Aloysio de Castro

Presidente da Academia Nacional de Medicina 1937 a 1942 e 1943 a 1945

O Dr. Aloysio de Castro, médico, poeta, poliglota e musicista nasceu em 14 de junho de 1881, na cidade do Rio de Janeiro, filho do Acadêmico Francisco de Castro e de Maria Joana Monteiro Pereira de Castro. A convivência com os médicos que frequentavam a casa de seu pai, como Francisco de Paula Fajardo, Antonio Augusto de Azevedo Sodré, João Paulo de Carvalho, Augusto Brant Paes Leme, Eduardo Chapot-Prévost e Raimundo Nina Rodrigues, entre outros, foi um imperativo na sua decisão pela Medicina.

Tornou-se Doutor em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1903, defendendo tese intitulada “Das desordens da marcha e seu valor clínico”. Foi interno e assistente de na Cadeira de Clínica Propedêutica, de Miguel Couto, estabelecendo-se entre eles uma relação de “mestre e discípulo”.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina com a memória “Sobre o Síndrome de Stokes-Adams”, e tomou posse em 21 de julho de 1904. Tornou-se Emérito em 23 de novembro de 1933 e é o Patrono da Cadeira 58.

Foi Presidente da Academia Nacional de Medicina de 1937 a 1942, e de 1943 a 1945.

Em 1906, a Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro conferiu-lhe um prêmio por ter sido o melhor aluno de sua turma, o qual lhe possibilitou uma viagem à Europa para aperfeiçoar-se em semiologia nervosa. Realizou este aperfeiçoamento no Hospital Bicêtre, na França, com o neuropatologista Pierre Marie, considerado à época a maior expressão da neurologia. Frequentou sua enfermaria e laboratório, tornando-se seu assistente assíduo. Frequentou, também, o Hospice de la Salpêtrière, L´Hospice de La Charité e os Hospitais Necker, Beaujon, Saint-Louis, o Hôtel-Dieu e o Val-de-Grâce.

Ao retornar ao Brasil, em 1907, reassumiu seu posto, como assistente de Clínica Propedêutica, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e também na 7ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, para o qual havia sido indicado, desde seu doutoramento.

Foi Professor Catedrático de Patologia Médica, de 1909 a 1914, e de Clínica Médica, de 1915 a 1924, além de Diretor, de 1915 a 1925, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ); durante sua gestão, foi inaugurado o novo edifício na Avenida Pasteur e criado o Instituto de Radiologia, inaugurado em 1919 e instalado no Pavilhão “Francisco de Castro”, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde ocupou a 4ª Enfermaria.

O Dr. Aloysio de Castro foi Subcomissário de Higiene e Assistência Pública do Rio de Janeiro, Chefe da 4ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia e Chefe do serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, onde empregou a cinematografia de casos observados para ilustração de suas aulas, introduzindo, igualmente, o ensino clínico em ambulatório.

Foi também Membro da Comissão de Cooperação Intelectual da Sociedade da Liga das Nações, Diretor Geral do Departamento Nacional de Ensino e do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura, Professor Honorário das Faculdades de Medicina de Montevidéu e de Buenos Aires, Membro correspondente da Academia de Medicina de Paris e da Academia de Ciências de Lisboa, Membro da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, Professor “Honoris causa” da Faculdade de Medicina de Niterói, Professor Emérito da Universidade do Brasil, Membro da Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano e da Academia Brasileira de Letras, da qual foi Presidente em 1930 e em 1951.

É considerado o precursor da Neurossemiologia no Brasil e foi agraciado, pelo governo brasileiro, com a Grã-Cruz do Mérito Médico.

Escreveu artigos, ensaios, discursos e livros sobre os mais variados assuntos, além de composições musicais. No campo da Medicina, destacam-se as obras “Notas e observações clínicas” (três volumes), “Distrofia gênito-glandular”, em parceria com Oscar de Souza, “Discursos, conferências e escritos vários” e “Tratado de semiótica nervosa”.

Colaborou com trabalhos publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras, tais como: Brasil Médico, Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia, Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Revista Brasileira de Medicina e Farmacia, Jornal dos Clínicos, Folha Médica, A Patologia Geral, Revue Neurologique, Nouvelle Iconographie de la Salpetriére, Encephale, Presse Médicale e Neurologische Zentralblatt.

Faleceu na sua cidade natal, no dia 7 de outubro de 1959.

Em 1964, o Instituto de Cardiologia, criado em 1941 pelo Presidente Getúlio Vargas, passou a se chamar Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC) em homenagem ao ilustre médico e foi instalado no antigo Hospital dos Radialistas, localizado no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 239

Cadeira: 09 Miguel de Oliveira Couto

Cadeira homenageado: 58

Membro: Emérito

Secção: Medicina

Eleição: 13/06/1904

Posse: 21/07/1904

Sob a presidência: Joaquim Pinto Portella

Saudado: Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães

Emerência: 23/11/1933

Falecimento: 07/10/1959

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 239

Cadeira: 09 Miguel de Oliveira Couto

Cadeira homenageado: 58

Membro: Emérito

Secção: Medicina

Eleição: 13/06/1904

Posse: 21/07/1904

Sob a presidência: Joaquim Pinto Portella

Saudado: Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães

Emerência: 23/11/1933

Falecimento: 07/10/1959

Presidente da Academia Nacional de Medicina 1937 a 1942 e 1943 a 1945

O Dr. Aloysio de Castro, médico, poeta, poliglota e musicista nasceu em 14 de junho de 1881, na cidade do Rio de Janeiro, filho do Acadêmico Francisco de Castro e de Maria Joana Monteiro Pereira de Castro. A convivência com os médicos que frequentavam a casa de seu pai, como Francisco de Paula Fajardo, Antonio Augusto de Azevedo Sodré, João Paulo de Carvalho, Augusto Brant Paes Leme, Eduardo Chapot-Prévost e Raimundo Nina Rodrigues, entre outros, foi um imperativo na sua decisão pela Medicina.

Tornou-se Doutor em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1903, defendendo tese intitulada “Das desordens da marcha e seu valor clínico”. Foi interno e assistente de na Cadeira de Clínica Propedêutica, de Miguel Couto, estabelecendo-se entre eles uma relação de “mestre e discípulo”.

Foi eleito Membro Titular da Academia Nacional de Medicina com a memória “Sobre o Síndrome de Stokes-Adams”, e tomou posse em 21 de julho de 1904. Tornou-se Emérito em 23 de novembro de 1933 e é o Patrono da Cadeira 58.

Foi Presidente da Academia Nacional de Medicina de 1937 a 1942, e de 1943 a 1945.

Em 1906, a Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro conferiu-lhe um prêmio por ter sido o melhor aluno de sua turma, o qual lhe possibilitou uma viagem à Europa para aperfeiçoar-se em semiologia nervosa. Realizou este aperfeiçoamento no Hospital Bicêtre, na França, com o neuropatologista Pierre Marie, considerado à época a maior expressão da neurologia. Frequentou sua enfermaria e laboratório, tornando-se seu assistente assíduo. Frequentou, também, o Hospice de la Salpêtrière, L´Hospice de La Charité e os Hospitais Necker, Beaujon, Saint-Louis, o Hôtel-Dieu e o Val-de-Grâce.

Ao retornar ao Brasil, em 1907, reassumiu seu posto, como assistente de Clínica Propedêutica, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e também na 7ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, para o qual havia sido indicado, desde seu doutoramento.

Foi Professor Catedrático de Patologia Médica, de 1909 a 1914, e de Clínica Médica, de 1915 a 1924, além de Diretor, de 1915 a 1925, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual UFRJ); durante sua gestão, foi inaugurado o novo edifício na Avenida Pasteur e criado o Instituto de Radiologia, inaugurado em 1919 e instalado no Pavilhão “Francisco de Castro”, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde ocupou a 4ª Enfermaria.

O Dr. Aloysio de Castro foi Subcomissário de Higiene e Assistência Pública do Rio de Janeiro, Chefe da 4ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia e Chefe do serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, onde empregou a cinematografia de casos observados para ilustração de suas aulas, introduzindo, igualmente, o ensino clínico em ambulatório.

Foi também Membro da Comissão de Cooperação Intelectual da Sociedade da Liga das Nações, Diretor Geral do Departamento Nacional de Ensino e do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura, Professor Honorário das Faculdades de Medicina de Montevidéu e de Buenos Aires, Membro correspondente da Academia de Medicina de Paris e da Academia de Ciências de Lisboa, Membro da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, Professor “Honoris causa” da Faculdade de Medicina de Niterói, Professor Emérito da Universidade do Brasil, Membro da Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano e da Academia Brasileira de Letras, da qual foi Presidente em 1930 e em 1951.

É considerado o precursor da Neurossemiologia no Brasil e foi agraciado, pelo governo brasileiro, com a Grã-Cruz do Mérito Médico.

Escreveu artigos, ensaios, discursos e livros sobre os mais variados assuntos, além de composições musicais. No campo da Medicina, destacam-se as obras “Notas e observações clínicas” (três volumes), “Distrofia gênito-glandular”, em parceria com Oscar de Souza, “Discursos, conferências e escritos vários” e “Tratado de semiótica nervosa”.

Colaborou com trabalhos publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras, tais como: Brasil Médico, Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia, Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Revista Brasileira de Medicina e Farmacia, Jornal dos Clínicos, Folha Médica, A Patologia Geral, Revue Neurologique, Nouvelle Iconographie de la Salpetriére, Encephale, Presse Médicale e Neurologische Zentralblatt.

Faleceu na sua cidade natal, no dia 7 de outubro de 1959.

Em 1964, o Instituto de Cardiologia, criado em 1941 pelo Presidente Getúlio Vargas, passou a se chamar Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC) em homenagem ao ilustre médico e foi instalado no antigo Hospital dos Radialistas, localizado no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro.

Acad. Francisco Sampaio

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