Reflexões sobre as transformações digitais na medicina é tema na ANM

19/09/2019

O Dr. Sukrit Narula é graduado em bacharel de Artes, Ciência Política e Governo (2014) na Universidade de Stanford e graduado em Medicina pela Ichn School of Medicine at Mount Sinai (2015). É Mestre em Pesquisa de Metodologia de Saúde pela Universidade McMaster (2020) e Doutor em Medicina pela Medicina pela Ichn School of Medicine at Mount Sinai.

Sua palestra foca no uso de inteligência artificial, especificamente o Machine Learning and Evidence-Based Medicine. O Dr. Sukrit faz uma alusão a um filme infantil em que se encontra um Robô Médico, Baymax que consegue realizar diferentes diagnósticos com precisão, fazer scans completos do corpo, e da saúde mental do paciente com pacientes e o mundo demonstrando interesse na evolução da saúde digital. A palestra questiona sobre como a inteligência artificial seria devidamente aplicada a medicina, e a necessidade de pontos fortes e limitações das máquinas atuais, além de que forma seu aprendizado ocorre.

Acadêmicos Ricardo Cruz (à esquerda) e Jorge Alberto Costa e Silva (presidente, ao centro), conduzem os debates do Simpósio sobre Transformação Digital em Medicina

Mencionando uma pesquisa feita em 2002 chamada de “Arquitetura da pesquisa de diagnóstico”, afirmou que as melhores ferramentas para testes são aquelas de utilidade e usadas de forma pragmática. Alguns pontos negativos apontados do uso da inteligência artificial como erro de diagnóstico por excesso e medo do paciente revelam que para um futuro de possível união entre a inteligência artificial e a medicina deve ser usada somete quando puder dispor de tratamentos apurados, um diagnóstico precoce e prognóstico positivo na queda de mortalidade.

Em seguida, o Simpósio contou com a apresentação do Dr. André Galassi que é graduado pela Universidade Federal de Uberlândia (1996), Mestre em Administração de Negócios, Negócios Internacionais, e Comércio (2005). Ainda é Diretor de Relações Corporativas Institucionais na UMC Tecnologia. Sua fala centraliza-se ao entrono da tecnologia do blockchain, avaliado como ampla tecnologia, e sua efetividade no compartilhamento de informações seguras descentralizado no processo de dados aplicado à saúde, uma tecnologia que simplifica e une duvidas do paciente com os médicos se forma simples, porém com segurança e confiabilidade.

O Dr. Sukrit Narula retorna à posição de apresentador para abordar um novo tema: “Aplicações Modernas Genômicas”, aonde é possível ver o link entre seus temas apresentados no uso do Machine Learning e o Deep Learning. A partir desta visão sistêmica dos genes humanos, o uso da genômica para o desenvolvimento de medicamentos, o processo de desenvolvimento de medicamentos é simplificado, tornando-se mais eficiente.

O uso dessas tecnologias causaria mudanças positivas no diagnóstico e terapia, tornando-os mais eficientes com testes no genoma do paciente. Alguns exemplos foram dados para o uso dessa tecnologia como a análise de uma única célula e a habilidade de guiar o design do RNA em CRIPR, as tecnologias que desenvolveriam um robusto potencial para a criação de ferramentas multimodais.

A próxima palestra ministrada da tarde contou com o Dr. Leonardo Kayat Bittencourt é graduado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004). Sua Residência Médica foi em Radiologia e Diagnóstico por Imagem no Hospital da Beneficência Portuguesa – Med Imagem – São Paulo (2007) e Fellowship em Imagem do Abdome e Pelve na mesma instituição (2008). Professor Adjunto de Radiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) com Mestrado (2011) e Doutorado (2014) em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pela UFRJ.

O tema de seu elóquio é sobre “Inovação em Medicina de Precisão”, onde apresenta índices patológicos associado com perfil molecular para criar estratégias terapeutas diagnósticos e prognósticos ajustados precisamente para o paciente. Cerca de 70% das decisões clínicas são influenciadas por exames diagnósticos, a medicina de precisão busca fazer o uso das ferramentas digitais para consolidar os passos do paciente. A ideia seria criar uma estrutura em que todos os envolvidos com o caso houvessem acesso e compartilhamento de informações simultâneas – inclusive o paciente – de forma rápida e segura, levando a um tratamento personalizado para cada paciente.

Na sequência do Simpósio, o Sr. Diego Alvarez é convidado ao púlpito. O Sr. Alvarez é graduado pelo ITA como Engenheiro de Computação (2010), Mestre em Administração de Negócios na IESE Bussiness School (2019), além de fundador na Nexa e atualmente CIO/CDO do laboratório DASA. Seu tema abordado é “Trends in Healthcare”, aprofundando os entendimentos do porque empresas de inteligência artificial e grandes empresas como a Google, Apple e Amazon investem nesse mercado.

Atualmente 10% de todas as empresas unicórnio são de saúde, e detém de firetentes abordagens e investimentos na saúde. Cada empresa com um enfoque variado, como a Apple com dispositivos e estudo clínico de usuários, a Google abordando doenças diferentes com subempresas diferentes e a Amazon, trabalhando futuramente com o MedCare nos EUA. A diversidade de produtos e empresas entrando na saúde são completamente diferentes de alguns anos atrás.

O próximo palestrante é o Dr. Guilherme Rabello, graduado pela Poli USP, atua como Professor de MBA no curso de Tecnologia da Saúde. O enfoque de sua apresentação baseia-se na reflexão de uma vida mais longa associada a qualidade de vida e acessibilidade aos meios de saúde. A gestão de gastos para pessoas de doenças raras, por exemplo, compõe a maior parte dos gastos médicos comparado com a população em massa com doenças de fácil tratamento e baixo custo. Também frisa à vontade – e necessidade – da população ter uma saúde de precisão móvel, aonde todos os seus dados lhe pertencem.

Dando prosseguimento ao programa, o Dr. Flávio Silva é apresentado. Ele é graduado pela Universidade Federal de Uberlândia em Engenharia da Computação (1993), Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Uberlândia (2004) e Doutorado em Sistemas Computadorizados e Telecomunicações pela USP (2013). Atualmente leciona aulas como professor na UFU.

Sua palestra visa dar foco na tecnologia do 5G e como ela pode ser empregada a aplicações e serviços de saúde futuramente, frisando o impacto da mudança das necessidades da propriedade. Tais aplicações e serviços futuros, como o uso de inteligência artificial e medicina de precisão são exemplos dessas, que, dependem por completo de uma conexão de qualidade como o 5G oferece, criando inúmeras possibilidades para o futuro da medicina.

Algumas barreiras que o uso do 5G enfrenta é a necessidade de regularização, segurança e privacidade total. Assim, os pacientes poderão ser atendidos remotamente, em qualquer lugar do país, ampliando o acesso da telemedicina, obtendo sempre consigo os resultados de seus exames. Seu enforque termina com a lembrança de que o 5G é um projeto ainda em progresso, auxiliado por diversos Países, unidos por um novo meio de conexão.

Em sequência, a fala é destinada ao Dr. Roberto Vieira Botelho que é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, têm PhD na Faculdade de Medicina na USP, atualmente Diretor da Instituição do Coração do Triângulo, Presidente da ITMS e do Centro Médico de Uberlândia. Têm como tema a “LATIN”, um case de suporte a decisão por inteligência artificial, criando-se um algoritmo de inteligência artificial para prever um infarto, através de um Apple iWatch. A simples e objetiva apresentação se concluí pela vista de oportunidades em que o algoritmo impactaria na vida das pessoas através de um wearble, que se encontra em estágio de validação clínica.

Por conseguinte, o Dr. Emerson Leandro Gasparetto é apresentado. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (2001), Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico Por Imagem no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (2002-2005), Mestrado em Medicina (Radiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004), Doutorado em Medicina (Radiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005) e Pós-Doutorado em Medicina Interna (Neurorradiologia) pela Universidade Federal do Paraná (2006).

Seu tema aborda “A Radiologia dentro da IA”, em especial em como trazer e impactar a vida das pessoas com seu uso. Através de machine learning, o poderio das placas de vídeo projetadas para videogames revoluciona o uso de máquinas para a área da saúde, democratizando o uso da IA na medicina de diagnóstico, iluminando a interação entre homem e máquina.

A penúltima apresentação do Simpósio é realizada pelo Acadêmico Ricardo José Lopes da Cruz. O Membro Titular desta instituição graduou-se em Medicina no dia 07 de dezembro de 1977 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou o Internato e Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Federal de Ipanema, em Cirurgia de Cabeça e Pescoço no Instituto Nacional de Câncer (INCa-RJ) e completou sua formação na área de Cirurgia Crânio-maxilo-facial no Departamento de Cirurgia Plástica da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-RJ, sob a coordenação do Acadêmico Ivo Pitanguy.

O tema exposto é “E o paciente? A medicina de diagnostico pode ser mais humana?”. Nesta apresentação o Acadêmico aborda o uso da IA para o combate de erros médicos e a telemedicina mais humanizada sendo capaz de trazer empatia, mais qualidade e produtividade ao diagnóstico além de um custo reduzido. Aponta fervorosamente as limitações e desvantagens da IA e da Deep Medicine, porém defende que em um futuro próximo, o uso da IA estará muito além da capacidade do ser humano de imaginar o que viria a ser.

Concluindo este Simpósio o Presidente Acadêmico Jorge Alberto Costa e Silva realizou sua palestra. Graduou-se pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 1966. Especialização em Metodologia Científica no Instituto Karolinska em Estocolmo, Suécia. O Presidente fala sobre “A singularidade está aí: O homem antes do pixel”.

Sua breve fala atenta a velocidade em que a tecnologia e a humanidade evoluí, as separando em diversas singularidades, com foco em: Algoritmo, Big Data, Inteligência Artificial, Medicina numérica e de precisão, Medical Devices, Pixel, Virtualização, transcendência (físico – não material), Epigenética, Universo conectado, Consciência, Medicina, Biologia (DNA, RNA), DEEP learning ,Campos morfogenéticos (Rupert Shildrake), Sincronicidade (Jung), Medicina de Precisão e Robótica, sendo estas classificadas pelo mesmo como tecnologias atuais.

O Presidente encerra seu discurso com uma frase antiga, porém perfeitamente aplicável ao mundo atual: “A religião do futuro será uma religião cósmica. Ela transcenderá uma ideia de um Deus encarnado, evitará os dogmas e a teologia. Cobrirá o domínio tanto natural como espiritual e se baseará sobre um sentimento religioso, nascido da experiência de uma unidade significativa em todas as coisas, naturais e espirituais”, de Albert Einstein.

A sessão de discussão sobre os assuntos foi aberta por um breve período sobre uma nova realidade do exercício da medicina, a aplicação de IA e outros.

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