Mario Kroeff

Filho de Carlos Miguel Kroeff e Idalina Horn Kroeff. Nasceu em 13 de outubro de 1891, em S. Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul. Transferindo-se em 1912 para o Rio de Janeiro.

Formou em 1916, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Defendeu tese de doutoramento: “Sífilis Pulmonar”. Depois de formado, regressou à terra natal, e lá iniciou sua vida clínica no interior do Estado. Esteve em Vacaria e São Joaquim da Costa da Serra, onde trabalhou durante dois anos. Em 1918, voltou ao Rio de Janeiro, para logo ingressar no Corpo de Saúde da Armada.

Nomeado Primeiro Tenente Médico, serviu no Hospital Central da Marinha, na Ilha das Cobras, e logo depois na Escola Naval de Angra dos Reis. Quando em 1918, o Brasil organizou a Missão Médica Militar para prestar serviços de guerra na França, como contribuição à causa dos aliados, foi escolhido pelo Ministro Alexandrino de Alencar para dela fazer parte, ao lado de mais quatro colegas, serviu na cidade de Tours. Terminada a guerra, permaneceu em Paris, integrando o Corpo Médico Cirúrgico do Hospital Brasileiro. Aproveitando sua estadia naquela metrópole, frequentou vários cursos especializados de Cirurgia no Hospital Necker, com os professores Papin e Marsan, e no Instituto Anatômico de Clamart, com o Prof. Toupet. Regressou ao Brasil, após ter sido condecorado pela França, por serviços de guerra.

Deixou a Marinha em 1921. Chefiou a direção de um Dispensário de Doenças Venéreas, a convite do Prof. Eduardo Rabelo, com quem trabalhou na Inspetoria de lepra. Voltou à Europa, em 1924, comissionado pelo Governo Brasileiro, a fim de estudar os meios de combate às doenças venéreas, estagiando nas Clínicas de Berlim e Paris. Em Berlim, frequentou cursos de urologia com o Prof. A. Levin e cirurgia com Sanerbruck, Bier e Aksassen, em Paris, de radioterapia com o Prof.Beclerc e cirurgia com Marion e Sebileau. Voltando ao Brasil, em 1926,foi trabalhar no Serviço de Cirurgia do Prof. Brandão Filho, na Santa Casa, admitido como assistente e também trouxe para o Brasil o primeiro aparelho de eletrocoagulação e iniciou a batalha contra o câncer. Foi também em 1926, a primeira operação de eletrocirurgia, realizada no Brasil, com o aparelho.

Sobre esse tema, com observações pessoais de doentes por ele operados, em todos os serviços e enfermarias da Santa Casa, escreveu sua tese de concurso para conquista do título de Livre- Docente de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina, em 1929. Ministrou então vários cursos equiparados à Cátedra do Prof.Brandão Filho.

Em 1927 fundou o primeiro núcleo oficial de combate ao câncer, com a denominação de Centro de Cancerologia. Foi seu primeiro Diretor.

A Fundação de Centro de Cancerologia serviu para demonstrar à necessidade de se estender a luta contra o mal, a todo território brasileiro e, por isso, foi

Criado o Serviço Nacional de Câncer, por Decreto de setembro de 1941. Nesse mesmo ano, esteve nos Estados Unidos com a missão especial de adquirir radium para a nova instituição. Regressando em 1942, teve a decepção de ver o seu serviço, despejado do Pavilhão anexo ao Hospital Estácio de Sá.

Além de suas atividades profissionais, no campo da cancerologia, Mario Kroeff exerceu, também, funções administrativas, superintendendo o planejamento e construção do Hospital Napoleão laureano, em João Pessoa, ao lado de Jorge Marsillac. É preciso destacar que também colaborou na criação do Hospital dos Servidores do Estado. Elaborou os planos da instituição, chamou às concorrências para sua construção e dirigiu a sua instalação.

Redigiu o Decreto 24.217, de 9 de maio de 1924, criando a “Assistência Médica dos Servidores Civis da União”, abrindo um crédito para a construção de seu hospital e regulamentar, também, seu funcionamento.

Trabalhou durante onze anos, desde 1934 até 29 de outubro de 1945, exatamente no dia em que o Presidente Getúlio Vargas foi deposto. A partir dessa data, o Hospital passou para o Ipase, com todo seu material e equipamento adquirido nos Estados Unidos, quando lá estivera em 1942, a procura de radium para o Centro de Cancerologia, instalado em pavilhão anexo ao Hospital Estácio de Sá. Daí foi extinto o seu Conselho Administrativo e logo inaugurado solenemente no Governo Dutra, sem referência ao nome dos fundadores, nem dos discursos da solenidade, nem nas placas comemorativas.

Responsável pela criação de mais quatro Hospitais: Instituto Nacional do Câncer, Hospital Napoleão Laureano, Asilo dos Cancerosos (que leva seu nome) e o Hospital dos Servidores do Estado.

Graças a ele clínicas de tratamento se espalharam pelo País, sendo criada uma Escola de Cancerologia, no INCA, Praça da Cruz Vermelha.

Em sua vida profissional publicou vários trabalhos, recebeu algumas condecorações, entre as quais, citam-se a do Mérito Médico, no Grau de Comendador; a Cruz de Guerra, as Palmas Acadêmicas da França, a Medalha do Pacificador e o Mérito Tamandaré.

Mário Kroeff faleceu a 23 de dezembro de 1983, em Vassouras, no Estado do Rio de Janeiro, tendo sido sepultado nessa mesma cidade.

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 369

Cadeira: 27 Augusto Brandão Filho

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 06/06/1940

Posse: 18/07/1940

Sob a presidência: Aloysio de Castro

Saudado: Augusto Brandão Filho

Antecessor: José Antônio de Abreu Fialho

Falecimento: 23/12/1983

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 369

Cadeira: 27 Augusto Brandão Filho

Membro: Titular

Secção: Cirurgia

Eleição: 06/06/1940

Posse: 18/07/1940

Sob a presidência: Aloysio de Castro

Saudado: Augusto Brandão Filho

Antecessor: José Antônio de Abreu Fialho

Falecimento: 23/12/1983

Filho de Carlos Miguel Kroeff e Idalina Horn Kroeff. Nasceu em 13 de outubro de 1891, em S. Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul. Transferindo-se em 1912 para o Rio de Janeiro.

Formou em 1916, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Defendeu tese de doutoramento: “Sífilis Pulmonar”. Depois de formado, regressou à terra natal, e lá iniciou sua vida clínica no interior do Estado. Esteve em Vacaria e São Joaquim da Costa da Serra, onde trabalhou durante dois anos. Em 1918, voltou ao Rio de Janeiro, para logo ingressar no Corpo de Saúde da Armada.

Nomeado Primeiro Tenente Médico, serviu no Hospital Central da Marinha, na Ilha das Cobras, e logo depois na Escola Naval de Angra dos Reis. Quando em 1918, o Brasil organizou a Missão Médica Militar para prestar serviços de guerra na França, como contribuição à causa dos aliados, foi escolhido pelo Ministro Alexandrino de Alencar para dela fazer parte, ao lado de mais quatro colegas, serviu na cidade de Tours. Terminada a guerra, permaneceu em Paris, integrando o Corpo Médico Cirúrgico do Hospital Brasileiro. Aproveitando sua estadia naquela metrópole, frequentou vários cursos especializados de Cirurgia no Hospital Necker, com os professores Papin e Marsan, e no Instituto Anatômico de Clamart, com o Prof. Toupet. Regressou ao Brasil, após ter sido condecorado pela França, por serviços de guerra.

Deixou a Marinha em 1921. Chefiou a direção de um Dispensário de Doenças Venéreas, a convite do Prof. Eduardo Rabelo, com quem trabalhou na Inspetoria de lepra. Voltou à Europa, em 1924, comissionado pelo Governo Brasileiro, a fim de estudar os meios de combate às doenças venéreas, estagiando nas Clínicas de Berlim e Paris. Em Berlim, frequentou cursos de urologia com o Prof. A. Levin e cirurgia com Sanerbruck, Bier e Aksassen, em Paris, de radioterapia com o Prof.Beclerc e cirurgia com Marion e Sebileau. Voltando ao Brasil, em 1926,foi trabalhar no Serviço de Cirurgia do Prof. Brandão Filho, na Santa Casa, admitido como assistente e também trouxe para o Brasil o primeiro aparelho de eletrocoagulação e iniciou a batalha contra o câncer. Foi também em 1926, a primeira operação de eletrocirurgia, realizada no Brasil, com o aparelho.

Sobre esse tema, com observações pessoais de doentes por ele operados, em todos os serviços e enfermarias da Santa Casa, escreveu sua tese de concurso para conquista do título de Livre- Docente de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina, em 1929. Ministrou então vários cursos equiparados à Cátedra do Prof.Brandão Filho.

Em 1927 fundou o primeiro núcleo oficial de combate ao câncer, com a denominação de Centro de Cancerologia. Foi seu primeiro Diretor.

A Fundação de Centro de Cancerologia serviu para demonstrar à necessidade de se estender a luta contra o mal, a todo território brasileiro e, por isso, foi

Criado o Serviço Nacional de Câncer, por Decreto de setembro de 1941. Nesse mesmo ano, esteve nos Estados Unidos com a missão especial de adquirir radium para a nova instituição. Regressando em 1942, teve a decepção de ver o seu serviço, despejado do Pavilhão anexo ao Hospital Estácio de Sá.

Além de suas atividades profissionais, no campo da cancerologia, Mario Kroeff exerceu, também, funções administrativas, superintendendo o planejamento e construção do Hospital Napoleão laureano, em João Pessoa, ao lado de Jorge Marsillac. É preciso destacar que também colaborou na criação do Hospital dos Servidores do Estado. Elaborou os planos da instituição, chamou às concorrências para sua construção e dirigiu a sua instalação.

Redigiu o Decreto 24.217, de 9 de maio de 1924, criando a “Assistência Médica dos Servidores Civis da União”, abrindo um crédito para a construção de seu hospital e regulamentar, também, seu funcionamento.

Trabalhou durante onze anos, desde 1934 até 29 de outubro de 1945, exatamente no dia em que o Presidente Getúlio Vargas foi deposto. A partir dessa data, o Hospital passou para o Ipase, com todo seu material e equipamento adquirido nos Estados Unidos, quando lá estivera em 1942, a procura de radium para o Centro de Cancerologia, instalado em pavilhão anexo ao Hospital Estácio de Sá. Daí foi extinto o seu Conselho Administrativo e logo inaugurado solenemente no Governo Dutra, sem referência ao nome dos fundadores, nem dos discursos da solenidade, nem nas placas comemorativas.

Responsável pela criação de mais quatro Hospitais: Instituto Nacional do Câncer, Hospital Napoleão Laureano, Asilo dos Cancerosos (que leva seu nome) e o Hospital dos Servidores do Estado.

Graças a ele clínicas de tratamento se espalharam pelo País, sendo criada uma Escola de Cancerologia, no INCA, Praça da Cruz Vermelha.

Em sua vida profissional publicou vários trabalhos, recebeu algumas condecorações, entre as quais, citam-se a do Mérito Médico, no Grau de Comendador; a Cruz de Guerra, as Palmas Acadêmicas da França, a Medalha do Pacificador e o Mérito Tamandaré.

Mário Kroeff faleceu a 23 de dezembro de 1983, em Vassouras, no Estado do Rio de Janeiro, tendo sido sepultado nessa mesma cidade.

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