O Dr. Francisco Pinheiro Guimarães nasceu no Rio de janeiro, em 24 de dezembro de 1832, filho do escritor Francisco José Pinheiro Guimarães. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1856, apresentando a tese intitulada “Pântanos do aterrado e sua influência sobre a saúde dos vizinhos”.
Entre 1855 e 1865 integrou um grupo de rapazes devotados ao teatro, na tentativa de nacionalizar a arte. Foi um dos redatores, de 1862 e 1864, juntamente com Matheus de Andrade, Antônio Souza Costa e João Vicente de Torres Homem, do periódico “Gazeta Médica” do Rio de Janeiro. Também foi poeta, jornalista e dramaturgo. Atuou como deputado pela província do Rio de Janeiro e pelo Município Neutro (O Município Neutro foi uma unidade administrativa criada no Império do Brasil, que existiu no território correspondente à atual localização do município do Rio de Janeiro entre 12 de agosto de 1834 [quando foi proclamado o Ato Adicional à Constituição de 1824] e 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a república). Foi colaborador do Comércio Mercantil e do Jornal do Comércio, escrevendo crítica teatral.
Foi médico substituto da Seção Médica e Chefe da Clínica Médica, em 1859 e 1860 respectivamente, e lente catedrático de Fisiologia em 1870, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Divulgou amplo comentário sobre a febre amarela em Lisboa, em 1862, e participou da polêmica travada no seio da então Academia Imperial de Medicina sobre urinas leitosas.
Foi 1º Cirurgião da Armada Nacional e quando o Paraguai declarou guerra ao Brasil, se ofereceu como oficial combatente, alistando-se voluntariamente no posto de 2º Tenente, chegando até o posto de Coronel, enquanto na ativa, e a Brigadeiro Honorário do Exército depois de reformado. Debelou a epidemia de cólera que atacara suas tropas e foi o inventor de alguns instrumentos cirúrgicos. Tomou parte de inúmeros combates, sendo ferido na Batalha de Tuiuti, em 24 de maio de 1866, de cujas consequências veio a falecer mais tarde. Recebeu várias condecorações, dentre elas a de Oficial da Ordem do Cruzeiro Dignatário da Ordem da Rosa, além das Medalhas de Rendição de Uruguaiana e de Mérito e Bravura do Exército em Operações.
Escreveu diversos editoriais e publicou várias obras, tanto na área cultural quanto na médica, como “Quais os preceitos que devem presidir a relação das certidões, atestados e consultas médico-legais?” (1856), “Algumas palavras sobre a epilepsia” (1859), “Urinas Leitosas” (1863), “Mapa feito segundo informações dos passados e dos prisioneiros” (1869, da campanha da Guerra do Paraguai) e “Funções do fígado” (1871).
Era conhecido nas rodas literárias como Chico Guimarães. A peça História de Uma Moça Rica, que estreou em 04/10/1861, de sua autoria, fez um retumbante sucesso de público e crítica. Era amigo de juventude de Machado de Assis.
Foi Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina e Patrono da cadeira 26.
Era pai do também médico Francisco Pinheiro Guimarães e avô dos médicos Silvio Pinheiro Guimarães e Luiz Pinheiro Guimarães, ambos professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, além de Ugo Pinheiro Guimarães, Membro Titular da Academia Nacional de Medicina.
O Dr. Francisco Pinheiro Guimarães faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 5 de outubro de 1877, poucos meses antes de completar 45 anos.
Sua morte foi lamentada por Machado de Assis em sua coluna História de Quinze Dias de 15 de outubro de 1877 na revista Ilustração Brasileira: “A morte o colheu no meio da vida, aos 44 anos, quando suas nobres ambições deviam estar, e estavam, tão resolutas como no primeiro dia”
Acad. Francisco Sampaio
Cadeira homenageado: 26
Eleição: 30/06/1876
Secção (patrono): Cirurgia
Classificação: Nacional
Falecimento: 05/10/1877
Cadeira homenageado: 26
Eleição: 30/06/1876
Secção (patrono): Cirurgia
Classificação: Nacional
Falecimento: 05/10/1877
O Dr. Francisco Pinheiro Guimarães nasceu no Rio de janeiro, em 24 de dezembro de 1832, filho do escritor Francisco José Pinheiro Guimarães. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1856, apresentando a tese intitulada “Pântanos do aterrado e sua influência sobre a saúde dos vizinhos”.
Entre 1855 e 1865 integrou um grupo de rapazes devotados ao teatro, na tentativa de nacionalizar a arte. Foi um dos redatores, de 1862 e 1864, juntamente com Matheus de Andrade, Antônio Souza Costa e João Vicente de Torres Homem, do periódico “Gazeta Médica” do Rio de Janeiro. Também foi poeta, jornalista e dramaturgo. Atuou como deputado pela província do Rio de Janeiro e pelo Município Neutro (O Município Neutro foi uma unidade administrativa criada no Império do Brasil, que existiu no território correspondente à atual localização do município do Rio de Janeiro entre 12 de agosto de 1834 [quando foi proclamado o Ato Adicional à Constituição de 1824] e 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a república). Foi colaborador do Comércio Mercantil e do Jornal do Comércio, escrevendo crítica teatral.
Foi médico substituto da Seção Médica e Chefe da Clínica Médica, em 1859 e 1860 respectivamente, e lente catedrático de Fisiologia em 1870, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Divulgou amplo comentário sobre a febre amarela em Lisboa, em 1862, e participou da polêmica travada no seio da então Academia Imperial de Medicina sobre urinas leitosas.
Foi 1º Cirurgião da Armada Nacional e quando o Paraguai declarou guerra ao Brasil, se ofereceu como oficial combatente, alistando-se voluntariamente no posto de 2º Tenente, chegando até o posto de Coronel, enquanto na ativa, e a Brigadeiro Honorário do Exército depois de reformado. Debelou a epidemia de cólera que atacara suas tropas e foi o inventor de alguns instrumentos cirúrgicos. Tomou parte de inúmeros combates, sendo ferido na Batalha de Tuiuti, em 24 de maio de 1866, de cujas consequências veio a falecer mais tarde. Recebeu várias condecorações, dentre elas a de Oficial da Ordem do Cruzeiro Dignatário da Ordem da Rosa, além das Medalhas de Rendição de Uruguaiana e de Mérito e Bravura do Exército em Operações.
Escreveu diversos editoriais e publicou várias obras, tanto na área cultural quanto na médica, como “Quais os preceitos que devem presidir a relação das certidões, atestados e consultas médico-legais?” (1856), “Algumas palavras sobre a epilepsia” (1859), “Urinas Leitosas” (1863), “Mapa feito segundo informações dos passados e dos prisioneiros” (1869, da campanha da Guerra do Paraguai) e “Funções do fígado” (1871).
Era conhecido nas rodas literárias como Chico Guimarães. A peça História de Uma Moça Rica, que estreou em 04/10/1861, de sua autoria, fez um retumbante sucesso de público e crítica. Era amigo de juventude de Machado de Assis.
Foi Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina e Patrono da cadeira 26.
Era pai do também médico Francisco Pinheiro Guimarães e avô dos médicos Silvio Pinheiro Guimarães e Luiz Pinheiro Guimarães, ambos professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, além de Ugo Pinheiro Guimarães, Membro Titular da Academia Nacional de Medicina.
O Dr. Francisco Pinheiro Guimarães faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 5 de outubro de 1877, poucos meses antes de completar 45 anos.
Sua morte foi lamentada por Machado de Assis em sua coluna História de Quinze Dias de 15 de outubro de 1877 na revista Ilustração Brasileira: “A morte o colheu no meio da vida, aos 44 anos, quando suas nobres ambições deviam estar, e estavam, tão resolutas como no primeiro dia”
Acad. Francisco Sampaio