Marcio Philaphiano Nery

Nascido a 10 de março de 1865, em Manaus (AM), filho de Silvério José Nery e D. Maria Anthony Nery. Fez seus primeiros estudos no Ginásio do Amazonas, obtendo sempre notas distintas, o que o fez granjear uma bolsa de estudos para o Rio de Janeiro. Graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1890, defendendo tese de doutoramento intitulada “Da Influência Exercida pelas Moléstias do Aparelho Circulatório quanto ao Desenvolvimento das Moléstias Mentais”.

Após sua formatura, por convite do Dr. Teixeira Brandão, prestou concurso para médico do Hospício de Alienados. No hospício, esforçou-se para implementar uma organização mais moderna, não só fazendo funcionar suas oficinas, como estabelecendo uma banda de música, pela qual ele muito se interessava.

Prestou também concursos para Professor da Escola de Belas Artes e para Professor Substituto da Cadeira de Psiquiatria e Doenças Nervosas. A tese do concurso de Professor Substituto apresentada em 1894 foi intitulada “História e Patogenia da Paranoia”.

Segundo informação do Acadêmico José Leme Lopes, Márcio Philaphiano Nery foi o responsável pelo primeiro diagnóstico de demência precoce, de acordo com papeleta da Casa de Saúde Dr. Eiras.

Foi eleito Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina em 13/09/1900, tendo tomado posse em 27/09/1900. Foi saudado por Antônio Augusto de Azevedo Sodré, sob a presidência de Agostinho José de Souza Lima.

É o Patrono da Cadeira 48 da Academia Nacional de Medicina.

Transferiu-se para sua terra natal em 1903 a fim de exercer a função de Diretor Geral da Saúde Pública. Depois de permanência de cerca de dois anos em Manaus, transferiu-se para Paris com a família de 1905 a 1907. Regressou em 1907 para o Rio de Janeiro.

Marcio Nery diagnosticou que a umidade natural do solo e suas emanações gasosas provocavam doenças nos moradores daí sendo criada uma lei que obrigava as pessoas a colocarem ladrilhos no piso de suas casas. Daí, os casarões antigos de Manaus possuírem chão de “ladrilhos hidráulicos” com belos desenhos. Quando Manaus se tornou uma cidade rica, entre o final do século 19 e início do 20, devido ao comércio da borracha, os pisos dos casarões e palacetes dos endinheirados passaram a ter esses ladrilhos, bem como cimento, importados da França. Obviamente, os pobres não conseguiam seguir essa lei e utilizavam chão de terra batida.

Em artigo publicado na revista “O Brasil Médico”, o Dr. Márcio Philaphiano Nery manifestava-se contrário à criação de estabelecimentos especiais para loucos criminosos, pois “loucura e crime são duas ideias que se repelem e que não devem ser proferidas por lábios de médicos nem de juristas. Ou o indivíduo é louco ou criminoso; não se pode associar ideias antagônicas”.

Dentre outros trabalhos publicados destacam-se “Fenômenos de índole epilética determinadas pelas bebidas alcoólicas” (1893), “Localização cerebral da sífilis” (1893), “Atetose dupla” (1894), “Afasias sensoriais” (1895), e “A epilepsia sob o ponto de vista médico-legal” (1897).

Marcio Philadelphiano Nery era irmão de Constantino Nery e de Silvério Nery, que foram governadores do Amazonas.

Empresta seu nome a uma escola no bairro de São Francisco, em Manaus: Escola Marcio Nery.

Faleceu em Petrópolis, a 15 de fevereiro de 1911, com apenas 45 anos, para onde havia se transferido por recomendação de seu médico assistente, o Professor Rocha Faria.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 200

Cadeira: 48

Cadeira homenageado: 48

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 13/09/1900

Posse: 27/09/1900

Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima

Saudado: Antônio Augusto de Azevedo Sodré

Secção (patrono): Medicina

Falecimento: 15/02/1911

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 200

Cadeira: 48

Cadeira homenageado: 48

Membro: Titular

Secção: Medicina

Eleição: 13/09/1900

Posse: 27/09/1900

Sob a presidência: Agostinho José de Souza Lima

Saudado: Antônio Augusto de Azevedo Sodré

Secção (patrono): Medicina

Falecimento: 15/02/1911

Nascido a 10 de março de 1865, em Manaus (AM), filho de Silvério José Nery e D. Maria Anthony Nery. Fez seus primeiros estudos no Ginásio do Amazonas, obtendo sempre notas distintas, o que o fez granjear uma bolsa de estudos para o Rio de Janeiro. Graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1890, defendendo tese de doutoramento intitulada “Da Influência Exercida pelas Moléstias do Aparelho Circulatório quanto ao Desenvolvimento das Moléstias Mentais”.

Após sua formatura, por convite do Dr. Teixeira Brandão, prestou concurso para médico do Hospício de Alienados. No hospício, esforçou-se para implementar uma organização mais moderna, não só fazendo funcionar suas oficinas, como estabelecendo uma banda de música, pela qual ele muito se interessava.

Prestou também concursos para Professor da Escola de Belas Artes e para Professor Substituto da Cadeira de Psiquiatria e Doenças Nervosas. A tese do concurso de Professor Substituto apresentada em 1894 foi intitulada “História e Patogenia da Paranoia”.

Segundo informação do Acadêmico José Leme Lopes, Márcio Philaphiano Nery foi o responsável pelo primeiro diagnóstico de demência precoce, de acordo com papeleta da Casa de Saúde Dr. Eiras.

Foi eleito Membro Honorário da Academia Nacional de Medicina em 13/09/1900, tendo tomado posse em 27/09/1900. Foi saudado por Antônio Augusto de Azevedo Sodré, sob a presidência de Agostinho José de Souza Lima.

É o Patrono da Cadeira 48 da Academia Nacional de Medicina.

Transferiu-se para sua terra natal em 1903 a fim de exercer a função de Diretor Geral da Saúde Pública. Depois de permanência de cerca de dois anos em Manaus, transferiu-se para Paris com a família de 1905 a 1907. Regressou em 1907 para o Rio de Janeiro.

Marcio Nery diagnosticou que a umidade natural do solo e suas emanações gasosas provocavam doenças nos moradores daí sendo criada uma lei que obrigava as pessoas a colocarem ladrilhos no piso de suas casas. Daí, os casarões antigos de Manaus possuírem chão de “ladrilhos hidráulicos” com belos desenhos. Quando Manaus se tornou uma cidade rica, entre o final do século 19 e início do 20, devido ao comércio da borracha, os pisos dos casarões e palacetes dos endinheirados passaram a ter esses ladrilhos, bem como cimento, importados da França. Obviamente, os pobres não conseguiam seguir essa lei e utilizavam chão de terra batida.

Em artigo publicado na revista “O Brasil Médico”, o Dr. Márcio Philaphiano Nery manifestava-se contrário à criação de estabelecimentos especiais para loucos criminosos, pois “loucura e crime são duas ideias que se repelem e que não devem ser proferidas por lábios de médicos nem de juristas. Ou o indivíduo é louco ou criminoso; não se pode associar ideias antagônicas”.

Dentre outros trabalhos publicados destacam-se “Fenômenos de índole epilética determinadas pelas bebidas alcoólicas” (1893), “Localização cerebral da sífilis” (1893), “Atetose dupla” (1894), “Afasias sensoriais” (1895), e “A epilepsia sob o ponto de vista médico-legal” (1897).

Marcio Philadelphiano Nery era irmão de Constantino Nery e de Silvério Nery, que foram governadores do Amazonas.

Empresta seu nome a uma escola no bairro de São Francisco, em Manaus: Escola Marcio Nery.

Faleceu em Petrópolis, a 15 de fevereiro de 1911, com apenas 45 anos, para onde havia se transferido por recomendação de seu médico assistente, o Professor Rocha Faria.

Acad. Francisco Sampaio

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