Nuno Ferreira de Andrade

Presidente da Academia Nacional de Medicina 1901 a 1903

O Dr. Nuno Ferreira de Andrade nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 27 de julho de 1851. Era filho de Camillo Ferreira de Andrade.

Tornou-se Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1875, defendendo a tese “Do diagnóstico e do tratamento das nevroses viscerais”.

Foi professor de Filosofia, por concurso, aos 17 anos, de Ciências Médicas, em 1877, da Clínica Psiquiátrica, de 1881 a 1883, Lente de Higiene, de 1884 a 1888, e da 1ª Cadeira de Clínica Médica, em 1888, na qual obteve o primeiro lugar no concurso com a tese “Physiologia dos epithelios”, concorrendo com Júlio Rodrigues de Moura, Cândido Barata Ribeiro, José Benício de Abreu e João Baptista de Lacerda, expressões da Medicina no Brasil.

Foi eleito Membro Titular da Academia Imperial de Medicina, em 1876, apresentando memória intitulada “Da natureza e do diagnóstico da alienação mental”. Foi Presidente da Academia Nacional de Medicina de 1901 a 1903 e tornou-se Emérito em 1907. É o Patrono da Cadeira 60.

Foi autor da Memória Histórica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, de 1879, relatando os principais fatos ocorridos naquele estabelecimento de ensino, o qual permaneceu manuscrito e restrito ao âmbito da Congregação, sem ser divulgado através do Relatório do Ministro do Império, conforme preconizavam os Estatutos de 1854 daquela instituição. Segundo consta ao final no texto da referida memória, que fora aprovada somente quanto à veracidade dos fatos, e não quanto às apreciações de seu relator. Nuno Ferreira de Andrade ressaltou, em seu relato, a ineficácia das medidas tomadas pelo Governo Imperial em relação ao ensino médico, após o decreto de 19 de abril de 1879 (Reforma Leôncio de Carvalho), e deste fato provavelmente decorreu a sua não publicação.

Foi o primeiro professor de Psiquiatria em Faculdade de Medicina no Brasil e foi o grande incentivador da criação da cadeira de estudos das moléstias mentais na Faculdade de Medicina do Brasil.

Posicionou-se, por documento, contrário à introdução de cadeiras destinadas ao ensino da homeopatia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, proposta apresentada em 1889 por Joaquim Duarte Murtinho ao Governo, manifestando-se enfaticamente perante à Congregação daquela instituição. Assinaram, também, este documento Hilário Soares de Gouvêa, Pedro Affonso de Carvalho Franco, e Érico Marinho da Gama Coelho, então diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Investido pelo Imperador no Hábito de Cristo e no título de Conselheiro de Sua Majestade, O Dr. Ferreira de Andrade ocupou a direção do serviço sanitário do Hospício de Pedro II, em 1882. Nomeado Inspetor Geral de Saúde dos Portos, ocupou este cargo até 1889. Durante sua atuação na Inspetoria, foi criado, em 1886, o Lazareto da Ilha Grande, instalado na enseada do Abrahão (Ilha Grande – RJ), para executar o regime quarentenário vigente na época, face à epidemia de cólera que grassava em várias cidades da Europa e da Ásia.

Foi o primeiro Diretor Geral da Diretoria Geral de Saúde Pública, estabelecida a partir da fusão das atribuições do Instituto Sanitário Federal e da Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, ocupando este cargo de 1897 até 1903.

Após a instauração do governo republicano no Brasil, transferiu-se para a Europa, onde dedicou-se ao estudo da Economia Política, na Sorbonne, na França e, sem se desligar da Medicina, conviveu com Richet, Leroy Beaulieu e Charcot, o reformador da Neurologia. A partir de 1905, dedicou-se ao jornalismo, participando da redação de “A Ordem”, “O Paiz”, do “Jornal do Brasil” e do Boletim da Associação Comercial.

O Dr. Ferreira de Andrade faleceu na sua cidade natal, no dia 17 de dezembro de 1922.

Acad. Francisco Sampaio

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 119

Cadeira: 60 Nuno Ferreira de Andrade

Cadeira homenageado: 60

Membro: Emérito

Secção: Medicina

Eleição: 01/01/1876

Posse: 01/01/1876

Sob a presidência: José Pereira Rego (Barão do Lavradio)

Emerência: 24/10/1907

Secção (patrono): Medicina

Falecimento: 17/12/1922

Informações do Acadêmico

Número acadêmico: 119

Cadeira: 60 Nuno Ferreira de Andrade

Cadeira homenageado: 60

Membro: Emérito

Secção: Medicina

Eleição: 01/01/1876

Posse: 01/01/1876

Sob a presidência: José Pereira Rego (Barão do Lavradio)

Emerência: 24/10/1907

Secção (patrono): Medicina

Falecimento: 17/12/1922

Presidente da Academia Nacional de Medicina 1901 a 1903

O Dr. Nuno Ferreira de Andrade nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 27 de julho de 1851. Era filho de Camillo Ferreira de Andrade.

Tornou-se Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1875, defendendo a tese “Do diagnóstico e do tratamento das nevroses viscerais”.

Foi professor de Filosofia, por concurso, aos 17 anos, de Ciências Médicas, em 1877, da Clínica Psiquiátrica, de 1881 a 1883, Lente de Higiene, de 1884 a 1888, e da 1ª Cadeira de Clínica Médica, em 1888, na qual obteve o primeiro lugar no concurso com a tese “Physiologia dos epithelios”, concorrendo com Júlio Rodrigues de Moura, Cândido Barata Ribeiro, José Benício de Abreu e João Baptista de Lacerda, expressões da Medicina no Brasil.

Foi eleito Membro Titular da Academia Imperial de Medicina, em 1876, apresentando memória intitulada “Da natureza e do diagnóstico da alienação mental”. Foi Presidente da Academia Nacional de Medicina de 1901 a 1903 e tornou-se Emérito em 1907. É o Patrono da Cadeira 60.

Foi autor da Memória Histórica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, de 1879, relatando os principais fatos ocorridos naquele estabelecimento de ensino, o qual permaneceu manuscrito e restrito ao âmbito da Congregação, sem ser divulgado através do Relatório do Ministro do Império, conforme preconizavam os Estatutos de 1854 daquela instituição. Segundo consta ao final no texto da referida memória, que fora aprovada somente quanto à veracidade dos fatos, e não quanto às apreciações de seu relator. Nuno Ferreira de Andrade ressaltou, em seu relato, a ineficácia das medidas tomadas pelo Governo Imperial em relação ao ensino médico, após o decreto de 19 de abril de 1879 (Reforma Leôncio de Carvalho), e deste fato provavelmente decorreu a sua não publicação.

Foi o primeiro professor de Psiquiatria em Faculdade de Medicina no Brasil e foi o grande incentivador da criação da cadeira de estudos das moléstias mentais na Faculdade de Medicina do Brasil.

Posicionou-se, por documento, contrário à introdução de cadeiras destinadas ao ensino da homeopatia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, proposta apresentada em 1889 por Joaquim Duarte Murtinho ao Governo, manifestando-se enfaticamente perante à Congregação daquela instituição. Assinaram, também, este documento Hilário Soares de Gouvêa, Pedro Affonso de Carvalho Franco, e Érico Marinho da Gama Coelho, então diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Investido pelo Imperador no Hábito de Cristo e no título de Conselheiro de Sua Majestade, O Dr. Ferreira de Andrade ocupou a direção do serviço sanitário do Hospício de Pedro II, em 1882. Nomeado Inspetor Geral de Saúde dos Portos, ocupou este cargo até 1889. Durante sua atuação na Inspetoria, foi criado, em 1886, o Lazareto da Ilha Grande, instalado na enseada do Abrahão (Ilha Grande – RJ), para executar o regime quarentenário vigente na época, face à epidemia de cólera que grassava em várias cidades da Europa e da Ásia.

Foi o primeiro Diretor Geral da Diretoria Geral de Saúde Pública, estabelecida a partir da fusão das atribuições do Instituto Sanitário Federal e da Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, ocupando este cargo de 1897 até 1903.

Após a instauração do governo republicano no Brasil, transferiu-se para a Europa, onde dedicou-se ao estudo da Economia Política, na Sorbonne, na França e, sem se desligar da Medicina, conviveu com Richet, Leroy Beaulieu e Charcot, o reformador da Neurologia. A partir de 1905, dedicou-se ao jornalismo, participando da redação de “A Ordem”, “O Paiz”, do “Jornal do Brasil” e do Boletim da Associação Comercial.

O Dr. Ferreira de Andrade faleceu na sua cidade natal, no dia 17 de dezembro de 1922.

Acad. Francisco Sampaio

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