Jaime Basílio Silvado

Nasceu em 20 de março de 1853, em Belém, no Estado do Pará. Filho do capitão-tenente Américo Basílio Silvado e de D. Urânia Adelaide de Argolo Silvado.

Doutorou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Em 1890 publicou, na revista União Médica, uma série de artigos sobre a liberdade de exercício da medicina, em que defendia o curandeirismo. Para ele, era prerrogativa da população escolher o método de cura que considerasse mais adequado. Também era contra a instituição da vacinação obrigatória, sobre a qual, devido a um estado de “anarquia mental”, não haveria consenso entre os esculápios, que, incapazes de se impor pela força de seu conhecimento, recorriam à “força material das baionetas, das prisões e das multas”.

Como médico-capitão do Batalhão “Benjamin Constant” assistiu ao combate da Armada Nacional no qual os defensores da República derrotaram os revoltosos da Marinha, em 1894.

Em parceria com a Dra. Antonieta Morpurgo, realizaram estudo sobre o uso das incubadoras no cuidado dos bebês prematuros. Seus resultados foram notáveis e com isso surgiu a preocupação quanto à ausência desse equipamento nas maternidades do Rio de Janeiro. Mediante a essa situação, propuseram ao diretor do Dispensário Moncorvo a organização de um Serviço de Incubadoras neste estabelecimento, em 1903.

Seus estudos sobre bebês e suas mães o levaram solicitar a criação, por parte da prefeitura da Capital Federal, da Assistência Pública. Pedia que fosse instituído um serviço domiciliário e uma maternidade modelo, cujas dependências permitiria a grávida o repouso nos últimos momentos da gravidez.

Ainda em 1903, com a entrada do Acad. Oswaldo Cruz para a Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP), o porto passou a ter inspetoria específica para realizar o serviço de profilaxia, a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção, presidida pelo Dr. Jaime Silvado.

Atuou como secretário na Diretoria Provisório de 1908 da Cruz Vermelha. Foi também professor de Botânica na Faculdade Hahnemaniana.

Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1909, apresentando memória intitulada “Peixes normalmente nocivos, especialmente os baiacus, na baía do Rio de Janeiro”. Durante o período em que esteve na instituição exerceu o cargo de Redator dos Anais (1912-1913).

Publicou vários trabalhos de sua especialidade, dentre estes, “A obrigatoriedade da vacinação perante a liberdade espiritual” (1890), “Histórico sobre a Assistência Pública e Provada no Distrito Federal, no Rio de Janeiro”, “A propósito dos ferimentos causados pelos projectis de calibre reduzido (couraçadas)”, “Incubadoras” (1903), “A febre amarela a bordo do Lombardia: notas críticas para servirem à história da epidemia” (1903), “O beribéri na Marinha militar do Brazil” (1907), “O bicho de pé” (1908), “A água a bordo dos navios militares” (1908).

Faleceu em 8 de abril de 1931, no Rio de Janeiro.

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 257

Cadeira: 77 Jesuíno Carlos de Albuquerque

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 22/04/1909

Posse: 22/07/1909

Sob a presidência: Marcos Bezerra Cavalcanti

Saudado: Augusto Cezar Diogo

Falecimento: 08/04/1931

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 257

Cadeira: 77 Jesuíno Carlos de Albuquerque

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 22/04/1909

Posse: 22/07/1909

Sob a presidência: Marcos Bezerra Cavalcanti

Saudado: Augusto Cezar Diogo

Falecimento: 08/04/1931

Nasceu em 20 de março de 1853, em Belém, no Estado do Pará. Filho do capitão-tenente Américo Basílio Silvado e de D. Urânia Adelaide de Argolo Silvado.

Doutorou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Em 1890 publicou, na revista União Médica, uma série de artigos sobre a liberdade de exercício da medicina, em que defendia o curandeirismo. Para ele, era prerrogativa da população escolher o método de cura que considerasse mais adequado. Também era contra a instituição da vacinação obrigatória, sobre a qual, devido a um estado de “anarquia mental”, não haveria consenso entre os esculápios, que, incapazes de se impor pela força de seu conhecimento, recorriam à “força material das baionetas, das prisões e das multas”.

Como médico-capitão do Batalhão “Benjamin Constant” assistiu ao combate da Armada Nacional no qual os defensores da República derrotaram os revoltosos da Marinha, em 1894.

Em parceria com a Dra. Antonieta Morpurgo, realizaram estudo sobre o uso das incubadoras no cuidado dos bebês prematuros. Seus resultados foram notáveis e com isso surgiu a preocupação quanto à ausência desse equipamento nas maternidades do Rio de Janeiro. Mediante a essa situação, propuseram ao diretor do Dispensário Moncorvo a organização de um Serviço de Incubadoras neste estabelecimento, em 1903.

Seus estudos sobre bebês e suas mães o levaram solicitar a criação, por parte da prefeitura da Capital Federal, da Assistência Pública. Pedia que fosse instituído um serviço domiciliário e uma maternidade modelo, cujas dependências permitiria a grávida o repouso nos últimos momentos da gravidez.

Ainda em 1903, com a entrada do Acad. Oswaldo Cruz para a Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP), o porto passou a ter inspetoria específica para realizar o serviço de profilaxia, a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção, presidida pelo Dr. Jaime Silvado.

Atuou como secretário na Diretoria Provisório de 1908 da Cruz Vermelha. Foi também professor de Botânica na Faculdade Hahnemaniana.

Eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina em 1909, apresentando memória intitulada “Peixes normalmente nocivos, especialmente os baiacus, na baía do Rio de Janeiro”. Durante o período em que esteve na instituição exerceu o cargo de Redator dos Anais (1912-1913).

Publicou vários trabalhos de sua especialidade, dentre estes, “A obrigatoriedade da vacinação perante a liberdade espiritual” (1890), “Histórico sobre a Assistência Pública e Provada no Distrito Federal, no Rio de Janeiro”, “A propósito dos ferimentos causados pelos projectis de calibre reduzido (couraçadas)”, “Incubadoras” (1903), “A febre amarela a bordo do Lombardia: notas críticas para servirem à história da epidemia” (1903), “O beribéri na Marinha militar do Brazil” (1907), “O bicho de pé” (1908), “A água a bordo dos navios militares” (1908).

Faleceu em 8 de abril de 1931, no Rio de Janeiro.

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