João Carlos Teixeira Brandão

João Carlos Teixeira Brandão, filho de Felicio Viriato Brandão e Dona Maria Flora Teixeira Brandão, nasceu em São João Marcos, Estado do Rio de Janeiro, a 28 de dezembro de 1854, na freguesia do Arraial de São Sebastião, bacharelou-se em Ciências e Letras no Colégio Pedro II, matriculando-se em seguida na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde foi discípulo de Torres Homem. Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1877, defendendo a tese “Operações Reclamadas pelo Estreitamento da Uretra”.

Depois de diplomado, seguiu para a cidade de Barra Mansa (RJ), onde durante os anos de 1878 a 1880, dedicou-se à Clínica Médica. A atividade clínica em que se empenhara quando regresso da Faculdade permitiu a continuação dos estudos, sendo já seus prediletos os que se estendiam com as doenças mentais.

Posteriormente, por sugestão de João Vicente Torres Homem, professor da 1ª Cadeira de Clínica Médica de Adultos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e seu amigo, viajou para a Europa, mais especificamente para a França, Alemanha e Itália, para estudar psiquiatria.

Professor Catedrático da cadeira de Clínica Psiquiátrica e Moléstias Nervosas em 1880. A disciplina, até então inexistente, exigiu da docente dedicação máxima. É considerado o fundador da Psiquiatria Brasileira.

Foi um dos fundadores da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, fundada em 1881, e fez parte do primeiro corpo clínico desta instituição, como médico do serviço de moléstias do sistema nervoso.

Em 1884, foi nomeado alienista do antigo Hospício Pedro II, sendo em 1887 seu Diretor Interino e efetivando o cargo a 31 de janeiro de 1888. Se colocou, então, a lutar por uma reforma dos serviços, o que conseguiu do Governo Provisório. A 15 de fevereiro de 1890 foi nomeado Diretor Geral da Assistência Médico-Legal dos Alienados. Passados sete anos a reforma urgia; foi ela decretada e executada, passando Teixeira Brandão a exercer o cargo de Inspetor Geral da mesma Assistência, cargo que manteve até 1899, quando foi suspenso.

Os estudos da especialidade feitos pelo psiquiatra tiveram larga divulgação, coincidindo por muitas faces com outros depois de vindos a luz e partidos de grandes centros psiquiátricos europeus. Deram eles entrada a Teixeira Brandão; em 1883, tornou-se membro da “Societé Medicinale-Psichologique”, de Paris.

Em 1892, chegou a Bruxelas como Delegado do Brasil no 3º Congresso de Antropologia Criminal.

Fundou, junto a Julio Rodrigues de MouraLourenço da Cunha e Felício dos Santos a Casa de São Sebastião, obtendo por esse tempo a separação dos serviços dos alienados e do Hospício de D. Pedro II, da Santa Casa de Misericórdia, datando desse tempo a mudança de seu nome para Hospício dos Alienados.

Possuía patente de Coronel Honorário do Exército, representando tudo que fizera pela legalidade na revolta de 1893.

Nos anos em que fez parte do Parlamento Brasileiro, é possível destacar o projeto relatado com Rodrigues Lima, no Governo Rodrigues Alves, sobre a Reforma da Assistência a Alienados; o Projeto de Vacinação e Revacinação Obrigatórias; a Lei que criou o atual Departamento Nacional de Saúde Pública.

Foi Presidente de Honra da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal.

Na ocasião de sua posse na Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Ideias Fixas, Gênese e Classificação Mosológica”. Na instituição, passou à categoria de Emérito a 10 de outubro de 1918.

Faleceu a 03 de setembro de 1921.

Artigo: “João Carlos Teixeira Brandão, the frst Brazilian professor of Psychiatry” – Cátia Mathias e Antonio Egidio Nardi (Arquivos de Neuro-Psiquiatria, Outubro 2018)

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 150

Cadeira: 01 - Joaquim Candido Soares de Meirelles

Cadeira homenageado: 42

Membro: Emérito

Secção: Medicina

Eleição: 31/08/1886

Posse: 28/09/1886

Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima

Emerência: 10/10/1918

Falecimento: 03/09/1921

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 150

Cadeira: 01 - Joaquim Candido Soares de Meirelles

Cadeira homenageado: 42

Membro: Emérito

Secção: Medicina

Eleição: 31/08/1886

Posse: 28/09/1886

Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima

Emerência: 10/10/1918

Falecimento: 03/09/1921

João Carlos Teixeira Brandão, filho de Felicio Viriato Brandão e Dona Maria Flora Teixeira Brandão, nasceu em São João Marcos, Estado do Rio de Janeiro, a 28 de dezembro de 1854, na freguesia do Arraial de São Sebastião, bacharelou-se em Ciências e Letras no Colégio Pedro II, matriculando-se em seguida na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde foi discípulo de Torres Homem. Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1877, defendendo a tese “Operações Reclamadas pelo Estreitamento da Uretra”.

Depois de diplomado, seguiu para a cidade de Barra Mansa (RJ), onde durante os anos de 1878 a 1880, dedicou-se à Clínica Médica. A atividade clínica em que se empenhara quando regresso da Faculdade permitiu a continuação dos estudos, sendo já seus prediletos os que se estendiam com as doenças mentais.

Posteriormente, por sugestão de João Vicente Torres Homem, professor da 1ª Cadeira de Clínica Médica de Adultos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e seu amigo, viajou para a Europa, mais especificamente para a França, Alemanha e Itália, para estudar psiquiatria.

Professor Catedrático da cadeira de Clínica Psiquiátrica e Moléstias Nervosas em 1880. A disciplina, até então inexistente, exigiu da docente dedicação máxima. É considerado o fundador da Psiquiatria Brasileira.

Foi um dos fundadores da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, fundada em 1881, e fez parte do primeiro corpo clínico desta instituição, como médico do serviço de moléstias do sistema nervoso.

Em 1884, foi nomeado alienista do antigo Hospício Pedro II, sendo em 1887 seu Diretor Interino e efetivando o cargo a 31 de janeiro de 1888. Se colocou, então, a lutar por uma reforma dos serviços, o que conseguiu do Governo Provisório. A 15 de fevereiro de 1890 foi nomeado Diretor Geral da Assistência Médico-Legal dos Alienados. Passados sete anos a reforma urgia; foi ela decretada e executada, passando Teixeira Brandão a exercer o cargo de Inspetor Geral da mesma Assistência, cargo que manteve até 1899, quando foi suspenso.

Os estudos da especialidade feitos pelo psiquiatra tiveram larga divulgação, coincidindo por muitas faces com outros depois de vindos a luz e partidos de grandes centros psiquiátricos europeus. Deram eles entrada a Teixeira Brandão; em 1883, tornou-se membro da “Societé Medicinale-Psichologique”, de Paris.

Em 1892, chegou a Bruxelas como Delegado do Brasil no 3º Congresso de Antropologia Criminal.

Fundou, junto a Julio Rodrigues de MouraLourenço da Cunha e Felício dos Santos a Casa de São Sebastião, obtendo por esse tempo a separação dos serviços dos alienados e do Hospício de D. Pedro II, da Santa Casa de Misericórdia, datando desse tempo a mudança de seu nome para Hospício dos Alienados.

Possuía patente de Coronel Honorário do Exército, representando tudo que fizera pela legalidade na revolta de 1893.

Nos anos em que fez parte do Parlamento Brasileiro, é possível destacar o projeto relatado com Rodrigues Lima, no Governo Rodrigues Alves, sobre a Reforma da Assistência a Alienados; o Projeto de Vacinação e Revacinação Obrigatórias; a Lei que criou o atual Departamento Nacional de Saúde Pública.

Foi Presidente de Honra da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal.

Na ocasião de sua posse na Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Ideias Fixas, Gênese e Classificação Mosológica”. Na instituição, passou à categoria de Emérito a 10 de outubro de 1918.

Faleceu a 03 de setembro de 1921.

Artigo: “João Carlos Teixeira Brandão, the frst Brazilian professor of Psychiatry” – Cátia Mathias e Antonio Egidio Nardi (Arquivos de Neuro-Psiquiatria, Outubro 2018)

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