a “Enciclopédia Nothnagel” de Berlim, e para o “Tratado de Medicina de Roger Vidal e Teissier” de Paris.

No ano de 1925, doou um imóvel de sua propriedade ao Distrito Federal para que nele se instalasse uma escola que deveria ser batizada com o seu nome. Assim, o Doutor Antônio Augusto de Azevedo Sodré tornou-se Patrono da Escola Municipal Azevedo Sodré, localizada no bairro da Praça da Bandeira, na cidade do Rio de Janeiro.

Faleceu aos 64 anos, em sua Fazenda da Quitandinha (onde hoje é localizado o palácio hotel Quitandinha), na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, no dia 1º de fevereiro de 1929.

Foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

Acad. Francisco Sampaio

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