O Dr. Augusto Brandão Filho nasceu na cidade de Cantagalo, no Estado do Rio de Janeiro, em 19 de maio de 1881, filho de Augusto de Souza Brandão, médico ilustre, e Leocádia Freire de Faria Salgado Brandão, e neto do Barão de Cantagalo.
Formou-se em Farmácia, em 1900, e em Medicina, em 1903, pela Faculdade de Medicina do Rio de janeiro, apresentando a tese intitulada “Hérnia perineal posterior”.
Professor da Clínica Ginecológica, por concurso, assistente interino, docente livre da Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1914, assistente efetivo, em 1919, assumiu a cátedra, em 1920, como professor substituto de Pedro Severiano de Magalhães, passando a catedrático em 1925, por efeito de reforma do ensino médico.
Foi cirurgião do Hospital da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde dirigiu, por muitos anos, a 17ª e a 23ª enfermarias, que era visitada por cirurgiões de vários países, e o Dr. Brandão Filho foi considerado um dos maiores operadores do mundo. Também a anestesia brasileira se iniciou nesta enfermaria e de lá foi difundida por todo o país pelo Dr. Mario d’Almeida. Todas as cirurgias lá praticadas foram catalogadas num arquivo modelarmente iniciado por Daniel de D’Almeida, em 1903, depois continuado por Álvaro Ramos, Brandão Filho e Xavier Lopes. Sob a orientação de Brandão Filho, este tradicional centro médico tomou maiores proporções, principalmente quando seu chefe conquistou a cátedra de cirurgia da faculdade. A esse tempo, São Paulo rivalizava com a então capital do pais no progresso da medicina, com Arnaldo Vieira de Carvalho e Benedito Montenegro, que foram os chefes da Escola Cirúrgica de São Paulo.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1922, tomando posse em 1923, onde é o Patrono da Cadeira 27.
Em seu apogeu profissional, por volta de 1926, era apontado como o “Príncipe dos cirurgiões brasileiros”. Homens públicos ilustres foram por eles operados, tais como Washington Luiz, Oswaldo Aranha, João Neves de Fontoura, Juracy Magalhães e muitos outros.
Foi catedrático por mais de 30 anos e durante meio século serviu à Medicina. Direta ou indiretamente, influiu na formação de inúmeros cirurgiões que trabalharam como professores ou chefes de serviço, espalhados pelo país.
Seu ensino sempre foi objetivo e o mais demonstrativo possível, evitando as divagações da erudição doutrinária. Em 1919, já proclamava o Professor Fraure: “Il n’y a pas de science plus objective que La chirurgie. Les discours n´aprennent rien, les livres peu de chose; Il faut voir”.
Foi um dos fundadores do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, onde foi presidente ente 1929 e 1931, e membro de um grande número de entidades científicas nacionais e internacionais, tais como a Sociedade Internacional de Cirurgia e o American College of Surgeons. É o Patrono da Cadeira 73 da Academia Brasileira de Medicina Militar.
Embora doente, o Dr. Brandão Filho era um dos maiores entusiastas da construção da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, sendo representante do Conselho Universitário da Universidade do Brasil junto ao órgão encarregado se sua feitura. Entre os trabalhos que liderou, a construção do Hospital das Clínicas foi um dos seus grandes sonhos de mestre da medicina.
É autor de vários trabalhos publicados, destacando-se: “Sondas de demora ureterais” (1911), “Sobre uma questão de técnica do cateterismo dos ureteres” (1913), “Raquianagelsia geral” (1914), “Um caso de cálculo renal” (1915), “Flebectomia” (1916) “Estudo médico cirúrgico do fleimão perinéfrico na infância” (1918) e “Tumores do encéfalo – Algumas observações comentadas” (1927).
Faleceu de maneira trágica, em sua residência, na cidade do Rio de Janeiro, em 18 de setembro de 1957.
Número acadêmico: 294
Cadeira: 78 - Cândido Barata Ribeiro
Cadeira homenageado: 27
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 01/06/1922
Posse: 08/06/1923
Sob a presidência: Miguel de Oliveira Couto
Emerência: 05/09/1957
Antecessor: Álvaro Porfírio de Andrade Ramos
Falecimento: 18/09/1957
Número acadêmico: 294
Cadeira: 78 - Cândido Barata Ribeiro
Cadeira homenageado: 27
Membro: Emérito
Secção: Cirurgia
Eleição: 01/06/1922
Posse: 08/06/1923
Sob a presidência: Miguel de Oliveira Couto
Emerência: 05/09/1957
Antecessor: Álvaro Porfírio de Andrade Ramos
Falecimento: 18/09/1957
O Dr. Augusto Brandão Filho nasceu na cidade de Cantagalo, no Estado do Rio de Janeiro, em 19 de maio de 1881, filho de Augusto de Souza Brandão, médico ilustre, e Leocádia Freire de Faria Salgado Brandão, e neto do Barão de Cantagalo.
Formou-se em Farmácia, em 1900, e em Medicina, em 1903, pela Faculdade de Medicina do Rio de janeiro, apresentando a tese intitulada “Hérnia perineal posterior”.
Professor da Clínica Ginecológica, por concurso, assistente interino, docente livre da Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1914, assistente efetivo, em 1919, assumiu a cátedra, em 1920, como professor substituto de Pedro Severiano de Magalhães, passando a catedrático em 1925, por efeito de reforma do ensino médico.
Foi cirurgião do Hospital da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde dirigiu, por muitos anos, a 17ª e a 23ª enfermarias, que era visitada por cirurgiões de vários países, e o Dr. Brandão Filho foi considerado um dos maiores operadores do mundo. Também a anestesia brasileira se iniciou nesta enfermaria e de lá foi difundida por todo o país pelo Dr. Mario d’Almeida. Todas as cirurgias lá praticadas foram catalogadas num arquivo modelarmente iniciado por Daniel de D’Almeida, em 1903, depois continuado por Álvaro Ramos, Brandão Filho e Xavier Lopes. Sob a orientação de Brandão Filho, este tradicional centro médico tomou maiores proporções, principalmente quando seu chefe conquistou a cátedra de cirurgia da faculdade. A esse tempo, São Paulo rivalizava com a então capital do pais no progresso da medicina, com Arnaldo Vieira de Carvalho e Benedito Montenegro, que foram os chefes da Escola Cirúrgica de São Paulo.
Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1922, tomando posse em 1923, onde é o Patrono da Cadeira 27.
Em seu apogeu profissional, por volta de 1926, era apontado como o “Príncipe dos cirurgiões brasileiros”. Homens públicos ilustres foram por eles operados, tais como Washington Luiz, Oswaldo Aranha, João Neves de Fontoura, Juracy Magalhães e muitos outros.
Foi catedrático por mais de 30 anos e durante meio século serviu à Medicina. Direta ou indiretamente, influiu na formação de inúmeros cirurgiões que trabalharam como professores ou chefes de serviço, espalhados pelo país.
Seu ensino sempre foi objetivo e o mais demonstrativo possível, evitando as divagações da erudição doutrinária. Em 1919, já proclamava o Professor Fraure: “Il n’y a pas de science plus objective que La chirurgie. Les discours n´aprennent rien, les livres peu de chose; Il faut voir”.
Foi um dos fundadores do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, onde foi presidente ente 1929 e 1931, e membro de um grande número de entidades científicas nacionais e internacionais, tais como a Sociedade Internacional de Cirurgia e o American College of Surgeons. É o Patrono da Cadeira 73 da Academia Brasileira de Medicina Militar.
Embora doente, o Dr. Brandão Filho era um dos maiores entusiastas da construção da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, sendo representante do Conselho Universitário da Universidade do Brasil junto ao órgão encarregado se sua feitura. Entre os trabalhos que liderou, a construção do Hospital das Clínicas foi um dos seus grandes sonhos de mestre da medicina.
É autor de vários trabalhos publicados, destacando-se: “Sondas de demora ureterais” (1911), “Sobre uma questão de técnica do cateterismo dos ureteres” (1913), “Raquianagelsia geral” (1914), “Um caso de cálculo renal” (1915), “Flebectomia” (1916) “Estudo médico cirúrgico do fleimão perinéfrico na infância” (1918) e “Tumores do encéfalo – Algumas observações comentadas” (1927).
Faleceu de maneira trágica, em sua residência, na cidade do Rio de Janeiro, em 18 de setembro de 1957.