Symposium “Issues in Dialysis”

 
 
 
 
Coordination:
José H. R. Suassuna
José A. Moura-Neto
 
     
     
 
16h to 16:10

Open / Abertura
Acad. José H. R. Suassuna

José A. Moura-Neto

   

Part 1 – In English (16:10 to 17:30 BRT/ 14:10 to 15:30 EDT)

   
16h10

Coordination
Acad. Miguel Riella

Stephen Z. Fadem

   
   
16h20

Fatigue in Dialysis; We need to take it seriously
James Tattersall

Federica Picariello

   
   
16h35

Palliative Care in Dialysis
Rebecca Schmidt

   
   
16h50

Transitional Care Units and Incident ESKD
Brendan Bowman

   
   
17h05

Developments in Implantable and WAK
Megha Salani

   
   
17h20 to 17h30 (BRT)

Discussion with Acad. Miguel Riella & Stephen Z. Fadem

   

Parte 2 – Em Português (17:30 à 19:00 BRT/ 15:30 à 17:00 EDT)

   
17h30

Coordenação
Acad. José H.R. Suassuna

José A. Moura-Neto

   
   
17h40

Economia em Saúde em Diálise Peritoneal
Natalia Fernandes

   
   
17h55

Educação em Diálise Peritoneal
Kleyton Bastos

   
   
18h10

Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo em Pacientes em Diálise
Viviane Calice-Silva

   
   
18h25

Manejo da Anemia em Pacientes em Diálise
Ana Flávia Moura

   
   
18h40 à 19h (BRT)

Discussão com Acad. Omar da Rosa Santos & Acad. Maurício Younes

   
 
     
 

DIALISE: DESAFIOS E PROGRESSOS

Um simpósio especial para o lançamento do livro Issues in Kidney Disease-Dialysis reuniu os acadêmicos José Suassuna e Miguel Riella, convidados internacionais e José Moura-Neto, médico do Programa de Jovens Lideranças Médicas da Academia Nacional de Medicina.

A fadiga durante a diálise foi um dos temas abordados pela médica Federica Picariello, do Reino Unido. Não raro, pacientes relatam a falta de energia como um grande peso, uma carga pesada que os deixa estafados. E o que é fadiga em diálise? Em sua palestra, Picariello comentou como é algo subjetivo, complexo e desafiador que atinge entre 50 a mais de 90% dos pacientes em diálise. A especialista ainda trouxe exemplos de sintomas multidimensionais, sendo alguns extremos e outros persistentes e tentou elencar formas que podem e devem ser abordadas pelos médicos no tratamento da fadiga em pacientes em diálise.

Os cuidados paliativos para pacientes em diálise foi outro assunto a despertar o interesse dos participantes do simpósio. Rebecca Schmidt, da West Virginia University, dos Estados Unidos, levantou questionamentos sobre o conceito de diálise como uma terapia de restauração da vida versus suporte ou sustentação da vida. Além disso, destacou as barreiras para pacientes e familiares, profissionais de saúde e para o sistema de saúde, ressaltando em sua fala a importância da incorporação dos cuidados paliativos na cultura da diálise e sugerindo, inclusive, uma mudança de abordagem por parte dos profissionais de saúde.

Oriundo da mesma universidade, Brendan Bowman foi outro convidado do simpósio. O americano apontou o processo de transição nas unidades de atendimento aos pacientes em diálise nos Estados Unidos. E falou também sobre o crescimento contínuo e global da incidência das doenças renais em estágio avançado e, com isso, a necessidade de conscientizar os pacientes e seus familiares sobre o autocuidado com dieta e medicação.

A médica Megha Salani, da Vanderbilt University, contou detalhes sobre projetos e tecnologia de diálise portátil e de rins artificiais. E afirmou que, até o momento, não há implantes de rins artificiais em humanos, mas já há estudo em animais. Também comentou sobre cenários futuros e ideais para pacientes em diálise com dispositivos diurnos e noturnos, oferecendo maior mobilidade e, com isso, melhorias da qualidade de vida, além de acesso amplificado para a diálise em casa, economizando custos em unidades de saúde especializadas em diálises.

Custos em diálise – Este assunto ainda foi pauta nas apresentações dos palestrantes Natalia Fernandes e Kleyton Bastos. Segundo ela, a maioria dos estudos sobre os custos de diálise peritoneal tem muitas limitações. A pesquisadora diz que na literatura médica esses custos são derivados apenas da fármaco-economia, ou seja, o custo é determinado por quem produz as drogas, mas o padrão ouro deve abranger o procedimento como um todo e não apenas os medicamentos.

“Não há estudos no Ministério da Saúde brasileiro sobre custos de procedimentos. Por isso, temos o que chamamos de ‘constrangimento’ em cerca de 30% dos repasses do SUS. Precisamos de uma política justa de precificação que envolva a sociedade organizada”, enfatizou.

Citando a pedagogia do educador Paulo Freire, o médico Kleyton Bastos relembrou que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas sim criar as possibilidades para o outro ter sua própria produção e construção do conhecimento. Ele fez essa referência em relação aos treinamentos para lidar com a diálise peritoneal, que acontece em ambiente domiciliar onde o paciente, a família e as equipes de saúde precisam dominar todas as técnicas de manejo do procedimento.

“O treinamento dos profissionais de saúde para atuar nesses casos deve ser centrada no paciente. Por sua vez, o paciente e seus familiares precisam ter condições e uma estrutura mínima para absorver os conceitos de higiene; destreza para realização do procedimento domiciliar; a ideia do autocuidado e a disciplina; além de estar em vigilância contínua das equipes de saúde”, explicou Bastos.  

A hipertrofia do ventrículo esquerdo em pacientes em diálise foi apresentada pela médica Viviane Calice-Silva; e o manejo da anemia em pacientes em diálise foi exposto pela especialista Ana Flávia Moura. A discussão sobre todas as exposições desse bloco foi capitaneada pelos acadêmicos Omar da Rosa Santos e Maurício Younes. 

Para acessar a íntegra da sessão, os links são:

Parte I – https://www.anm.org.br/symposium-issues-in-dialysis-16-de-novembro-de-2021-parte-i/

Parte II – https://www.anm.org.br/symposium-issues-in-dialysis-16-de-novembro-de-2021-parte-ii/



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